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Artigo de profissão docente

Por:   •  9/1/2016  •  Artigo  •  2.485 Palavras (10 Páginas)  •  350 Visualizações

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A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E A ACESSIBILIDADE NA FEIRA LIVRE DE SÃO JOSÉ DA TAPERA

José Eliel Barbosa Dos Santos¹

Resumo

Este artigo foi produzido pensando-se em como se dá todo o processo de movimentação da feira-livre e como este espaço pode ser caraterizado como símbolo da relação de poder que se faz presente em vários âmbitos da nossa sociedade. Sabe-se que a feira é composta por elementos humanos e objetos criados pelo homem, tendo assim, uma interação entre objetos e ações humanas formando um sistema com sentido completo. Entender os fluxos de transportes de mercadorias, tanto de saída, quanto de entrada na feira é importante para se compreender como diferentes aspectos culturais podem interagir num curto espaço físico que é a feira livre. Nesse sentido, observar como estão dispostas as vias de transporte de cargas e de pessoas ajuda a compreender como se especializa essas feiras, ajudando também, a compreender as relações interpessoais dentro destas.

Palavras-chave: Feira-Livre, Espaço Geográfico, Sistema.

Abstract

This article was produced wondering if in how is the whole moving process of the open-air market and how this space can be characterized as a symbol of power relationship that is present in many areas of our society. It is known that the fair is composed of human elements and objects created by man, and thus an interaction between objects and human actions forming a system with complete sense. Understand the freight flows, both output as input at the fair is important to understand how different cultural aspects can interact in a short physical space that is the free market. In this regard, observe how are willing trucking routes and helps people understand how specializes these fairs, helping also to understand interpersonal relationships within these.

Keywords: Fair-Free, Geographic Area System.

  1. INTRODUÇÃO

A Geografia enquanto ciência, sempre esteve voltada para a descrição do espaço terrestre. A exploração da natureza pelo homem seja para sua própria sobrevivência, o mesmo pelos caprichos do capitalismo tem aumentado e trazendo consigo, consequências tanto para o espaço, quanto para as relações interpessoais que se dão nestes espaços. A relação homem-meio nunca foi tão discutida como nos dias de hoje. Nas entrelinhas desta discussão, surge a necessidade de se discutir o território, não só enquanto parte de um todo com delimitações, mas, a carga de subjetividades que este trás consigo, e que é de suma importância para entendermos as relações interpessoais, bem como os problemas e desafios inerentes á ocupação e modificação dos espaços pelo homem.

Entende-se que analisar o espaço exige foco em alguns de seus elementos e fenômenos em diferentes escalas. Discutir as relações entre as pessoas e o espaço exige a concepção do que seja o rural e o urbano, e o que eles significam para a ciência geográfica, tem sido o motivo de várias pesquisas, já que muitas problemáticas vem a surgir com o desenvolvimento das cidades, que trazem consequências ora positivas como a industrialização, e melhores condições de empregos, ora negativas, como a desigualdade social, o êxodo rural e o inchaço populacional. A discussão a respeito da morfologia do espaço e forma com a qual o mesmo é gerido abarca vários âmbitos das cidades, entre eles, a feira livre, que de certo modo, é onde as várias classes sociais se encontram. É lá que as diferenças se encontram no seio de uma extrema subjetividade, sentimento de pertencimento, e também um local onde podemos entender de forma clara o conceito de território.

  1. A COMPREENSÃO DO ESPAÇO NO QUAL SE INSERE A FEIRA

Compreender a organização do espaço onde se localiza uma feira livre é muito importante para se entender o porque aquele espaço é dividido daquela maneira, porque as pessoas se vestem daquela maneira, porque vendem aqueles produtos, porque a feira é mais movimentada em alguns dias específicos da semana, etc. o estudo do espaço nos fornece estas e muitas outras informações, que com a análise das relações das pessoas que vão à feira, ajudarão na compreensão dos problemas enfrentados, bem como os desafios a serem superados.

Compreender a organização do espaço onde se localiza uma feira livre é muito importante para se entender o porque aquele espaço é dividido daquela maneira, porque as pessoas se vestem daquela maneira, porque vendem aqueles produtos, porque a feira é mais movimentada em alguns dias específicos da semana, etc. o estudo do espaço nos fornece estas e muitas outras informações, que com a análise das relações das pessoas que vão à feira, ajudarão na compreensão dos problemas enfrentados, bem como os desafios a serem superados.

Independente da maneira com a qual pensamos a cidade, não pode deixar de lembrar que o espaço é produzido e pensado para o atendimento dos interesses das diversas classes sociais. Assim, podemos pensar o urbano como um todo subdividido em diferenças socioespaciais que tem como resultante um espaço dividido. Observamos essa divisão também no seio das feiras livres das mais variadas cidades. De uma forma mais clara, vemos nestas feiras, espaços onde quem os frequentam são pessoas mais abastadas economicamente, e noutras partes das feiras, vemos as classes menos favorecidas. Assim, compreendemos que as relações interpessoais também delimitam e forjam o espaço geográfico da feira.

A feira livre de são José da Tapera, assim como as demais, apresenta aspectos humanos que vão delineando o espaço geográfico onde se localiza a feira, forjando um sentimento de pertencimento e subjetividade que se dão a partir das relações interpessoais. Apesar de manter-se em constante evolução em todos os aspectos, a feira livre apresenta muitos problemas e desafios serem enfrentada, entre eles, será delimitado um problema que é comum não só na feira de Tapera, mas, na grande maioria das feiras livre do País.

  1. A FEIRA-LIVRE COMO REPRESENTANTE DAS RELAÇÕES DE PODER

A Geografia enquanto ciência tem suas dicotomias, e estas tem causado uma densa discussão ao longo do processo de instauração da Geografia enquanto ciência. No entanto, mesmo que tardiamente definida como área do conhecimento independente, a ciência geográfica tem um objeto de estudo maior, que está muito além das dicotomias que causam tantos discussões a respeito do que seja o objeto de estudo da Geografia, seja na parte da geografia física ou da humana, devemos ter em mente que essa ciência estuda o espaço.  

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