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AS MEMÓRIAS DE LEITURA

Por:   •  13/4/2017  •  Abstract  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  227 Visualizações

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MEMÓRIAS DE LEITURA

Existem três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler, são eles: ler por prazer, ler para estudar, ler para informar-se. Em minha infância esse hábito era bem presente em minha vida, mas devo ressaltar que tinha apenas um objetivo: Ler por prazer! Destacarei aqui algumas memórias dessa época maravilhosa.

Assim que aprendi a ler não quis mais parar, lia tudo: desde placas e anúncios nas ruas, até receitas nos rótulos dos alimentos. Embora não tivesse tanto interesse pelos livros didáticos, talvez por ser muito desatenta e sonhadora, ou por eles não chamarem tanta atenção visualmente, pois sempre fui muito visual e escolhia os livros mais pelas capas. Então se uma capa me chamasse muito à atenção por qualquer detalhe mínimo que fosse com certeza eu faria de tudo para ler aquela obra. Claro, que posteriormente iria descobrir que um livro não se faz de capas, mas de conteúdos bem elaborados e interessantes o suficiente para prender a atenção do leitor.

Lembro-me que na escola os livros didáticos eram “herdados” da turma anterior, então minha principal preocupação no inicio do ano era pegar um livro que estivesse encapado com um papel bem bonito. Os livros didáticos da minha época tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio continham poucas ilustrações, o que fazia com que eu perdesse consideravelmente o interesse, eu precisava ver para entender do que se tratava a matéria então quanto menos ilustrações menos interesse e menos compreensão. Além de pouco ilustrados os mesmo não continham informações suficientes e as professoras sempre tinham que buscar em outras fontes para nos ensinar diversos conteúdos.

As principais memórias que tenho dos livros da minha infância são de gibis que eu adorava ler na casa de minha tia, quase todos os fins de semana eu ia a casa dela brincar com minhas primas mais velhas e numa dessas vezes descobri uma coleção de gibi de uma delas guardada num canto do quarto. Essa foi a melhor descoberta que eu poderia fazer, passei a ir com mais frequência só para ler os gibis da Turma da Mônica. Na mesma época no colégio (ESCOLA MUNICIPAL DIOGO DE VASCONCELOS), iniciou-se um projeto em todas as turmas chamado “Leva e Traz”, neste todas as sextas-feiras nós íamos até a biblioteca municipal que ficava atrás da escola e escolhíamos um livro para levar para casa, ler e depois fazer o relatório do mesmo, quando o livro era grande podíamos repeti-lo no fim de semana seguinte para terminar a leitura. O relatório era algo bem simples, tinha umas perguntinhas que deveríamos responder, como: autor do livro, ilustrador, o que mais gostamos da história, nada muito bem elaborado não, mas ainda assim nos incentivava a ler e eu adorava.

Foi nessa época que escolhi o livro “Cazuza” de Viriato Côrrea. Este livro foi muito importante, marcou uma época em minha vida. E foi um dos poucos que não escolhi pela capa, pois o mesmo não tinha uma capa muito atraente e o exemplar que li estava muito velho, com folhas soltando, páginas amareladas e até mesmo furadas por traças. Isso não diminui o conteúdo do livro, de uma enorme riqueza cultural. O escolhi pelo título, por achar que se tratava da história do Cantor Cazuza mesmo não sendo tive uma grata surpresa com a história. Escolha acertada, pois o livro trazia coisas que eu me identificava, gostava e, sobretudo, embalavam minha imaginação. Coisas do tipo: folclore, aventuras de infância, superações e percepções de vida que realmente me inspiraram. Sem nenhuma média, digo que a mensagem ali expressa ficou incutida em minha visão de mundo. 

O livro narra à história do menino CAZUZA que é um menino muito pobre e que brincava muito com seus amigos da vila, participava das festas, dos folclores, vaquejadas e que tinha um ardente desejo de ir para escola, mas quando começa a estudar, vê que não é nada daquilo que ele imaginava. Tem a palmatoria, o professor fica sempre com cara de bravo. E ele começa a perde o gosto de aprender.
Até que ele se muda para cidade, conhece outras pessoas por lá. A escola é toda enfeitada as professoras são gentis e educadas.
Por ultimo ele se muda para São Luiz e fica maravilhado com a civilização. Ele relata que estudou num internato que o professor Mestre João Câncio lhe marcou profundamente.

Como já dito no começo desse trabalho, leitura para mim era mais por diversão, não costumava me interessar muito pelos livros didáticos e isso continuou nesta fase de minha vida. Com o tempo até diminui gradativamente a leitura, até que uma professora de literatura, da 6ª serie na ESCOLA ESTADUAL SÃO MATEUS, nos propôs um projeto parecido com o que eu havia participado no “grupo”. Nesse projeto escolheríamos em uma caixa livros, previamente selecionados pela professora na biblioteca da escola, e leríamos por um período nas aulas de literatura (ao invés de matéria no quadro, à aula seria voltada para a leitura do livro escolhido), e então ao fim do bimestre faríamos o relatório em forma de prova/avaliação. Na ocasião eu escolhi o livro BISA BIA BISA BEL de ANA MARIA MACHADO, achei a capa muito interessante e feminina. As condições desse livro eram bem melhores, estava encapado com plástico transparente muito bem cuidado, e catalogado pela bibliotecária da escola.

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