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DEPARTAMENTO DE HABILITAÇÕES PEDAGÓGICAS EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Por:   •  26/2/2019  •  Ensaio  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  147 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

DEPARTAMENTO DE HABILITAÇÕES PEDAGÓGICAS

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

PROFª DRª SUELIDIA MARIA CALACA

JOSÉ LUCAS BATISTA DOS SANTOS

COMENTÁRIO CRÍTICO

EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE

Comentário crítico exigido pela disciplina Educação de Jovens e Adultos ministrada pela professora Suelidia Maria Calaca, para composição de nota da primeira unidade do curso de pedagogia do 4º período do semestre 2018.2 no turno vespertino.

João Pessoa - PB

2019

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23ª edição. Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1999.

Capitulo 1:

A Sociedade Brasileira em Transição:

Neste primeiro capitulo o autor aborda inicia discutindo questões sobre a antropologia e filosofia do ser humano, enquanto ser que se diferencia dos demais animais. Para Paulo Freire os homens além de possuir a capacidade de ter contatos como os demais seres vivos, possui a habilidade de desenvolver relações, e isto é uma característica puramente humana, não sendo observável nos demais animais. E o que significa ser um ser de relações? Para o autor os animais apenas desenvolvem os contatos no mundo, na realidade em que estão presentes, ou seja, eles não compreendem o mundo e nem agem nele. Já o ser humano, não só pode compreender a realidade como pode até alterá-la, por isso é que o autor coloca “[...] que, para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida (p.47)”. E isso, só é possível porque nós somos seres que podemos nos relacionar com a realidade, com o mundo.

Além disso, o ser humano como ser presente no mundo como os demais animais, ele se diferencia também por estar com o mundo. E o que isso quer dizer? O que é estar com o mundo? Segundo o autor “estar com o mundo resulta de sua abertura à realidade, que o faz ser o ente de relações que é (p.47)”. Nesse sentido, estar com o mundo é apenas possível ao ser humano, pois, somente ele é capaz de entender a complexidade das relações presentes na realidade, no mundo em que ele se situa. E, isso se configura como um desafio ao ser humano, um desafio que é entender a pluralidade de relações na realidade e poder encontrar uma forma de agir, de transformar, de modificar a realidade em que está inserido.

Daí, então o que o autor que dizer com “Sociedade Brasileira em Transição”? Tendo em mente o que foi explicado brevemente acima, devemos também estar ciente em qual contexto o livro foi escrito. Se passando, na década de 1970 e 1980, o Brasil estava passando por tempos de repressão e ditadura. Nesse conjunto de problemáticas, estava também os altos índices de analfabetismo da população brasileira, sobretudo nas regiões mais pobres como a região Nordeste. E estes analfabetos eram privados de pensar e mudar a sua realidade, por uma casta política e intelectual que alienaram fazendo-os conforma-se com os problemas reais da sociedade. Este processo chama o autor de desumanização quando o homem se rebaixa a ser objeto e não sujeito histórico, interventor da realidade. Era esta a realidade da sociedade brasileira, de sujeitos que privados de serem sujeitos históricos, passam a se tornar seres objetificados, alienados assemelhando aos demais animais.

Com o movimento da educação popular, que tendo como principal figura o autor deste livro, Paulo Freire, buscavam humanizar estes sujeitos, através da educação, que segundo autor é o instrumento de libertação (liberdade) contra a dominação, contra a opressão que tornava os sujeitos em objetos. E neste processo de alfabetização, os trabalhadores se emancipavam enquanto classes populares, que através do pensamento crítico conseguiam enxergar a opressão e a dominação, em que estavam situados. É neste período de emancipação das classes populares que Paulo Freire viu a sociedade brasileira em Transição, da sociedade alienada para a sociedade de sujeitos históricos.

Capitulo 2:

Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática

        Ao explicar sobre a Sociedade em Transição, Freire neste capítulo vai esboçar como a sociedade fechada colaborou na nossa inexperiência com a democracia, sendo essa Sociedade Fechada o oposto da sociedade em transição, que o autor enxergou, quando as massas populares, começaram a questionar seus problemas reais na sociedade. Nesse sentido cabe de antemão explicar, assim, como o autor, o que é a Sociedade Fechada? E como ela colaborou e continua colaborando para nossa inexperiência democrática?

        Para responder a primeira pergunta, Paulo Freire se utiliza de uma revisão histórica da formação do Brasil, desde colônia até a instalação da república. E por que disso? Pelo homem ser um sujeito histórico, que desenvolve relações e intervém na realidade, podemos encontrar respostas aos problemas atuais, investigando sua história, ou seja, investigando suas relações e suas intervenções na sua realidade. E é a partir disso, que o autor, começa a discutir sobre essa Sociedade Fechada. Para Freire, “[...] a sociedade “fechada” brasileira colonial, escravocrata, sem povo, “reflexa”, antidemocrática [...] (p.73).” Portanto, a sociedade “fechada” é aquela que escraviza o seu povo, através da hierarquia de poder, tornando-os “reflexos”, ou seja, alheios a sua realidade, alienado, pois, não observa os problemas de sua realidade.

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