As Atividades Práticas
Por: Paula Elizangela Pereira • 21/11/2023 • Trabalho acadêmico • 566 Palavras (3 Páginas) • 43 Visualizações
Da escola para a rua, pela vida
O que move a escola para a rua? A vida. O fato de estarmos vivos. Quando sentimos a vida ameaçada é a aclamação das ruas que buscamos. A rua é o nosso palco, onde todos os públicos se encontram, onde a mudança pode acontecer. Unidos pela vida, escola e rua tem grande potencial transformador. Ocupar as ruas, caminhando pela vida foi uma de nossas ações para a melhoria deste mundo.
Giruá é uma pequena cidade localizada no interior do Rio Grande do Sul, com economia voltada para agricultura de soja, trigo e milho. Bom, para começar nosso pleito, iniciamos olhando para o lugar onde vivemos, isso foi um tanto assustador.
Tendo ciência do gigantesco problema ambiental, e imbuídos de responsabilidade e amor por este mundo, as crianças, juntamente com a comunidade escolar da EMEF São Pedro decidiram ocupar as ruas da cidade fazendo uso do método peripatético do ilustre filósofo Aristóteles, a fim de promover um diálogo com os moradores, com intuito de sensibilização e tomada de consciência sobre seu agir e estar no mundo. Este método filosófico consiste em "ensinar andando", sua importância reside na democratização do conhecimento. Além do mais, é uma forma de impactar e oportunizar que o conhecimento seja partilhado e construído coletivamente.
Esta ação intitulada "Caminhada pela Vida" é fruto do projeto Pacto pela Vida, e esta em sua 2° edição. Neste ano as crianças percorreram as ruas pedindo ajuda para a população ao que segue: 1- Cuidem da vida, deixem as árvores viver (constataram muitas árvores derrubadas em nosso município); 2- Por um mundo com menos veneno; 3- Pelo fim dos maus tratos aos animais (número elevado de envenenamentos e abandono); 4- Pela separação e destino correto do lixo (processo final de triagem e aterro do lixo).
“Caminhamos pela vida, para nos mantermos vivos, para juntos nos conscientizarmos da nossa limitada existência e o quanto ela depende do meio ambiente. Caminhamos porque acreditamos em uma nova relação entre o homem e a natureza que não esteja pautada na extrema exploração e destruição em prol de lucro. Acreditamos em uma produção alternativa, que respeite a vida de todos, que possa conviver com as matas, com os animais e todo o resto da infindável beleza e benefícios que somente a natureza nos fornece. É para continuarem vivas que as crianças estudam, caminham e pedem a sua ajuda. Um mundo habitável é a maior das riquezas que podemos deixar a elas. Faça a sua parte”, salienta professora Denise de Almeida Machado, coordenadora do projeto.
Outras ações com o mesmo propósito estão sendo realizadas, uma delas é a iniciativa que visa a retomada da mata na beira dos rios e nas fontes de água, evitando erosões e assoreamento dos mananciais. Além de todo este ganho, a ação visa orientar crianças e adultos sobre a importância das árvores e das águas para a continuidade da vida terrestre. Observamos o desaparecimento das matas ciliares em todos os rios de nossa cidade, isso é atordoante, uma vez que este dano causa inúmeros impactos ambientais. "A mata protege a água, os animais e nos traz vida", afirma o aluno Ikaro, de 11 anos.
No mês que passou plantamos 100 mudas de árvores na beira de rios da cidade, as mudas são produzidas na escola, pelos alunos. Nosso objetivo é continuar produzindo mudas, doá-las para comunidade e juntos reflorestarmos nossa cidade, para o bem de todas as vidas.
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