As Vivências Educativas
Por: Taiana De Lima • 3/6/2020 • Trabalho acadêmico • 4.873 Palavras (20 Páginas) • 1.820 Visualizações
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO, A INCLUSÃO
DIGITAL E O TRABALHO NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Luciane Coyado Pexe¹
Taiana Madalena Ertel Henz de Lima¹
Jessica Teske¹
Prof. Daniela Cristina Gadotti Fronza²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos referentes ao lúdico no processo de ensino e aprendizagem. Este, no entanto voltado para a área da educação infantil, ira falar sobre o conceito de ludicidade e suas respectivas teorias. No que se refere à ludoeducação, define-se qual a importância para as crianças, também reconhecer que o jogo na educação deve respeitar a natureza do ato lúdico. A ludicidade no processo de ensino e aprendizagem possibilita desbloquear resistências e a desenvolver ações que provoquem reflexões nas crianças. À partir das pesquisas realizadas e apresentadas neste trabalho percebe-se, portanto, a importância do lúdico no desenvolvimento das crianças.
Palavras-chave: Lúdico. Ludoeducação. Desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
Falar sobre a ludicidade, na educação infantil, significa que no processo de desenvolvimento da criança a experiência do brincar está relacionada a diferentes tempos e espaços. Para as crianças, o brincar constitui-se em um conjunto de práticas, conhecimentos e fatos construídos e acumulados, e que facilitam a aprendizagem.
A partir desse contexto, percebe-se que ao longo dos tempos a educação tem apresentado a necessidade de implantar uma nova pedagogia. O presente estudo pretende mostrar que a prática educativa lúdica serve como ferramenta facilitadora na aprendizagem da educação infantil e é importante para adquirir outras estratégias de ensino.
O objetivo geral é analisar a prática educativa lúdica como ferramenta facilitadora da aprendizagem na educação infantil. E os específicos são: estudar as concepções de teóricos sobre a ludicidade no cotidiano escolar; verificar de que maneira a ludoeducação pode ser aplicada no ambiente escolar; verificar de que maneira as brincadeiras podem ser inseridas ao planejamento escolar, também como a ludicidade contribui para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Para o desenvolvimento da investigação fez-se necessário realizar uma pesquisa bibliográfica. A realização desse tipo de pesquisa justifica-se pela necessidade de mobilização de uma base teórica e dados empíricos, cujas inferências e categorizações possibilitaram resultados aproximativos das questões investigativas do presente trabalho. Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica para fundamentar teoricamente o desenvolvimento do trabalho, para compreender a problemática em questão, e Marconi e Lakatos (2001) afirmam que ela envolve a utilização materiais já elaborados e publicados relacionados ao tema de estudo como livros, revistas, jornais, monografias, teses, etc. A abordagem que norteou este estudo foi de cunho qualitativo, que para Richardson (1999), além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social.
Este estudo está organizado em três seções, sendo que a primeira apresenta a introdução. A segunda seção aborda o referencial teórico sobre o tema, discorrendo sobre as concepções teóricas sobre o lúdico, passando pela ludoeducação, abordando o jogo na educação, bem como a ludicidade no ensino e aprendizagem. A terceira seção discorre sobre o percurso metodológico utilizado no estudo em foco. E a quarta seção versa sobre os resultados e discussão, além das considerações finais e referencias bibliográficas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. LÚDICO – CONCEITOS E TEORÍAS
O significado da palavra lúdico é definido por Michaelis (2012) como “que se refere a jogos ou brinquedos”. Neste sentido estão incluídos além dos jogos, brinquedos, os divertimentos e é relativo também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Dessa forma, segundo Santos (2010), estaríamos presos ao conceito de que lúdico é apenas o jogo, porém, todo ser humano sabe o que é brincar, como se brinca e por que se brinca, mas a grande dificuldade é formular um conceito claro sobre o lúdico. Podemos dizer que é impossível teorizar sobre ele usando somente a razão, pois seu conceito é sentido pela emoção.
Quando falamos do lúdico estamos nos referindo a algo muito mais profundo que o significado atribuído a ele, e talvez por isso alguns teóricos acreditam que o brincar não se define com palavras, pois se trata de atividades que tem origem na emoção. Vemos que outros definem o brincar como uma atividade espontânea, natural e descomprometida de resultados. Ainda há aqueles que diferenciam o brincar do jogar, colocando que o brincar é uma atividade espontânea e sem regras e o jogar se caracteriza pelo cumprimento das regras (SANTOS, 2010).
É através do brincar, que a criança terá condições de construir sua identidade, socializar-se, enquanto parte integrante de um grupo, conhecer e reconhecer-se, amar e ser amada. O brincar é um ato cultural e para que o brinquedo exista é preciso que um grupo da sociedade lhe dê sentido e significado. Segundo Santos (2010, p.13):
O brinquedo é um objeto material que carrega em seu contexto questões de ordem: educacional, porque o brinquedo educa; pessoal, porque a ação de brincar deixa sua marca na vida das pessoas; social, porque ele é o “presente” destinado à criança e, por isso, tornou-se uma atividade ritualizada entre pais e familiares; psicológica, porque, no brincar, as pessoas de revelam como são; filosófica, porque a atividade lúdica faz pensar, refletir e questionar sobre a origem das coisas; mística, porque o brincar tem um caráter mágico; histórica, porque através dos brinquedos pode-se descobrir o modo de brincar das crianças em épocas distantes; econômica, porque é um dos produtos mais vendidos no mundo. Tudo isso confere ao brinquedo um valor cultural.
O brincar é uma atividade fundamental para crianças pequenas e que, segundo Piaget (1978), “brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades”, é brincando que elas desvendam o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social. A brincadeira, seja ela qual for, é algo de sumo importância na infância. Pelos pais, ela deve ser vista não apenas como um momento de entretenimento e lazer de seus filhos, mas também como uma oportunidade de desenvolver nas crianças hábitos e atitudes que os façam amadurecer se tornando responsáveis.
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