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ATIVIDADES COMPLEMENTARES, COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, AVALIAÇÃO E CURRÍCULO, MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO

Por:   •  2/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.589 Palavras (19 Páginas)  •  210 Visualizações

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES, COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, AVALIAÇÃO E CURRÍCULO, MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO

KALINE ALVES FEITOSA R.A: 6035560956

EDICLEIA TELES DE JESUS R.A: 6037503061

LUCIMARA CRISTINA RIBEIRO DE AQUINO R.A: 6019475508

AS VÁRIAS VERSÕES DE CHAPEUZINHO VERMELHO

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INTRODUÇÃO:

A prática de ensino da linguagem nas escolas é aquela considerada tradicional e se baseia na cópia e memorização de sons e grafemas. Isso compila em uma sociedade em que as pessoas pouco refletem, criticam, se articulam e modificam, pois a estes não foram dado a oportunidade de construírem seu próprio conhecimento. Para que a criança seja protagonista do seu conhecimento faz-se necessário ofertar a ela situações didáticas em que se desenvolva de fato um aluno letrado, onde o objetivo não seja somente a grafia ou o fonema, mas sim de que forma isso está sendo construído e ordenado, e qual o sentido que esta prática tem para este aluno. Saber ler e escrever tem que deixar de ser objetivo e passar a ser consequência de uma experiência maior e mais significativa.

Nesse sentido, o projeto " As várias versões de Chapeuzinho Vermelho” tem o propósito de proporcionar aos alunos situações didáticas em que a interação com a leitura e a escrita aconteça de forma prazerosa, desafiadora e carregada de sentidos para ele. O projeto abre ainda a possibilidade de criação e do fazer, transformando a criança em autor no processo de construção e reconstrução das estruturas mentais envolvidas na aquisição da escrita. Assim, propõe apresentar para as crianças diferentes soluções narrativas e de estilos literários com um mesmo tema, aproximando-os da linguagem escrita e dos recursos linguísticos utilizados. A escolha dessa obra se justifica por ser esta uma narrativa de referência entre os contos clássicos, que tem grande valor cultural, histórico e literário.

As atividades propostas permitirão que os alunos desenvolvam o comportamento de leitor e estabeleçam seus próprios critérios de escolhas literárias. O processo oral envolvido nesse tipo de trabalho permite ainda ao aluno descobrir a importância da socialização do conhecimento, do uso da oralidade, leitura e da escrita nas práticas sociais. As ferramentas midiáticas utilizadas proporcionam uma variedade de novas maneiras de se trabalhar o conhecimento e enriquecer os processos de ensino aprendizagem oportunizando aos alunos a aquisição de conhecimento de maneira atual e significativa. Ainda existe a contribuição das ilustrações dos livros onde o aluno descobre mais uma das formas de leitura de mundo, possibilitando a ele o aprimoramento do olhar.

 No decorrer do projeto o aluno terá a oportunidade de vivenciar diversas experiências que serão ofertadas tendo em vista propósitos didáticos e comunicativos, o que lhes permitirá ser observador, pesquisador, questionador, reflexivo, crítico, participativo e criativo, levando suas conquistas para além dos muros da escola.

Por tanto, propor as crianças uma interação com a linguagem escrita através de diversos usos sociais, incentivando-as a observação e reflexão reflete na construção de um cidadão crítico, autônomo, que sabe ler o mundo a sua volta e se sente capaz de interagir com ele.

Enfatizamos que de acordo com a proposta do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, quanto maior for a experiência de ouvir e ler textos, mais organizada será a produção de sentidos por parte do leitor, isso inclui o uso das tecnologias como recurso pedagógico conforme contemplado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação básica.

        


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Para embasarmos a metodologia da proposta apresentada neste trabalho, nos apropriaremos dos estudos de Emília Ferreiro, Mabilde e Lima, Faria, Amaral, bem como nos conceitos de Vygotsky e Piaget, pois formar cidadãos aptos a exercerem de fato sua cidadania exige pensar na alfabetização sem desvinculá-la do processo de letramento, a partir de uma perspectiva construtivista e sócio interacionista, diferente daquela tradicionalmente conhecida, buscando uma pedagogia interdisciplinar pois estamos certos de que a leitura e a escrita é resultado de um processo interpretativo que o ser humano faz dos símbolos que compõe o seu meio social.

De acordo com a visão sócio interacionista, o desenvolvimento histórico acontece do social para o individual. Assim, segundo Vygotsky (2010):

 "O ser humano só adquire cultura, linguagem e desenvolve o raciocínio se estiver inserido no meio com os outros. A criança só vai se desenvolver historicamente se inserida no meio social” (VYGOTSKY, 2010)

Reforçando tal ideia ele ainda diz que, "a criança se desenvolve no e com o mundo numa relação dialética mediada pela atividade, pelos símbolos e pelas outras pessoas."  e complementamos essa ideia com Piaget, ao tornar claro em seus estudos que para se assegurar a efetiva participação da criança no ato de construção do seu conhecimento é necessário que sua curiosidade seja instigada, já que este é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade, podendo assim afirmar novamente que o aluno faz suas próprias descobertas, ampliando seus conhecimentos. Por isso, para Piaget, educar é nada mais que “provocar a atividade”, é estimular a procura do conhecimento. (ROSA, 2012)

Na visão de Emília Ferreiro (2001) a escrita é um objeto social, mas ao longo da história a escola tornou-a exclusivamente um objeto escolar, o que fez com que seu uso para além da escola fosse ignorado. Diante disso, o modelo de alfabetização tradicional tornou o ato da aquisição da leitura e da escrita como um ato a ser reproduzido, copiado sistematicamente, vazio de sentido, e não como um ato de construção do conhecimento. Assim, a autora sugere algumas propostas fundamentais no processo de alfabetização e entre eles estão o de restituir a língua escrita com caráter de objeto social. Isso significa que a criança precisa vivenciar situações onde ela possa entender a importância de se ler e escrever para uma interação com o mundo. Outro aspecto relacionado a esse processo de alfabetização segundo a autora é que é preciso permitir e estimular os alunos a terem diversas interações com a língua escrita nos mais variados contextos.

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