A Produção Individual
Por: dani13131313 • 19/2/2017 • Ensaio • 3.358 Palavras (14 Páginas) • 275 Visualizações
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LECYANNE CRISTINA DA SILVA PASTANA
FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
PRDUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
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BELÉM
2015
LECYANNE CRISTINA DA SILVA PASTANA
FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
PRDUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Produção textual individual apresentado ao curso de Ciências Contábeis da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito avaliativo.
BELÉM
2015
INTRODUÇÃO
O texto de André Silva acerca da visão de Zygmut Bauman sobre a sociedade do consumo revela que este estabelece marcos característicos que diferenciam a sociedade contemporânea da passada, especificamente, as correspondentes às teorias dos modelos de produção Clássica e Científica.
É neste contexto que o autor ressalta o fato de que a sociedade contemporânea não busca mais relacionar consumo com segurança, ou mesmo consumo com estabilidade, ao contrário, a dinâmica que a globalização impõe sobre a economia e o mercado incentivam o consumidor a buscar a satisfação efêmera, a regularidade do consumo aliada a uma noção de satisfação imediata.
A globalização traz aos indivíduos inseridos em sociedade uma inclinação à liberdade, à falta de limites, ou seja, uma imediaticidade que acaba por configurar uma sociedade “à la carte”. É justamente esta a essência da obra de André Silva que bebe da fonte de Bauman para explicar, ou melhor, retratar os contornos da sociedade em que nós estamos inseridos e somos agentes atuantes.
DESENVOLVIMENTO
A informação, em um mundo globalizado, é o diferencial para as tomadas de decisões, seja nas grandes empresas, nos órgãos públicos ou mesmo na vida cotidiana. Isto se dá pelo fato de que a informação possibilita ao usuário o conhecimento prévio em relação à situação sobre a qual deve tomar uma decisão e além, serve como meio para o alcance de seus objetivos a partir do uso eficiente de seus recursos que estão, efetivamente, disponíveis. Contudo, há que se salientar que, para que os dados coletados ou adquiridos sejam corretamente tratados, interpretados, analisados e transformados em informações úteis e que auxiliem no processo de tomada de decisões, faz-se necessário a existência de um sistema de informações.
Por esta razão, os sistemas de informações concebidos a partir da perspectiva de que podem instrumentalizar a atividade contábil, contribuindo e auxiliando para a efetividade das ações do contador, compõem uma temática cuja exploração torna-se imprescindível.
Segundo Moraes e Nagano (2011, p. 1) “a contabilidade é destinada ao tratamento da informação de eventos econômicos tendo como forma usual o método das partidas dobradas considerando apenas variações monetárias”. Assim, pode-se afirmar que os sistemas de informações constituem uma das mais importantes áreas da contabilidade, especialmente na história recente, onde a informática e sistemas integrados têm importância fundamental no auxílio à tomada de decisão e na gestão dos diversos tipos de organização. Moraes e Nagano (2011, p. 7) ressaltam que:
Atualmente os sistemas de informações contábeis podem ser encontrados isoladamente ou inseridos em sistemas ERP (Enterprise Resource Planning). Tanto em sistemas dedicados, como nos sistemas integrados (ERP) a forma de atuação é usualmente baseada em bancos de dados relacional.
Para efeitos de ilustração no estudo, são apresentados dois modelos de sistemas de informações contábeis, o DCA (Debit-Credit Accounting) e o REA (Economic Resources, Economic Events e Economic Agents). O modelo DCA, também conhecido como método das partidas dobradas, este modelo constitui a forma mais clássica de contabilização. Partindo do pressuposto de que cada evento econômico deve ser registrado por meio de um duplo lançamento, ou seja, o débito e o crédito. É um sistema marcado pela dualidade de cada evento, que possui uma origem de recurso e uma aplicação na mesma data e valor monetário. Para melhor compreender o modelo DCA é necessário atentar para a forma como a contabilidade trata essas origens e aplicações de recursos. Por este motivo, tem-se que o uso de tal sistema impossibilita aos usuários comparar os resultados da empresa antes e depois da alteração da forma de contabilização, pois tais resultados espelham diferentes metodologias de mensuração (MORAES E NAGANO, 2011).
Deste modo, o modelo DCA, “apesar de proporcionar uma plataforma para entender o trabalho de praticamente todos os sistemas de informações contábeis, estes não são utilizados pela maioria dos sistemas computadorizados” (FISHER, 2009, p. 34). Isso resulta “da incompatibilidade entre as partidas dobradas e o processamento de dados em si” (MATHEWS, 2007, p.133). E além, do fato desse modelo não ser baseado em uma estrutura de banco de dados, mas em uma forma de registro em livros, muito engenhosa por sinal, criada para auxiliar os contadores e que, com o advento da informática, não foi aperfeiçoada em sua forma, apenas evoluiu na automação do processo.
O modelo REA (Economic Resources, Economic Events e Economic Agents), “parte do princípio de que cada evento econômico dentro da entidade é realizado por agentes econômicos internos e externos em relação à entidade e gera consigo modificações nos recursos econômicos” (MORAES; NAGANO, 2011, p. 10).
Deste modo, o modelo REA pode ser vislumbrado como uma forma de se eliminar os problemas do modelo tradicional, que se limita apenas à mensuração monetária, sem poder contar com informações multidimensionais, muitas vezes classificada de maneira inapropriada, armazenando informações demasiadamente agregadas e sem integração com as outras áreas da empresa (MCCARTHY, 2002).
Em outras palavras, pode-se afirmar que o modelo em análise tem os requisitos necessários para que possa ser considerado mais expressivo, sobretudo, porque utiliza os fenômenos reais do mundo dos negócios ao invés de sua interpretação sob a forma de partidas dobradas. E além, este modelo analisa o evento como um todo, assim como sua relação com os recursos e agentes econômicos, corroborando o fato de que o modelo REA possui um maior detalhamento da informação.
Sobretudo, quando se considerada o fato de que a contabilidade tem como objetivo principal a geração de informações de natureza econômica, financeira, física e de produtividade acerca do patrimônio das entidades, bem como suas mutações a fim de auxiliar os usuários nas tomadas de decisões. É por isso que Iudícibus (2004, p. 32) leciona que “o objetivo principal da Contabilidade é fornecer informação econômica, física, de produtividade e social relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança”.
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