TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AS TECNOLOGIAS E SUAS FUNÇÕES IMPRESCINDÍVEIS AO PROFESSOR EM FORMAÇÃO

Por:   •  18/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.341 Palavras (14 Páginas)  •  346 Visualizações

Página 1 de 14

AS TECNOLOGIAS E SUAS FUNÇÕES IMPRESCINDÍVEIS AO PROFESSOR EM FORMAÇÃO

RESUMO

O presente artigo discute a necessidade em se pensar nos aspectos do impacto das tecnologias na sociedade em geral e na educação, de modo particular, bem como discute a necessidade em se pensar nesses aspectos na formação de professores em cursos de licenciatura. Parte-se das teorias sobre competências e habilidades e a abordagem dessas competências no espaço virtual.As análises tecidas nesse trabalho possibilitaram compreender que as competências desenvolvidas no espaço da virtualidade constituem-se pelo pensamento em rede, pela competência em informação e pela capacidade de uso dos diversos recursos virtualizados.

A metodologia deste trabalho caracterizou-se pela desta investigação descritiva, desenvolvendo-se mediante pesquisa referencial.

Palavras-chave: Formação de professores. Tecnologias da informação e comunicação. Competências e habilidades.

Introdução

Em nossos dias, as mudanças rápidas exigem do professor uma série de competências para tratar essa nova realidade. Em especial no campo das tecnologias, é necessário que se estabeleça aquilo que Barros (2008) denomina Competência Pedagógica Virtual.

A essência da competência pedagógica virtual estrutura-se pelo conjunto dos elementos e definições do que se entende por competências e habilidades e pelo conjunto de características que determinaram a inferência pedagógica do virtual.

Destacam-se, nesse artigo, algumas aplicações e ações para o desenvolvimento, trabalho e estímulo dessa competência, aqui caracterizada por habilidades específicas, e habilitada pela inferência, também conceituada para o trabalho proposto.

O conhecimento na virtualidade

Segundo Barros (2008), a capacidade transformadora da tecnologia se mostra em duas vertentes: a) como instrumento de construção da realidade e b) como criadora de imagens e modelos, em virtude de seu emprego como metáfora. Ambos os aspectos podem ser analisados pelo desenvolvimento da tecnologia material e intelectual, dentre os quais a informática e a inteligência artificial aparecem como paradigmas, ou pelo desenvolvimento de uma tecnologia cuja introdução fertiliza outros campos tecnológicos e científicos, provocando neles mudanças qualitativas.

Nietzsche (2000) afirmou que não existe conhecimento próprio sem metáforas. Destaca que o uso da metáfora tem um valor eminentemente epistemológico, pois permite entender o conhecimento como o resultado de uma transposição metafórica, numa uma série de passos. Para ele, metáfora é considerar algo como idêntico e que seja conhecido como semelhante em um ponto. Além disso, evidencia que o poder lógico da fantasia dentro da metáfora se constitui pela capacidade de ver formas, figuras, etc.

As reflexões de Nietzsche (2000) levam a entender o significado da virtualidade para o conhecimento e a linguagem humana. Numa perspectiva baseada na metáfora, na concepção Nietzscheana observa-se a capacidade da linguagem em movimento – e que acontece por si só – possibilitando diversas metáforas de interpretação para a fundamentação dos conceitos que formam o conhecimento.

Fundamenta-se essa assertiva destacando a análise de Nietzsche (2000), para quem, no fundo, o que está em jogo é a carência filosófica dos conceitos e uma concepção representacional da linguagem, visto que a mais poderosa força para o símbolo existente com anterioridade resulta pobre e um mero jogo diante do entorno da linguagem e da natureza da figuração. A força da imagem é, na realidade, o que atua e determina o caráter experimental da linguagem e seu acontecer.

Parte-se do princípio de que, para a construção do conhecimento, o indivíduo deve estar num processo ativo em que necessita de tempo e profundidade de informações, saberes e, posteriormente, conhecimentos para aprender. A construção do conhecimento na virtualidade deve ser processada como a união da imagem e o pensar sobre essa imagem e as informações que estão escritas, desenhadas, programadas em softwares ou outras formas de virtualidade. Ensinar a fazer isso é a perspectiva de educação na virtualidade. Para tanto, a construção hipermídia é o princípio ativo e a capacidade de inferência é o pensamento em rede que encontra facetas ainda não encontradas. Tudo isso são formas diferenciadas que a virtualidade exige da inteligência humana.

As definições de virtualidade caracterizadas neste trabalho têm subsídios dos teóricos que a estudam e que a definem de forma ampla e abrangente. A virtualidade para a educação merece uma nova concepção.

Pelas análises de Eisenberg (2003), a diferença entre o virtual e o atual, é mais fenomenológica. O que muda é o fenômeno, a característica central do processo de virtualização é a desterritorialização, não a produção exata de um novo espaço. Sua alimentação e atualização dependem de circunstâncias exteriores. Seu potencial mantém uma relação lógica com o real e histórica com o atual.

A virtualidade, para a educação, estrutura-se em formas específicas para os objetivos do educar, que estão estabelecidos em: atitudes e ações, flexibilidade, comunicação, diversidade e visão global. Os elementos que devem ser considerados são: o tempo, o movimento, a informação atual e o processo de abstração simulado. A virtualidade é uma forma de comunicação por si só; tem implícitas suas características de tempo, movimento, que se transformam em veículos subsidiados pela realidade, mas, que contêm, como afirma Habermas (2002) em suas reflexões sobre a linguagem, um idealismo sobre a ciência, que a razão não está acostumada a selecionar e a analisar criticamente. Ainda não há parâmetros para a seleção desses conteúdos, por isso a forma de comunicação sediada pela virtualidade é vista como livre e aberta.

As ferramentas da cognição se deparam com essas características diferenciadoras e, ao mesmo tempo, ativas e práticas, dependendo de ações e inferências externas, ou seja, do indivíduo que age sobre elas.

A cognição, diante desse processo, reestrutura-se em suas ferramentas neurais para se adaptar e dele obter proveito. Mas o que o paradigma da virtualidade propõe como atitude para a cognição? Fundamentando a resposta a esse questionamento, tem-se por subsídio a teoria da epistemologia do virtual, analisada por Careaga (2004), que destaca que, sendo considerada como possível nos novos cenários do conhecimento,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (24 Kb)   pdf (134.6 Kb)   docx (19.4 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com