Aspectos Relevantes da Teoria de Freud e sua Aplicação Psicológica na Educação
Por: carioca13 • 9/5/2016 • Projeto de pesquisa • 1.572 Palavras (7 Páginas) • 771 Visualizações
Aspectos relevantes da teoria de Freud e sua aplicação psicológica na educação
Sigmund Freud e a Psicanálise
O presente trabalho aborda o estudo sobre os três aspectos relevantes da teoria de Freud para se pensar a aplicação da psicologia na educação que são as Fases do desenvolvimento. Veremos aspectos relevantes sobre a vida de Freud e suas descobertas, antes de iniciarmos este estudo.
Freud nasceu em Freiberg, em 1856. Ingressou na Universidade de Viena em 1873, aos dezesseis anos, tendo sido aprovado em seus exames médicos finais em 1881, sua permanência na universidade foi prolongada por sua imensa curiosidade científica que o levava a acompanhar os cursos de grandes cientistas e pensadores que lá encontrava. Freud nessa mesma época se interessa pela Filosofia de Brentano acompanha este curso por três anos, por meios dos quais as aulas de Bretano dá embasamento humanístico à Freud para sua construção da psicanálise. Freud passa por muitas enfermarias e dedica-se à psiquiatria descobrindo que os conhecimentos existentes à sua época eram significativos.
Seus interesses pela psiquiatria o faz ganhar uma bolsa de estudos para estudar com Charcot, em Paris, Freud acompanha seus seminários e sua descoberta de que os fenômenos histéricos e a hipnose constituíam um mesmo processo. A hipnose era o processo pelo qual acreditava-se que o doente era curado de traumas por lesões e emocionais, mas lançou-se uma luz, uma nova técnica que mudaria todo o quadro e estudo da psicanálise, o doente poderia não ser capaz de lembrar de um evento traumático após a hipnose, porém apresentava perturbações em sua conduta cotidiana, Freud deduz que, se um fato tão significativo não podia emergir senão com muito esforço, era porque havia uma força que se opunha à sua percepção consciente, e ele denomina esta força chamando-a de resistência.Ela mantinha o evento traumático inconsciente, protegendo o indivíduo da dor e do sofrimento que seriam trazidos junto com seu conhecimento. Quanto maior a dor a ser vivida com a recordação, mais resistência era mobilizada, tornando-se mais difícil a recordação e o trauma, mas esta força, essa resistência; só pode ser descoberta e compreendida com o abandono da hipnose, não se pensava mais em usar a hipnose para livrar o paciente da dor de seus traumas, mas tratava-se de ensinar ao paciente a se recuperar, usando sua própria força de consciência para vencer sua resistência a dores ocasionadas por traumas. Surge uma nova fase na psicanálise, um novo objeto de estudo, descobre-se que paralelamente os processos fisiológicos ou biológicos estão intimamente ligados. Entende-se que o se o paciente passa por um evento doloroso e não consegue suportá-lo, sua defesa é se autorreprimir, da mesma forma em nível físico, se um acidente lhe arranca o pé, a dor será tratada com anestesia, é um elemento adaptativo para que o organismo tente sobreviver diante da situação fortemente traumática, mas com traumas psicológicos o caminho tem outras dimensões, não há fármacos que curem a dor emocional, eles podem minimizar as lembranças, mas curá-las jamais.
Segundo Amanda de Carvalho Maia OLIVEIRA, em seu trabalho de pesquisa Sobre Freud e a Educação:
"Freud não publicou nada relacionado ao tema da aprendizagem; suas preocupações estavam voltadas aos problemas clínicos e não a questões especificadamente de educação. Seu principal objetivo era o de tratar as neuroses que afetavam as pessoas, mas após muitos trabalhos descobriu que podia apenas amenizá-las, livrando o indivíduo dos sintomas".
Em linhas gerais Freud continuou a construir sua Teoria Psicanalítica por mais cinquenta anos, Os Estudos sobre a histeria; A Interpretação dos sonhos; Psicopatologia na vida cotidiana, Três ensaios para uma vida sexual; Os instintos e seus destinos, Luto e melancolia, Mais além do princípio do prazer, O Ego e o Id; Inibição e angústia, todos estes temas e outras ideias centrais, abriram a psicanálise para outras áreas, como arte, religião, os movimentos sociais e a linguística.
Freud, no que diz respeito à estrutura de personalidade, afirma que esta é composta por três grandes sistemas: Id, Ego e Superego que segundo HALL 2000 elas trazem contribuições para compreender o comportamento humano.
Id
O Id é o reservatório de energia do indivíduo, é constituído pelo conjunto dos impulsos instintivos natos, que motivam as relações do indivíduo com o mundo, sua característica é ser responsável pelo processo inicial da manifestação do desejo no plano do imaginário, pois o objeto que permitirá sua satisfação. Busca a satisfação imediata das necessidades, não questiona qualquer aspecto da adaptação do desejo à realidade física, social ou moral. As interdições virão do Ego ou do Superego. O Id sempre manterá o modelo de querer a qualquer preço. A única dimensão da vivência é o presente, não é verbal, funciona pela produção de imagens, tomemos como exemplo o sonho, quando se sonha acordado, transforma-se em realizações presentes os desejos com perspectivas de realizações futuras. Fantasia-se como se já tivesse realizado.
Ego
O Ego surge como uma instância que se diferencia a partir do Id, servindo de intermediário entre desejo e realidade, se estrutura como uma nova etapa evolutiva do sujeito. O Ego é acima de tudo corporal, ou seja, biológico, ele dá juízo de realidade, funcionando por um processo secundário pós Id, pois este último dá o nível do desejo, o nível do querer independente de possibilidades reais de o desejo ser satisfeito ou não. O Ego partirá do desejo, da imagem formada pelo processo primário, para tentar construir na realidade caminhos que possibilitem a satisfação do desejo. Então podemos exemplificar que o Id (desejo) é o princípio, Ego ( realidade) o intermediário entre imaginário e real para se então chegar no Superego como veremos a seguir.
Superego
O Superego é o responsável pela estruturação interna dos valores morais, pelo amadurecimento das normas ao que é moralmente proibido, valorizado e buscado. O Superego se divide em duas partes complementares a primeira é o Ego Ideal, ou seja, a valorização dentro de um grupo cultural, os quais o indivíduo deve seguir, valorizando honestidade, coragem, desenvolvimento intelectual, caridade, bondade, etc. O Superego através do Ego Ideal, tende a motivar a obtenção destes valores, punindo ou criticando quando falha na perseguição dos objetivos. A segunda
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