ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: Reflexões na Educação Infantil
Por: willencicero • 13/5/2020 • Projeto de pesquisa • 1.593 Palavras (7 Páginas) • 290 Visualizações
[pic 1]CÍCERO WILLEN DA SILVA SOUZA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: [pic 2] Reflexões na Educação Infantil
FERNANDÓPOLIS - SP
2019
[pic 3]CÍCERO WILLEN DA SILVA SOUZA
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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: Reflexões na Educação Infantil
Pré-projeto apresentado na Disciplina de Metodologia do Trabalho Científico como requisito básico para a apresentação da Monografia no Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Alfabetização e Letramento e obtenção de nota para a referida disciplina.
FENANDÓPOLIS – SP
2019
[pic 5]SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 04
2. JUSTIFICATIVA 06
3. OBJETIVOS 07
3.1 Geral 07
3.2. Específicos 07
4. METODOLOGIA ........... 08
5. CRONOGRAMA 09
6. REFERÊNCIAS 10
1. INTRODUÇÃO
Para entendermos como ocorre o processo de alfabetização na Educação Infantil notamos que é um tanto complexo, pois muitas vezes, algumas crianças já se encontram lendo. Num “estalar de dedos” a magia da alfabetização acontece. No entanto, sabemos que há várias teorias e métodos de aprendizagens que tentam explicar o desenvolvimento desse processo.
Segundo Carvalho (2011, p.15) diferentes teorias de aprendizagem se propõem a explicar como a criança aprende – por associação (estímulo-resposta), pela ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento (construtivismo), pela interação do aprendiz com o objeto do conhecimento intermediado por outros sujeitos (sócio-interacionismo). No entanto, essas teorias, que assumiram a dianteira na formação de professores em diferentes momentos históricos, embasam (ou condenam) certos métodos e técnicas de alfabetização. Porém, nem sempre explicam por que alguns alunos aprendem rapidamente e outros não.
Em consonância, para melhor compreensão desse conceito, Soares (2014, p. 15) destaca: “Toma-se, aqui, alfabetização em seu sentido próprio, específico: processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita”. E afirma: “[...] a alfabetização é um processo de representação de fonemas em grafemas, e vice-versa, mas é também um processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito” (SOARES, 2014, p.16).
Se analisarmos o termo letramento notaremos que é um conceito que está sendo bastante utilizado, tanto por teóricos, quanto por professores que atuam com educação. Contudo, notamos que muitos profissionais não sabem ao certo o significado desse conceito. Nesse sentido, Soares afirma que “[...] letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita” (SOARES, 2012, p.18).
De conformidade, segundo Soares, “[...] um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado” (SOARES, 2012, p.39-40). E acrescenta que “[...] alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita [...]” (SOARES, 2012, p.39-40).
Além disso, desde muito pequenos estamos inseridos em uma cultura letrada, pois, em todos os lugares que frequentamos existe alguma forma de escrita, o qual precisamos da escrita para transitar e conviver em nossa sociedade grafocêntrica. Dessa forma, por estar desde muito pequenos imersos nessa cultura de letramento, os livros começam a fazer parte da vida das crianças, “[...] já aos seis meses ela presta atenção a esses elementos decorativos” (KLEIMAN, 1995, p.41) advindos dos livros, e aos poucos começam a surgir perguntas, elas interagem com a história. Assim “[...] quando a criança tem mais ou menos três anos [...] começa a ‘ler’ (fingir que está lendo) para o adulto” (KLEIMAN, 1995, p.41).
Em vista disso, Baptista (2010) afirma que a criança tem desde cedo o interesse pela apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), até mesmo aquelas que não o dominam brincam com ele, imitando a escrita e formulando hipóteses.
Nesse sentido, segundo Kishimoto (2010, p. 20), “[...] a criança torna-se letrada na atividade situada, por meio de diferentes instrumentos sociais de comunicação, por exemplo, os textos da vida cotidiana, como os mapas, sinais de trânsito, horários de transporte coletivo, são fundamentais para a inserção no mundo”.
Diante disso, de acordo com Paulo Freire (1984, p. 11), “[...] a leitura do mundo precede a leitura da palavra” e a aprendizagem inicia-se antes da escola formal. Assim, para saber o que as crianças trazem para a escola, as professoras e professores precisam ser bons observadores e ouvintes. Precisam comunicar-se, a criança precisa aprender como funciona a linguagem e dessa forma fazer uso dela em diferentes contextos, casa, escola e ambientes sociais.
Entretanto, para Baptista (2010), é necessário proporcionar um trabalho mais amplo do que simplesmente desenvolver competências para a escrita. Além disso, deve-se respeitar a infância propondo um trabalho que possibilite à criança o contato com os textos a partir da leitura, comentários, comparações, escrita da professora, enfim, envolver a criança na cultura letrada, trabalhando com literatura sem perder de vista imaginação, ludicidade, interações pessoais, visando atividades significativas que garantem o direito de ser criança.
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