A formação do professor de jovens e adultos: pontuando imagens sobre a docência
Por: Sandro Vigato • 28/7/2017 • Resenha • 504 Palavras (3 Páginas) • 269 Visualizações
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Disciplina: Educação de Jovens e Adultos
Período: 8º Pedagogia
Pólo: Alterosa – MG
Data: 30/08/2014
Aluno / Matrícula: Sandro Vigato – 10.2.8543
Relatório de leitura do texto: A formação do professor de jovens e adultos: pontuando imagens sobre a docência.
Atualmente, não conseguir concluir o Ensino Fundamental ou o ensino Médio no tempo regular, não significa que se esgotaram as chances do indivíduo de poder estudar, ser alfabetizado e conseguir concluir a Educação Básica. O mesmo vale para aqueles que já são adultos, ou que pertencem à chamada 3º idade, e que não tiveram oportunidade de estudar ou ao menos de aprender a ler quando eram crianças. Para isso existe a Educação de jovens e adultos, que responde pela sigla EJA, que atende pessoas acima dos 15 anos de idade que não concluíram a Educação Básica.
Contudo, com um público diferenciado, formado por pessoas de diferentes idades, e com realidades e históricos de vida tão distintos, a estrutura do ensino oferecido nessa modalidade de educação necessita ser refletido.
A Educação de jovens e adultos demanda uma atenção e abordagem diferenciada do professor, pois os métodos e discurso utilizados no ensino regular não serão efetivos nessa modalidade. A realidade dos alunos precisa ser levada em consideração, para que se compreenda seu repertório de aprendizagem, para que os conteúdos das aulas sejam abordados a partir da compreensão de cada uma sobre o assunto, e para que a aprendizagem seja construída pelos alunos, tendo o professor como mediador. A linguagem precisa ser acessível aos alunos, próxima da sua realidade para que possa ser mais bem compreendida e significativa, pois, segundo Gadotti (2001, p.32) “ler sobre a EJA não é suficiente, é preciso entender, conhecer profundamente, pelo contato direto, a lógica do conhecimento popular, sua estrutura de pensamento em função da qual a alfabetização ou a aquisição de novos conhecimentos têm sentido”.
Além disso, tem de ser levado em consideração o aspecto afetivo que está intrinsecamente ligado á educação tardia. Grande parte desses alunos chega às salas de aulas cheios de insegurança e se sentindo menosprezados pela situação de até aquela determinada idade não terem ainda concluído os estudos. Isso se torna mais agravante conforme a idade, quanto mais velhos mais inseguros. Nesse ponto, cabe ao professor resgatar a vontade de aprender e de se sentir capaz, criando nos alunos um espírito de valorização de suas vivências, mostrando a importância de cada conhecimento cotidiano pertencente a eles.
Nesse sentido, a educação de jovens e adultos não se trata apenas de alfabetização, nem de abordagens de conteúdos pedagógicos nas diferentes disciplinas, e sim de um meio de formar cidadãos atuantes e críticos, capazes de discernimento, de conhecimento de mundo, e mais que isso, cidadãos cientes da sua realidade e autoconfiantes o bastante para serem autores da sua história e da sua aprendizagem.
Referências:
BALEM, Nair Maria. A formação do professor de jovens e adultos: pontuando imagens sobre a docência.
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