Bullying: O que é?
Por: Jéssica Santos • 16/6/2016 • Trabalho acadêmico • 2.378 Palavras (10 Páginas) • 297 Visualizações
I – BULLYING: O QUE É?
Desde antigamente, crianças e adolescentes vem enfrentando problemas nos quais geram conseqüências negativas. Esses problemas até então eram vistos pelos responsáveis e professores com uma coisa natural ou uma brincadeira da idade.
No entanto, vale ressaltar que as constantes rotulações, com o incentivo de intimidar ou agredir o outro incapaz de se defender, caracteriza o Bullying, termo de origem inglesa utilizado para caracterizar atos de violência física e/ou psicológica, praticados de forma intencional e seguidas repetidas vezes ou não. Esse termo é adotado por educadores, em vários paises para definir o uso de apelidos maldosos e toda forma de atos desumanos empregados para atemorizar, excluir, humilhar, desprezar, ignorar e perseguir os outros. Podemos dizer também que o Bullying é formado por três tipos de pessoas: vítimas, agressores e expectadores da violência.
As vitimas são as que sofrem humilhações, ameaças e intimidações por não serem boas em alguma coisa, como esportes por exemplo, ou até mesmo por possuírem alguma característica diferente.
Aquele que pratica o Bullying é chamado “Bully”, que traduzido significa valentão, ou seja o autor das agressões. Geralmente são alunos populares que precisam de platéia para agir e sempre fazem ameaças para impor a sua autoridade.
Os expectadores da violência são pessoas, alunos que assistem as agressões e não interferem por terem medo de se tornarem o próximo alvo. Apesar de ser “passivo”, tem um papel importante, pois quanto mais “platéia”, mais o agressor se sente tentado a praticar o Bullying.
Destacamos também que existe a pratica do Bullying em vários locais além da escola e o desconhecimente desse ato de violência faz com que se ignore algumas situações em que sofremos ou até mesmo praticamos o Bullying, levando as vitimas a se sentirem desprotegidas sem saber com quem contar ou a quem pedir ajuda.
1.1 Caracteristicas do bullies
Estudos mostram que os agressores (bullies) não sofrem de nenhum distúrbio mental ou psicológico. Em geral, são procedentes de famílias desestruturadas, com grande ausência de relações afetivas.
Os “bullies” são pessoas que se enraivecem facilmente, e raramente se relacionam com outras pessoas. São em geral agressivos, agitados e preocupados com a auto-imagem.
Para que o Bullying seja identificado, é necessário que se observe a existência de alguns fatores como: o comportamento agressivo negativo e repetitivo por parte do agressor, com o objetivo de intimidar, acuar e inferiorizar a vitima demonstrando sua superioridade; a ocorrência em publica, na maioria das vezes, conivente com a agressão; o comportamento recorrente que indique um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, mesmo que seja somente físico. (ABRAPIA, 2003)
Os “bullies” usam uma combinação de intimidação e humilhação para intimidar suas vitimas, que podem ser identificadas quando há deboche e insulto à vitima, menosprezando o seu valor pessoal; agressão contra o corpo ou propriedade da vitima; dano a objetos de uso pessoal, material escolar, tais como cadernos, livros e outros; incentivo a contendas entre colegas, professores e demais funcionários; depreciação da vitima sem qualquer motivo; ameaça à vitima para que siga ordens, mesmo contra vontade; exposição da vitima a situação problemática com outra pessoa ou autoridades, fazendo com que ela sofra e pague por ato que não cometeu; comentários depreciativos sobre a família da vitima, especialmente a figura da mãe, sobre a religião, cor, moradia, bairro ou cidade, sobre o tipo de orientação sexual ou etnia; fazer com que a vitima fique isolada dos outros; usar tecnologia de informação para praticar o cyberbullying (criar paginas falsas sobre a vitima em sites de relacionamento, publicação de fotos, etc.); chantagear de forma ameaçadora; grafitar com palavras depreciativas usando o nome da vitima; se fazer de amigo com a finalidade de colher fatos pessoais que possam ser usados contra a vitima. (ABRAPIA, 2003)
“Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua provável frustração e impotência”.
(MALUH DUPRAT)
1.2 Tipos de Bullying
O Bullying pode ocorrer devido a orientação sexual da pessoa, características físicas ou até mesmo por qualidades que a fazem superior ao agressor, e por isso gera neste, raiva, incomodo e inveja, levando-o a agressão.
De acordo com o site ABRAPIA, existem dois tipos de Bullying, que podemos caracterizar como bullying direto e bullying indireto.
O bullying direto, mas comum entre homens, é aquele em que ocorre além da agressão verbal e psicológica, mas também física. Normalmente o agressor anda em grupo e quando eles cercam a vitima, deixam marcas por toda a vida (paralisias em alguma parte do corpo, seqüelas e etc) e podem levar a vitima a morte de um jeito brutal e covarde.
O bullying indireto, mas comum entre mulheres e crianças pequenas, é aquele que ocorre a agressão verbal e psicológica raramente escuta-se sobre agressão física feita por mulheres. No bullying indireto, encontra-se como agressões os xingamentos, o isolamento da vitima (em caso de crianças pequenas), ameaças ( encontradas também no bullying direto), calúnias e difamação da vitima, podendo levar a mesma a ter problemas psicológicos e dificuldade em relacionamento com pessoas tanto do mesmo sexo, quanto com o sexo oposto.
1.3 Locais onde ocorre
Dado que o Bullying pode ocorrer com qualquer pessoa e em qualquer lugar, constataremos nesse, os locais mais comuns e de maior enfoque onde tal pratica acontece.
Escola
Na escola, vemos essa pra tica acontecer desde as séries iniciais. Nas primeiras series encontramos o bullying indireto, como já vimos, feito por xingamentos e exclusão da vitima, nesta fase, por terem pouca idade, não ocorre agressão física, porém as agressões verbais e psicológicas podem trazer sérios problemas para as crianças, como dificuldade na socialização, traumas e baixa auto-estima.
Na faculdade,
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