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Blog-Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade

Por:   •  15/7/2021  •  Resenha  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  185 Visualizações

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GEPEADS - UFRRJ

Blog-Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade – GEPEADS/UFRRJ

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CADERNOS DA QUARENTENA

Em isolamento, 27/05/2020

Data: 14 de junho de 2020Autor: Mauro Guimarães0

A ESCALADA DA VIDA HUMANA.

Na escalada para a economia globalizada, perdemos a escala da vida humana!

Para o curto espaço de tempo de 500 anos na história, o passado recente das grandes navegações marca o início da circulação humana por todo o globo, numa escala de tempo e espaço que supera a capacidade humana de se deslocar a grandes distâncias para além da medida de seus pés caminhantes.

Distâncias cada vez maiores foram sendo cumpridas em tempos cada vez menores. O motor a combustão, trens, navios, carros, aviões fizeram hoje da Terra um pequeno planeta. Mas para muito além de levar o ser humano para todos os lugares, o que cada vez mais importa é a circulação de mercadorias, a geração de riqueza, o crescimento da economia globalizada.

Saímos de um passado recente em que humanos nos organizávamos e obtínhamos nosso sustento na medida do alcance de nossos pés e mãos. A escala humana de vida era local, hoje substituída pela escala econômica global. A manutenção da vida humana foi sendo substituída em valor, como razão do princípio organizativo do humano em sociedade, pela geração de riqueza crescente, da acumulação, da economia que não pode morrer. A vida, não só humana, foi perdendo importância para a vida econômica!

Fruto do progresso técnico, do aumento absoluto exponencial da produção e consumo, o desenvolvimento econômico se sobrepõe a tudo. A Ciência submetida ao domínio da exploração da vida submete a natureza como recurso para produção de mercadoria e concentração de riqueza. A evolução dessa sociedade humana a afasta da natureza explorada. A economia globalizada perde a escala humana de vida, suas referências, seus limites e se coloca acima de tudo, inclusive do próprio sustento da vida.

Hoje, o que vivemos é um gravíssimo desequilíbrio socioambiental em escala global. As mudanças climáticas, pandemias, migrações de refugiados, contaminação de oceanos e mares, perda de florestas e biodiversidade é a vida em risco em sua escala global – Natureza, Gaia, Pachamama, Madre Tierra.

A parada pandêmica da economia nos mostra que a escala humana de vida é uma referência que não pode ser desprezada. A economia é a organização dos fluxos de produção e consumo para a manutenção da vida humana. Colocar a carroça na frente dos bois dá claros sinais de que precisamos mudar os rumos, o sentido de viver. A escala humana da vida nos dá a importância da vida local, que essa não pode ser negligenciada e/ou suprimida pelas necessidades econômicas globais.

A lição que tiro de tudo isso é que a nossa sobrevivência está em nossas mãos, fazemos história. Valorizar a comunidade próxima, a desconcentração espacial das megalópoles, a substituição da tecnologia dura do produtivismo mundializado pelo menos que é mais, a simplicidade voluntária de relações amorosas com o mundo – alguns princípios organizativos da vida humana para uma nova sociedade. Sociedade em que a economia sustentável da vida seja capaz de manter o bem maior: a escala global da vida.

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