Breve historia da minha vida
Por: Aline Monteiro • 15/3/2019 • Trabalho acadêmico • 2.184 Palavras (9 Páginas) • 244 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
LILIANE DOS REIS LIMA
BREVE HISTÓRIA DA MINHA VIDA
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Itabira
2012
LILIANE DOS REIS LIMA
BREVE HISTÓRIA DA MINHA VIDA
Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Políticas e gestão dos espaços educativos, Currículo, conhecimento e cultura escolar, Metodologia da pesquisa científica, Tecnologias da educação.
Prof. Josilaine Ricci Nascimento, Malina Klaus, Okçana Battini, Edilaine Vagula.
Itabira
2012
Apresentação
Apresento neste trabalho minha trajetória de vida, onde relato os fatos principais da minha vida pessoal, escolar e profissional, minhas mudanças, meus medos, meus objetivos de vida e principalmente a superação de todos os problemas e traumas vividos.
Capítulo I - História de Vida.
Nasci em 1 de Março de 1990, na cidade de Itabira-MG, mas sempre residi na cidade de Passabém, no mesmo estado. Minha família sempre foi humilde, morávamos em uma casa de pau-a-pique, eu não tinha um quarto, então dormia no canto da cama com meus pais, onde tinha um buraco enorme na parede que minha mãe tampava com jornais para que eu não sentisse frio. Meu pai já era idoso, minha mãe era a segunda esposa dele, meu pai era muito conservador, então eu não tinha muito contato com outras crianças que não fossem minhas sobrinhas que moravam ao lado de nossa casa, por isso sempre fui uma pessoa exageradamente tímida. Minha mãe veio de uma família razoavelmente melhor do que a do meu pai, meu avô tinha uma pequena fazenda, mas nunca se preocupou com a educação e o bem estar dos filhos. Pra me educar minha mãe capinava, batia pasto, juntava esterco e vendia pra comprar meus materiais escolares, sofríamos muito, pois, eu tinha um irmão que odiava minha mãe e fazia de nossas vidas um inferno, já chegou a bater no meu pai, jogava água na cara da minha mãe, e ameaçava nos colocar na rua. Minha mãe chorava e trabalhava muito com esperança de poder compra um lote e fazer uma casa pra sairmos dali. Quando completei quatro anos o tão sonhado lote veio, minha madrinha irmã de minha mãe me presenteou. A partir desse momento minha mãe começou a trabalhar ainda mais e se dedicar a construção da casa, mesmo com as provocações de meu pai dizendo que ela nunca conseguiria concluir a obra sozinha. Demorou quatro anos, mas ela conseguiu, nos mudamos ainda sem luz e sem água na casa, só tínhamos um colchão pra dormir, meu pai não se mudou conosco preferiu a separação a ter que morar numa casa que a mulher construiu. Só depois de um ano conseguimos colocar luz e água, mas aí vieram às complicações, nossa casa ficava numa área de risco, até hoje todos os anos acontecem deslizamentos de terra, e entra enxurrada dentro de nossa casa, nesse período difícil meu pai ainda passou por uma cirurgia, câncer de próstata, ele ficou um período na nossa casa, mas depois foi embora novamente. Eu nunca fui uma criança feliz, vivia com medo, a única coisa que me deu alegria foi a mudança do meu avô pra perto da nossa casa, vendeu a fazenda, depois que a última filha se casou, porque a idade já não permitia que pudesse cuidar de tudo sozinho, já que minha mãe era a única filha que morava na cidade, o melhor é que ficasse perto dela. Quando eu tinha dez anos meu avô mudou-se para nossa casa, pois ficou muito doente, teve inchaços nas pernas que resultou em feridas, eu não me lembro bem o que ele tinha, mas todos os dias passava remédio nas feridas dele depois que eu chegava da escola, quando a última ferida estava quase cicatrizada, ele me disse à noite “ô minha filha, já estou quase curado, porque você cuidou de mim”, me lembro disso com muita emoção, no outro dia de manhã, assim que cheguei da escola recebi a triste notícia de que ele havia falecido. Depois que meu avô morreu eu me senti totalmente desprotegida, ele era meu porto seguro. Mas em compensação, meu avô tinha uma irmã muito bacana, a tia Jovem, o nome dela era esse mesmo, Jovem. Ela passou a cuidar de mim pra minha mãe ir trabalhar depois que meu avô morreu, era uma figura muito bondosa e divertida, falava muito alto, quase gritado, era tão popular que todos os dias os vizinhos passavam lá pra tomar café. Outra alegria que eu tinha era a visita da minha tia Terezinha e meu tio Adriano, ambos irmãos de minha mãe, como eles não tinham filhos, me tratavam como tal, tudo que eu tenho em casa foi presente deles, televisão, mini system, fogão, computador etc.
Aos doze anos de idade ouve um deslizamento de terra em minha casa que resultou na queda da parede do quarto de minha mãe, graças a Deus não nos machucamos, mas tivemos que passar um mês na casa de tia Jovem até tirar toda aquela terra e reconstruir a parede novamente. Esse período foi muito difícil, eu passei uns cinco anos com trauma, nos períodos chuvosos eu sentia falta de ar dentro de casa e ficava muito nervosa, morrendo de medo, mas em compensação foi o período que eu me senti mais perto de Deus.
A partir dos treze anos minha timidez desapareceu um pouco, foi quando tive meu primeiro amor, nessa altura da vida eu já tinha tido meu primeiro beijo, que foi aos onze anos, mas amor mesmo foi esse dos meus treze anos, ele era um rapaz mais velho tinha uns 22 anos, como eu era criança ainda acreditava que ele me amava também, mas depois de uns três meses descobri que ele estava ficando com outra com a qual se casou. Eu sofri demais, pois o que sentia por ele era muito forte, mas depois de uns oito meses passou. Pra recompensar todo esse sofrimento apareceu em minha vida uma pessoa muito especial, o Wanderson, ou melhor, Andrinho, foi meu primeiro namorado de verdade, eu tinha quatorze anos e ele vinte e três, nunca gostei de rapazes da minha idade. Eu já conhecia o Andrinho há muito tempo, só que nunca tinha conversado com ele, começamos a namorar, foi um namoro complicado, porque nessa época ele trabalhava em São Paulo e a gente se via só de três em três meses. Depois de uns dois anos de namoro ele voltou pra Passabém, ficou um ano aqui, e quando eu estava terminando o segundo grau, ele voltou pra São Paulo novamente. Quando ele retornou ficamos noivos, foi em agosto de 2007, na véspera da minha formatura, mas aí veio a surpresa, eu descobri que estava grávida. Meu filho nasceu no dia seis de maio de 2008, colocamos o nome de Carlos Manoel. Eu e Andrinho fomos morar juntos, eu sabia que seria difícil, pois ele sempre bebeu muito e não me ajudava a cuidar da criança, minha mãe é que me socorria em todos os momentos. Como meu filho era muito chorão e mamava a noite inteira, eu cheguei a pesar 35 quilos. Estava tão magra que entrei em depressão e tive que fazer tratamento psicológico por causa da falta de auto-estima. Mas tudo valeu a pena hoje meu filho está com quatro anos e é uma criança muito inteligente e saudável e eu sou uma mãe muito feliz.
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