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Concepção de leitura, estratégias de leitura, leitura e a produção de sentidos

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Por:   •  5/10/2014  •  Resenha  •  4.628 Palavras (19 Páginas)  •  358 Visualizações

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Concepção de leitura, estratégias de leitura, leitura e a produção de sentidos

Nos tempos atuais, dependemos de muitas estratégias e estímulos, para que as crianças se tornem leitores desde cedo, ainda mais numa época em que a criança é cercada de informações e os mais diversos apelos por meios de comunicação. A formação do hábito de ler exige cada vez mais dos professores a aplicação de estratégias que despertem o gosto pelos livros, para a construção de leitor enquanto ser crítico socialmente construído.

Sendo a leitura uma representação do pensamento entendido como a captação das ideias do autor, o sujeito enquanto leitor terá que captar o que o autor quer informar. E é esse captar que o leitor usa como estratégia para decodificar o que o autor quer dizer no texto, e dentro desse entendimento que o leitor vai compreender e interpretar o verdadeiro objetivo que o autor quer transmitir.

A escola é o primeiro espaço legitimado de produção da leitura e da escrita de forma consciente, é lá que estão às condições de promover estratégias para que ocorra o crescimento individual do leitor, despertando interesse, aptidão, e a competência, onde a inferência seja um referente a esta atividade, e a interação entre o leitor e texto sejam recíprocas.

A escola conta com uma forte aliada: a biblioteca e essa, se bem estruturada e com um bibliotecário capacitado a direcionar informações de forma dinâmica e criativa favorecerá resultados satisfatório para o desenvolvimento das práticas leitoras.

Outra forma de grande importância na formação de leitores é a biblioteca de classe, na sala de aula onde o professor tem a chance de adequar interesses de alunos, e esta pode nortear a busca por novos livros, revistas, jornais e outros. A classificação do material chegado, a seleção dos livros é outra forma de atividade produtiva, onde o aluno acaba por mostrar seu interesse pessoal e o professor não precisa usar prática e indicar um livro comum a todos, o que reduz em muito a curiosidade da troca entre o grupo da turma.

Os objetivos e condições para o ensino da leitura possibilitam que a proposta da biblioteca de classe, seja para aluno e professor a familiarização com diferentes estilos e gêneros, e menos marcados pela obrigatoriedade escolar e mais orientada pelo interesse pessoal.

A biblioteca de classe permite uma aproximação do aluno e o livro, permitindo assim, as crianças terem uma valorização de leitura diversificada, fazendo-os pequenos leitores, mais críticos e capazes de se expressarem melhor na capacidade de expor suas opiniões, conhecer outros gêneros, melhor receptividade para com autores e obras desconhecidas, ampliação de vocabulários, enfim conhecer ideias e conceitos sobre o que é cultura onde muito das vezes será somente através da leitura.

O texto é a essência da leitura, pois ele parece reunir todo o conhecimento acumulado pela humanidade. Nesse sentido, parece que para essa concepção “bom texto” é aquele que contém muitas informações; “bom leitor” é aquele que é capaz de extraí-las, para assim aumentar seu repertório de conhecimentos. O texto escrito assume o papel de transmissor da verdade e é considerado um produto acabado, pronto para ser consumido.

Gêneros Textuais ou Discursivos presentes na Revista Veja

Tornou comum a ideia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto, mesmo apresentando alto poder preditivo e interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar à quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita. Quanto a esse último aspecto, uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela que, numa primeira fase, povos de cultura essencialmente oral desenvolveram um conjunto limitado de gêneros.

Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio comunicativo definido por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante.

Dentro da Revista Veja foram encontrados os seguintes gêneros textuais: biografia (texto narrativo que tem como característica narrar à história de uma vida, é centralizado nos acontecimentos da vida de um individuo e é um antigo gênero da literatura), entrevista (é um gênero textual dissertativo-expositivo que é representado pelo diálogo de duas ou mais pessoas, o entrevistador e os entrevistados, para obter informações sobre ou do entrevistado ou de algum outro assunto), notícia (é um texto narrativo de um fato ocorrido que ocorreu em um determinado momento e lugar, envolvendo determinadas personagens, características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos), blog (é gênero textual descritivo que se caracteriza como uma página da web que permite a postagem de artigos organizados cronologicamente, contando com a participação de um número variado de pessoas, dependendo de sua própria política.

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