Baixa idade média
Por: Vitória Fernanda • 28/4/2019 • Seminário • 3.806 Palavras (16 Páginas) • 281 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CAA/NFD - CURSO DE PEDAGOGIA
História da Educação – P1 – 2019.1
Prof. Maria Betânia Santiago
Aluno(a): Elba Santos de Macedo, Maria Eduarda Souza Santos, Vitória Fernanda dos Santos Ferreira.
INTRODUÇÃO
Na baixa idade média muitas coisas mudaram e outras surgiram. Neste trabalho iremos aborda as características gerais desse período e destacaremos ainda o processo educacional. No entanto antes de começar de fato a aborda cada tópico, iremos fazer um breve resumo das ideias principais desse capitulo.
Após o ano mil a Europa vai passar por grandes transformações, a igreja e o império perde força e o sistemas feudal vai cada vez mais sendo deixado para traz, além disso novas estruturas vão tomando forma e uma nova época vai sendo construída. As cidades vão se formarem dentro dos burgos e o comércio vai começar a se desenvolver junto com a retomada das práticas artesanais, a imagem do mercador surge como uma massa de “vagabundos” a vista da sociedade que ainda está em transição para uma nova realidade.
É na rua que as coisas acontecem na baixa idade média a vida social das pessoas é exposta na rua, raramente vai se encontrar a estrutura familiar da alta idade média, as crianças e as mulheres tinham sua imagem marginalizada e os jovens principalmente os homens tinham seus direitos privados e aproveitavam o carnaval para explodir suas tensões. Além disso foi elaborado o pensamento pedagógico em torno da formação e evolução humana e cultural do indivíduo, logo a escolástica prepara uma releitura da educação que envolvera de modo radical e inovador tanto os processos de formação quanto os de aprendizagem. Por fim o século XIV,foi um século repleto de crises o que leva ao ocaso da idade média.
1. DEPOIS DO ANO MIL: UMA VIRADA TAMBÉM EDUCATIVA
De acordo com os historiadores, o ano mil foi um divisor de aguas. Relembrando alguns decênios, a história da Europa sofreu uma grande mudança seja ela a superação de uma profunda crise, um forte dinamismo que se difundiu-se no ocidente ou o aparecimento de novas estruturas, sejam econômicas, culturais, sociais ou políticas. surgindo uma nova realidade da Europa com o desenvolvimento econômico, o surgimento de uma classe social de suma importância- a burguesia, o impulso do pensamento, divergências políticas e uma sociedade mais dinâmica e mais móvel, tudo isso são pontos importantes que definem uma nova época, a qual é aberta a novos valores e protagonista. Esses valores seriam a liberdade e a nação-estado e os protagonista são as cidades, as pessoas, as comunas e os burgueses.
Assim observamos que estamos distantes de uma sociedade feudal, a qual era hierarquizada, fechada, bloqueada e agrícola sem interações. Esta sociedade agora é mais articulada, complexa, plural, e conflitual e que observa o crescimento de protagonista e tensões. Essas tensões em nível político é referente ao papado, o império, as comunas, e os estado nacionais
Além disso a Europa se salvou dos ataques de mulçumanos, escandinavos e húngaros os quais provocaram transtornos em suas estruturações. Esse país é um pluralismo de Estados, de etnias, de tradições e também unidade espiritual de fé e culturas, é uma terra de liberdade marcada por processo de autonomia de indivíduos e por ideias supranacionais (igreja e império), porém vão tornarem-se frágeis e problemáticos.
No ano mil, a burguesia surge, ela é uma classe social urbana, ligada a intercâmbios e com pensamento inovador, é essa classe que faz amadurecer princípios novos: o individuo, a liberdade e a produtividade. Assim observamos que é todo o mundo que vai sendo renovado da educação ao comercio, a mudanças das técnicas e a transformação do trabalho, o qual implica cada vez mais competências especializadas, envolvendo também mais indivíduos ligados pelo conhecimento e interesses em comuns: nasce assim as corporações. Logo a cidade vai educar a sociedade por meio de lutas politicas entre facções e entre grupos sociais.
2.A CIDADE,OS MERCADORES,AS ARTES
As crises do século IX e X, em razão das invasões, fim do comercio,a pobreza econômica do império carolíngio e o fechamento do ocidente em si, deixaram consequências para as cidades, mas embora empobrecidas e marginalizada manteram funções de sedes episcopais, ou seja, centros religiosos e como centro de mercado. Assim a figura do bispo era em geral de governador da cidade, já que ele exercia certo poder sobre a sociedade, após a fase de fragilidade das cidades, elas se fortificaram contra os sarracenos ou as normados criando assim os burgos e dentro desses burgos se formaram novas cidades o que levará a um renascimento econômico. Por conseguinte a evolução dos países, como na Itália onde Veneza passa a ser potência marítima vai se abrindo caminhos para intercâmbios comerciais Assim nasce a figura do mercador o qual já era presente em Veneza, mas que depois se generaliza na Europa, no início os comerciantes surgissem de uma massa de “ vagabundos “, considerados assim pela sociedade, os mercadores buscavam operar intercâmbios e ganharem lucros.
Os mercadores se associaram para obterem segurança e apoio reciproco nas confrarias, gildes e hause desenvolvendo o comercio a longa distância o que trazia riquezas, no entanto a autoridade tornou-o sob sua proteção conquistando um papel social, central e importante. Assim vai tornando o burguês mais laico e desenvolvendo a técnica do comércio formando uma nova mentalidade produtiva, junto com o renascimento do comercio há também a retomada das atividades artesanais que vão se unir em associações profissionais o que vai ser também uma retomada das artes.
O artesanato ganha espaço e oficio, pois desempenha papel fundamental tanto na sociedade quanto nos processos educativos o que torna-se lugar de formação profissional. As corporações exerceram na segunda idade média um papel educativo e importante e de “massa” principalmente nas cidades emancipando o mercador de uma ética apenas religiosa e eclesiástica e marcando sua mentalidade em sentido laico, técnico e racional. Ademais o mercador terá também função laica e racional, o mercador é protocapitalista “dos meios adequados aos fins” de racionalidade técnica que se fara presente a partir da época moderna. Logo esses “personagens” desempenharam papeis sociais de grande importância.
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