Arte e criatividade
Por: chititas • 12/11/2015 • Projeto de pesquisa • 2.447 Palavras (10 Páginas) • 256 Visualizações
Brasília - DF
2015.
Introdução
Neste trabalho iremos abordar um tema bastante importante que é a criatividade e a arte na escola, mas que foi e ainda é, em muitas escolas, banalizado.
Veremos a importância de se ter a verdadeira arte nas escolas. A arte que inova que cria condições de se formar cidadãos críticos, sabedor de seus direitos e deveres, autònomos, conseguindo isso através de criações artísticas que remetem a realidade, ao dia a dia, que haja significado e, por conseguinte, também, ressignificando essa mesma realidade, fortalecendo saberes para agir de modo efetivo e consciente na sociedade.
Etapa I
Depoimentos das componentes do grupo sobre a experiência com o ensino das artes
Meu nome é Zileide, e na minha infância, como toda criança, gostava muito de usar minha criatividade. Mas, lembro-me que ao chegar à escola, essas vivências com arte, criar, desenhar, mostrar toda aquela criatividade existente em mim praticamente não existia. Na educação infantil a única experiência artística que tive oportunidade de participar era de colorir desenhos impressos.
Lembro-me claramente, das poucas vezes em que tive oportunidade de participar de teatros, danças folclóricas, fabricarem papel marche e construir alguma forma com aquilo. Isso já na 6ª série. Uma ou duas vezes me foram oferecido, mas ainda está fresco em minha memória como se fosse ontem. A peça que participei foi retirada do livro a borboleta Atíria, como era inebriante a sensação de poder representar para a turma, me sentia importante e satisfeita. A dança folclórica que representei foi uma dança do sul do Brasil, a catira. Era colocado um cabo de rodo no meio da sala e nós, todas vestidas com os vestidos da mãe, dançávamos , pulando de um lado para o outro sobre ele. Outra dança foi uma quando dançamos com um balaio de lado, todas nós com uma roupinha feita por nós mesmas, de papel crepon e cantavamos: Balaio, sinhá balaio meu bem balaio do coração, moça que não tem balaio, sinhá, deixa a costura no chão...
Nas aulas de arte, lembro-me de ter fabricado papel marche e feito formas de máscara. A oportunidade que tive de mostrar a minha criatividade foi bem restrita, um a vez só, não havia a repetição, então consequentemente também não havia a ressignificação do trabalho. As aulas, na maioria das vezes, era desenhar, pintar (com cores já predeterminadas, já que estávamos aprendendo sobre a mistura das cores), colar papéis na maioria das vezes. Fazer bolinhas de papel crepon e colar em um desenho. Todas essas atividades não tinham a observação atenta dos professores, deixava os alunos fazendo e depois era só mostrar para ganhar a nota.
Sou Laudiene, meus primeiros anos escolares, Década de 70 a 80, no interior da Bahia, cidade pequena e educação precaria. Não tinha colégio, era uma sala sem ventilação e sem cartazes nas paredes, sem trabalhos dos alunos expostos, sem brinquedos didáticos, sem nenhuma atividade prática, artística ou recreativa.
O ensino era quase todo baseado no uso das cartilhas escolares, e em métodos tradicionais/conservadores de alfabetização, com professores autoritarios. Com toda essa realidade nem preciso dizer que eu desconhecia aulas de arte, não havia esse momento, que, a meu ver, é tão importante na vida e na formação intelectual de uma criança.
Meu nome é Wanna, não posso reclamar das aulas de educação artística que tive em minha infância e posteriormente, no colegial. Minhas professoras eram bastante atenciosas e nos proporcionavam aulas, constantemente de pintura, desenho livre, teatro, dança. Eu colocava toda a minha criatividade naquelas aulas, nunca me esquecerei daquele tempo.
Olá me chamo Nathalia, quero relatar então minha experiência com o ensino das artes no meu período em que passei na escola regular. Foi muito bom, apesar de que nas series iniciais foi muito fraco, pois as professoras e a escola não tinham recursos e nem incentivos para nos oferecerem suporte para uma introdução a essa matéria que é tão importante quanto às demais matérias. Já no ensino fundamental II e médio tive a oportunidade de vivenciar um pouco de cada parte que a arte comtempla com o teatro a pintura e esculturas, mas a parte musical não foi exercitada. A arte em geral para mim é o fundamento da criatividade, pois é o instrumento que realiza aquilo que nós imaginamos.
Ao nos depararmos com as histórias vividas, com exceção de nossa colega Wanna, vimos que havia muita impessoalidade, sem contar que, no caso de uma colega, ela desconhecia aula de artes, pois não lhe era oferecida. Os professores visavam primeiramente ao resultado que aquilo produziria não se dava muita importância ao processo, um momento muito importante, pois é ali que se pode observar analisar segundo as experiências realizadas e vivenciadas pelo aluno, instigar os alunos a pensar, investigar, descobrir. É através disso que se têm resultados significativos. Não havia também muita criação por parte dos alunos. Os desenhos, na maioria das vezes, vinham prontos, só era necessário pintar. Outras vezes, vinham pontilhados, para passarmos o lápis por cima. Então, a criatividade de criarmos um desenho, talvez de acordo com a nossa realidade não existia, não tínhamos a possibilidade de demonstrar sentimentos através dos desenhos, ás vezes através das cores isso era possível, mas até isso nos era restringido, pois no depoimento de uma de nós, as cores já nos eram impostas. Não havia estímulos por parte dos professores para que os alunos pudessem construir seu processo artístico, mostrar seus conhecimentos, mas dava-se muita importância ao trabalho finalizado.
ETAPA II
O PAPEL DA ARTE NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
A arte Contemporânea
A influência das artes no desenvolvimento do ser humano é uma grande realidade, pois temos consciência de que ela pode expandir ou diminuir o conhecimento e a capacidade de apreender o mundo de uma forma mais sensível ou não.
Hoje em dia, há a exigência do ser humano criativo, com elevada capacidade crítica e reflexiva, que seleciona e recria valores e sentidos que se adequa a sua existência.
A arte contemporânea se torna muito importante na busca por esse ser humano. Ela é o espelho da sociedade, com suas necessidades, sentimentos. Na escola, é
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