A importância da integração escolar
Pesquisas Acadêmicas: A importância da integração escolar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: epf.183013 • 9/10/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.410 Palavras (6 Páginas) • 483 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a inclusão escolar.
A Educação Inclusiva é um sistema de educação e ensino em que todos os alunos com necessidades educacionais especiais, incluindo os alunos com deficiência, freqüentam as escolas comuns, da rede pública ou privada, com colegas sem deficiências.
Para isso as escolas comuns precisam reavaliar seus métodos educacionais visando construir o saber baseado na diversidade resultando numa pluralidade de conhecimentos em que o nível intelectual do aluno não seja o mais importante e sim o conhecimento adquirido e valorizado através de uma socialização baseada no respeito à diversidade e a inclusão.
A deficiência é tão antiga quanto à humanidade. Ao longo dos tempos, desde a pré-história até hoje, as pessoas sempre tiveram que decidir qual atitude adotar em relação aos membros mais vulneráveis da comunidade que precisavam de ajuda para obter alimento, abrigo e segurança, como as crianças, os velhos e as pessoas com deficiência.
No Brasil, há definições médicas sobre o que é a deficiência. É importante que as conheçam, para saber como lidar com estes alunos:
Deficiência física: Alteração completa ou parcial dos membros superiores (braços) e/ou inferiores (pernas), acarretando o comprometimento da função física.
Deficiência auditiva: Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis, desde uma perda leve até a perda total da audição.
Deficiência visual: abrange desde a cegueira até a visão subnormal (ou baixa visão), que é uma diminuição significativa da capacidade de enxergar, com redução importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes e limitação de outras capacidades.
Deficiência múltipla: É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
Deficiência mental: Segundo a definição adotada pela AAMR (American Association of Mental Retardation - Associação Americana de Deficiência Mental), a deficiência mental é um “funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, coexistindo com limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, auto-cuidado, habilidades sociais, participação familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, de lazer e trabalho. Manifesta-se antes dos dezoito anos de idade.”
O aluno com deficiência mental tem um potencial, que pode ser estimulado na sala de aula e através do convívio com outros alunos. Muitas pessoas confundem a deficiência mental com a doença mental (esquizofrenia, paranóias e outras), o que não é correto. São fenômenos completamente diferentes.
A prática escolar inclusiva requer primeiramente o respaldo de uma direção escolar disposta a adotar modelos de participação e descentralização, onde o processo de planejamento, execução, avaliação e socialização contarão com a participação de todos, inclusive dos próprios alunos e professores, que deverão partir do princípio de que ensinar uma turma é na realidade trabalhar com um grande grupo homogêneo que poderá ser subdividido e deverá evitar a qualquer custo à exclusão dos alunos em situação de deficiência, que por sua vez poderão aderir aos grupos de sua escolha, evitando assim a formação de grupos destinados apenas àqueles que possuem dificuldade de aprendizado.
O movimento inclusivo foi muito além da aprendizagem, propondo mudanças estruturais para as escolas comuns, especiais e também para o atendimento clínico que deve manter o diálogo entre os diversos profissionais para obter um aprofundamento e melhor desempenho seja do aluno, do professor ou do especialista. Nesse diálogo deve-se existir um respeito mútuo entre os diversos especialistas que devem descobrir saídas conjuntas na atuação de cada caso, não devendo nunca se sobrepor a educação escolar e ao atendimento educacional especializado.
A constituição de 1988, no seu artigo 208 aponta que o atendimento em situação de deficiência mental deveria acontecer preferencialmente na rede regular de ensino, embora se saiba que para a construção do conhecimento existe a necessidade de saber lidar com as particularidades de cada um para que se consiga chegar a um objetivo e que os alunos em situação de deficiência terão a necessidade de um espaço que não seja clínico, mas que resguarde as características educacionais.
Oferecer um ambiente favorável à inclusão, não é só ter conhecimento das mais variadas diversidades, o que é possível ser trabalhado, ou o que a criança já possui de conhecimento, como também e principalmente, respeitar suas limitações, reconhecendo suas diferenças e ressaltando suas potencialidades.
CARNEIRO (1997, p.33) cita que "os portadores de deficiência precisam ser considerados, a partir de suas potencialidades de aprendizagem. Sobre esse aspecto é facilmente compreensível que a escola não tenha de consertar o defeito, valorizado as habilidade que o deficiente não possui, mas ao contrário, trabalhar sua potencialidade, com vistas em seu desenvolvimento".
Quando professores das mais variadas diversidades redescobrirem o valor de ensinar através da troca, reconhecendo seus alunos como seres capazes de realizações, interagindo com as famílias na busca por soluções de seus problemas familiares, os quais interferem diretamente na sala de aula, procurando apoio em todos os setores da escola na realização de tarefas conjuntas e garantindo a participação dos alunos nas decisões de sala de aula, estaremos construindo não apenas a escola que irá atender
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