AS CONTRIBUIÇÕES DE DINAMICAS DE SOCIALIZAÇAO E COLABORAÇAO NA ESCOLA
Por: Adriana Sliwinski • 7/8/2019 • Projeto de pesquisa • 1.749 Palavras (7 Páginas) • 177 Visualizações
AS CONTRIBUIÇÕES DE DINÂMICAS DE SOCIALIZAÇÃO E COLABORAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO EM EQUIPE NAS ATIVIDADES DO PROJETO MÃO AMIGA -CAPES/PIBID
Autoras:
Adriana Eveline Sliwinski - PIBID[1]
Josi Mariano Borille - PIBID[2]
Natalia da Aparecida da Silva - PIBID[3]
Kelen dos Santos Junges - PIBID[4]
Este relato de experiência tem como objetivo geral verificar as contribuições de dinâmicas de socialização e colaboração para o desenvolvimento do trabalho em equipe e, como objetivos específicos desenvolver a cooperação e o respeito; estimular a quebra de preconceitos por meio da ludicidade. Para tanto foram aplicadas dinâmicas de socialização em uma turma de 5º ano, de uma escola parceira do subprojeto Mão Amiga, da CAPES/PIBID, ofertado pelo Curso de Pedagogia da Unespar/UV. Considera-se que as dinâmicas aplicadas, possibilitaram analisar a importância das atividades para a formação social, participativa e igualitária entre os alunos, tendo em vista que valores como estes são essenciais a serem trabalhados no ambiente escolar, pois influenciam na formação cidadã dos alunos, melhorando o convívio social e os processos cognitivos.
Palavras-chave: Socialização. Colaboração. Dinâmicas. Trabalho em equipe.
1 INTRODUÇÃO
O enfoque deste relato de experiência é baseado no princípio da socialização e colaboração, esboçando alguns aspectos relativos à aplicação e discussão deste conteúdo através de práticas pedagógicas com os alunos do 5° ano da Escola Municipal Padre João Piamarta no município de União da Vitória (PR), alunos estes que, em sua maioria, provem de uma realidade marginalizada e de risco, fatores estes que implicam na vida escolar e precisam ser “olhados” com mais atenção pela escola, visto que a escola em questão é vinculada ao Instituto Social Padre João Piamarta, que atende crianças e adolescentes através do projeto de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
Assim, com base em experiências vividas com a turma no auxílio e observação das aulas ministradas pela professora regente e também através da aplicação de atividades que exigiam o trabalho em equipe, foi possível perceber a existência de grande dificuldade por parte dos alunos nesta questão, em especial nos aspectos da socialização e colaboração, aspectos estes que a professora regente já vinha tentando desenvolver ao longo do ano, através de sua pratica pedagógica em sala de aula.
Frente a isto, surgiu a necessidade e o interesse de estimular e trabalhar com os alunos a socialização, conceituada por Coll, Palácios e Marchesi (1995), como um processo interativo, necessário para o desenvolvimento, através do qual o indivíduo satisfaz as suas necessidades e compreende a cultura ao mesmo tempo em que, mutuamente a sociedade se desenvolve, e a colaboração, ou seja, quando os membros de um grupo se apoiam e trabalham juntos visando atingir objetivos comuns negociados pelo coletivo, estabelecendo relações que tendem a não hierarquização, liderança compartilhada, confiança mútua e corresponsabilidade, que se fazem muito importantes neste aspecto, através de dinâmicas lúdicas a fim de despertar a atenção e o interesse dos alunos.
A socialização é um processo que acontece entre o sujeito, o outro e o mundo, conforme Vygotsky, citado por Craydy e Kraecher (2001, p.18), o funcionamento psicológico estrutura-se a partir de relações sociais estabelecidas entre o indivíduo e o mundo exterior. Tais relações ocorrem dentro de um contexto histórico e social, no qual a cultura desempenha um papel fundamental, fornecendo ao indivíduo os sistemas simbólicos de representação da realidade.
Pela convivência com outro, a criança se desenvolve em todos os sentidos, cognitivo e social. Ela aprende com o outro, comparando, criticando, se identificando, mediada pela cultura internalizada no ambiente e que dita regras de convivência.
França (1997, p.18-19) afirma que “cada vez mais fatores de ordem econômica e social exigem da escola o fortalecimento dos valores humanos, étnicos e morais”.
Frente a isso, destaca-se a importância deste trabalho com dinâmicas de socialização realizadas na escola em questão, pois esta apresenta uma comunidade de alunos advindos de baixa ordem social e econômica o que implica na sua preocupantemente na sua formação enquanto individuo social, deste modo, é papel da escola repassar tais valores a estes alunos, pois segundo Giusta (1985, p.28), “A escola não deve separar prática da teoria, o fazer do pensar”. É preciso que ela seja coerente com o discurso que prega: de inclusão, cooperação, participação, democracia, formação humana, ética, etc.
Partindo deste entendimento é de extrema relevância salientar a importância da ludicidade no auxílio do trabalho em equipe, pois brincando as crianças constroem seus próprios mundos e dos mesmos fazem o vínculo essencial para compreender o mundo do adulto, ressignificam e reelaboram acontecimentos que estruturam seus esquemas de vivencias, sua diversidade de pensamentos e a gama diversificada de sentimentos, juntamente com seus colegas, o que lhes possibilita uma maior compreensão do outro como igual e melhora significativamente o convívio social. (ANTUNES, 2004, p.31-32).
As atividades lúdicas ainda possibilitam fomentar a “resiliência”, pois permitem a formação do autoconceito positivo, possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que através desta atividade a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente, e opera mentalmente, como descreve Piaget (1998).
2 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
Foram aplicadas na turma dinâmicas de socialização e colaboração, visando estimular a cooperação, a socialização, o respeito e o trabalho em equipe. Foram aplicadas ao total 3 dinâmicas, sendo elas: 1) Dinâmica do círculo fechado; 2) Dinâmica do nó; 3) Dinâmica do pirulito.
Na primeira dinâmica, a turma de 22 alunos foi conduzida ao pátio da escola onde foi solicitado que formassem um círculo, do qual foram escolhidos três alunos os quais deixaram o círculo, estes alunos tiveram que tentar adentrar na roda e o restante da turma deveria trabalhar em equipe para que eles não conseguissem. Ao fim da dinâmica foi realizada uma roda de conversa com a turma onde foi explicitado que os alunos fora do círculo representavam aqueles colegas com quem eles não têm muito contato e que muitas vezes tentam fazer amizade, mas eles não permitem, da mesma maneira que não permitiram que eles entrassem no círculo, e que na maioria das vezes isso acontece por preconceitos existentes decorrentes, da falta de contato com aquele colega, ou seja, da falta de interação e conhecimento, e que devem ser abertos a novas amizades, não discriminando seus colegas por achismos e fofocas, pois isso pode magoa-los e desmotiva-los a vir para a escola.
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