A Relevância do Supervisor Escolar
Por: Larissa Pedroso • 26/1/2020 • Artigo • 4.041 Palavras (17 Páginas) • 213 Visualizações
A RELEVÂNCIA DO SUPERVISOR ESCOLAR
Larissa Lacerda Pereira Pedroso¹
Karen Cris Sartori Frederico²
Resumo
Neste artigo, apresentamos sobre a importância que o supervisor escolar tem nas escolas públicas, bem como o seu papel em orientar, auxiliar e supervisionar o docente na sua prática. Dessa forma, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo que colaborou para responder nossa questão.
Palavras-chave: Relevância e papel. Supervisor Escolar. Práticas Pedagógicas.
Abstract
In this paper, we present about the importance that the educational supervisor has in the public schools, just as well their function to orient, to help and to supervise the teacher in this practice. This way, it was realized a bibliographic and search study that collaborated to answer our question.
Keywords: Importance and function. Educational Supervisor. Teaching Practices.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo tem por objetivo aduzir sobre o papel e a relevância do Supervisor Escolar, assim veremos um pouco da evolução, do conceito, da formação, do perfil e das atribuições do supervisor, pois todos esses aspectos são importantes para analisarmos suas reais funções, bem como sua importância.
O supervisor surgiu com o conceito escolar, no Brasil, em 1931, com a Reforma Francisco Campos, tendo a intenção de apresentar novas possibilidades pedagógicas e a cada período que passava, ia sofrendo mudanças, até chegar a ideia de controlar a qualidade do ensino, para ter uma melhoria; além de, ter a exigência de uma formação adequada para exercer esse cargo.
A definição para o Supervisor Escolar é ampla e gera uma grande discussão, mas, a que mais se adequa aos dias de hoje, é a de Mintzberg, que diz que o supervisor precisa ser ativo, que não deve só seguir as suas atribuições, mas que deve conseguir perceber o pessoal e o profissional, enfim, deve saber entender a pessoa a qual está orientando.
Vemos, em muitos autores as atribuições do supervisor e são inúmeras, vale ressaltar algumas: a elaboração do currículo, a orientação aos professores, a escolha de materiais didáticos e a avaliação do processo desses suportes citados. A ação do supervisor não deve limitar-se a isso, mas essas são as funções práticas que esse profissional tem dentro da instituição.
Para conseguir realizar da melhor forma suas atribuições o supervisor precisa ter um perfil específico, ou seja, saber lidar com o próximo e conseguir organizar-se meio a tantas funções, tendo sempre os mesmos ideais.
Percebe-se que o supervisor é de suma importância no andamento escolar, mas para seu trabalho ser bem desenvolvido deve seguir alguns princípios.
A fim de termos algumas respostas e argumentos para salientar a relevância do supervisor, buscamos informações em referências renomeadas, bem como fizemos uma pesquisa de campo com professores e supervisores da rede estadual, pois acreditamos no valor que esse profissional tem em sua ação.
2 UM POUCO DA HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR
A história da supervisão começa no século XVIII, na Inglaterra, e, a partir do século XIX, desenvolveu-se em outros lugares do mundo. Nesse início, a ideia era de inspecionar o serviço de trabalhadores das indústrias, para que tudo estivesse em ordem.
Com o tempo, essa função foi adotada por outras áreas, dentre elas, as escolas. Foi, na metade do século XIX, que os Estados Unidos, aderiu o controle das atividades educativas, tendo um responsável para fiscalizar o trabalho dos docentes.
A partir de 1925, inicia-se a influência do comportamento, tendo-se o conceito de supervisor como líder democrático. E, em 1930, intensifica-se essa liderança, mas com a ideia de cooperação e valorização do grupo em decisões a serem tomadas.
No Brasil, o supervisor aparece com o Decreto-Lei 18.890 de 1931, surgindo na Reforma Francisco Campos, a qual implanta novos conceitos e deixa de lado a fiscalização. Esse trabalho prossegue com a CADES (Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário), pelo Decreto-Lei 34.638 de 1953, o qual é uma união entre EUA e Brasil, com a intenção de melhorar a qualidade do ensino.
Mas, percebe-se a necessidade de formação para seguirem com essa função, surge, então, o PABAEE (Programa de Assistência Brasileiro-Americana ao Ensino Elementar) que formou supervisores escolares no período de 1953 a 1964, utilizando modelos modernos de ensino para colaborar com professores leigos. Após, em 1969, o Conselho Nacional de Educação aprova o Parecer 252 e o incorpora na Resolução nº. 2, que reformula os cursos de Pedagogia, os quais deveriam começar a ter habilitações para cargos da administração escolar. E, em 1971, a Lei 5.692 diz que necessita de preparo específico para a função do supervisor, surgindo cursos superiores que formaram os Supervisores Educacionais.
Porém, na década de 80, com os problemas na sociedade, as funções do supervisor não fechavam com as tendências libertárias, dessa forma, esses foram apontados como culpados pelos fracassos escolares. Sendo assim, a função foi extinta, mas, a educação ficou desfalcada.
No início dos anos 90, novas filosofias educacionais surgem e ressurge o conceito Supervisão, entendendo-a como necessária para a mudança nas escolas, pois a finalidade dessas tendências era a transformação. Após a LDB, voltou a importância desse profissional com a intenção de gestão democrática, ou seja, a participação de todos os profissionais na discussão e execução das atividades escolares com a finalidade de melhoria da educação.
Hoje, o maior desafio é saber como atrelar essas novas tecnologias ao currículo tradicional, bem como preparar os alunos para serem cidadãos críticos e atuantes em uma sociedade que progride em alguns aspectos, mas regride em outros.
3 O SUPERVISOR ESCOLAR NA EQUIPE DIRETIVA
A escola necessita ter uma gestão democrática, a qual tem cargos e funções específicas, mas, que trabalham de forma harmoniosa e conjunta. É essencial que a equipe debata, confronte, se posicione, coopere e decida em conjunto. E, ao lidar com o grupo, precisam estar junto, dar condições, não fazer pelos outros, apoiar, conversar, escutar, além de dar críticas construtivas, que são fundamentais, pois toda crítica deve vir acompanhada
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