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A importancia do Brincar na Educação Infantil

Por:   •  30/3/2015  •  Artigo  •  3.497 Palavras (14 Páginas)  •  632 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O propósito deste trabalho é apresentar aos educadores a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, autores e estudiosos vêm elucidar o papel do brincar na educação, desde a Grécia Antiga, até nossos dias, além de proporcionar um entendimento sobre o processo do desenvolvimento infantil. Entretanto, é através do significado e das classificações do jogo, do brinquedo e da brincadeira, que descobre-se as contribuições que o brincar pode trazer à educação infantil e ao desenvolvimento integral da criança. Com o intuito de favorecer esse processo e criar condições que propiciem o trabalho com jogos e brincadeiras no ambiente escolar, é imprescindível, também, que o educador reveja sua formação profissional e reconheça seu papel nesse processo, sendo capaz de identificar os pontos positivos e negativos em sua atuação na sala de aula, percebendo o que ainda deve ser melhorado. Só assim, estará traçando uma ponte entre o brincar, a criança, e a aprendizagem significativa.

The purpose of this paper is to introduce educators to the importance of games and play in early childhood education, authors and scholars come to elucidate the role of play in education, since the Ancient Greece to our days, in addition to providing an understanding of the process of child development. However, it is through the meaning and the game, toy and game, discovering the contributions that playing can bring to early childhood education and integral development of the child ratings. In order to facilitate this process and create conditions conducive working with games and activities in the school environment, it is essential, too, that the educator review your training and acknowledge their role in this process, being able to identify the strengths and weaknesses in their work in the classroom, realizing what must be improved. Only then, will be drawing a bridge between playing, children, and meaningful learning.

Palavras-chave: brincar na educação infantil/ jogos e brincadeiras / o educador na educação infantil.

                        

A importância do brincar não vem de hoje. Desde a educação greco-romana o brincar já tinha sua participação no desenvolvimento infantil.

        

Segundo Wajskop (2001), Platão e Aristóteles já visualizavam o brinquedo na própria educação. Para Platão, o estudo era uma forma de brincar, associada ao prazer. Ainda assim, o brincar estava longe do seu verdadeiro significado no desenvolvimento da criança. A brincadeira não atingia seu caráter espontâneo e significativo. Restringia-se a momentos de lazer e distração. Nessa época, apesar da brincadeira fazer parte da educação, a criança ainda não tinha seu papel na sociedade, era vista apenas como um adulto em miniatura. A partir dos trabalhos de Comenius (1592-1670), Rousseau (1712-1778) e Pestalozzi (1746-1827), surge um novo conceito de infância. A criança passa a ter um novo papel na sociedade, onde a brincadeira se torna um ato verdadeiro e natural.

        

Entretanto, a autora afirma que a partir dos estudos de Froebel (1782-1852), o criador do jardim da infância, é que os jogos e brincadeiras passam a fazer parte da educação infantil. Além de Froebel, outros estudiosos também contribuíram para a instituição do brincar na educação infantil, como os escolanovistas Dewey, Maria Montessori e Decroly, e os Neo-freudianos Erikson e Winnicot.

        

Mesmo assim, os estudos e descobertas não pararam por aí. A partir do século XIX surgiram novos estudos no campo da Psicologia, com os teóricos Freud, Jean Piaget, Vygotsky, Wallon e Bruner, entre outros.

        

Alguns desses estudiosos identificaram, através de seus experimentos, fases distintas no processo de desenvolvimento da criança. Fases essas, que também influenciariam o processo de evolução das brincadeiras.

        

Essas novas descobertas trouxeram um novo olhar em relação à criança, à educação infantil, e, principalmente, ao papel do brincar na educação infantil.

Assim, para entender como se dá o desenvolvimento da brincadeira na educação infantil, com crianças de 4 a 6 anos, recorre-se ao trabalho de um desses estudiosos, o suíço Jean Piaget.

Piaget e o desenvolvimento da criança

Segundo a pedagoga e docente da Faculdade de Educação da USP, Marieta Lúcia Machado Nicolau (1988), muitos estudiosos apresentaram suas classificações em relação ao desenvolvimento infantil, porém, Piaget foi o que mais se destacou.

        

Para Piaget a criança é um ser dinâmico, que interage com a realidade através de objetos e pessoas. A partir dessa interação, ela constrói seu próprio desenvolvimento.

        

Para Biaggio[1] (1976, apud NICOLAU, 1988), Piaget apresentou os quatro estágios do desenvolvimento infantil baseando-se no estudo e entendimento dessas interações. São eles:

Estágio Sensório-Motor

Entende-se do nascimento aos 2 anos aproximadamente.

É a etapa da manipulação. Nesse estágio, a inteligência é trabalhada através    das percepções e ações através do deslocamento do próprio corpo.

Na linguagem utiliza-se da repetição de sílabas, ou mesmo de uma palavra para representar uma frase.

           

Nessa fase, ainda há a ausência da função semiótica, ou seja, a criança não consegue imaginar um objeto sem a presença do mesmo. Ela ainda precisa do contato, da manipulação dos objetos.

           

A brincadeira, nessa etapa baseia-se na manipulação, no contato com objetos diversos.

Estágio Pré-Operatório

Essa fase estende-se dos 2 aos 7 anos, aproximadamente. Nessa etapa surge a função semiótica, permitindo o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, entre tantas outras manifestações.

           

Nesse estágio, a criança já é capaz de imaginar o objeto sem que o mesmo esteja presente. Esse é o período da fantasia, do jogo simbólico. É também o período do animismo, onde a criança dá vida aos objetos.

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