A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

FICHAMENTO: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

CAPÍTULO IX - SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E DESENCANTAMENTO  

As sociologias de Durkheim e Marx partem da ideia que só é possível compreender entre homens quando entendemos o que a sociedade nos obriga, por meio de suas vontades individuais. Para eles é primeiro mecanismo de socialização do homem se dá por meio da educação e o segundo é conforme sua classe social, que poderá ser usado para oprimir o homem. Para ambos a sociedade é um peso para os indivíduos.

Se para os dois a sociedade “pesa”, o sociólogo alemão Weber a sociedade é aquilo que faz a ligação entre os indivíduos e por meio desses estudos compreende o sentido das condutas humanas nas suas interações presentes em seu convívio. Por esse motivo suas ideais se referem a “sociologia compreensiva”.

Para Weber, o ponto de partida de seu estudo parte da “ação social”, e por meio desse estudo da ação podemos compreender que se dá por meio da ciência possibilitada o entendimento da interação entre homens e valores em sua vida social. Vale lembrar que os homens veem o mundo de acordo com a sua convivência no seu meio social e seus valores são construídos a partir daí.

Analisamos que para o sociólogo quando vamos para escola estamos fazendo uma ação social, e por meio disso temos alguns tipos de ações, tais como: ação social racional com relação a fins, onde é o fim que orienta à ação; ação social racional com relação a valores, é o valor que orienta a ação e não o fim; com relação ao regular, quando “todos fazem o que eu faço” mantendo a sua regularidade; e pôr fim a afetiva, onde não leva em consideração os objetivos e nem os meios. Essas ações não se apresentam separadamente em cada ação do indivíduo e sim em conjunto.

Ir à escola é uma ação social, lá você encontra seus professores, colegas e seu grupo, mas apenas isso não basta “(...)Estar junto com outras pessoas, apenas, não faz de você um animal social” (pág. 54). Na escola você emprega sua “racionalidade” por meio de suas ações e decisões, lembramos que sempre irá existir. O indivíduo no momento de agir leva em consideração o comportamento dos outros com isso concluímos por onde se faz a ação social.

Por meio desse raciocínio onde sempre haverá a racionalidade podemos chegar a um entendimento, do que seja e porque chama-se de sociologia de compreensiva, “(...)trata-se daquela que se refere a analises dos comportamentos movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros. ” (Pág.57).

Outra tipologia conhecida de Weber são ás formas de denominação legítima, que entendemos como um fenômeno social presentes na sociedade e nas diversas relações sociais, são elas: tradicional, baseada pela tradição; carismática, baseia-se no carisma do líder; por fim a racional-legal, adequações entre meios e fins que está nas leis.

A educação, para Weber, é o modo para preparar os homens na execução de funções causadas pela racionalização. Em seu modelo ideal a educação é dividida em três tipos: despertar o carisma, que não se aplica em pessoas comuns e sim em mágicos e heróis, presente mais na antiguidade; pedagogia do cultivo, onde é reflexiva, pois prepara a conduta que o aluno deve seguir em sua vida, formando um tipo de homem culto, independente da sua classe social preparando-o para certos tipos de comportamentos, sejam eles interiores ou exteriores; por fim, a pedagogia de treinamento, usada para transmitir um conhecimento especializado deixando de ter qualidade, perdendo suas metas e que apenas interesse é em que posição social o homem vai se tornar. O sociólogo observou que essa pedagogia impõe a racionalização da vida onde impossibilita o desenvolvimento do talento humano, apenas para o poder e dinheiro. Feita apenas para atender a sociedade.