Educação de Jovens e Adultos
Por: raizzaaa • 30/8/2017 • Trabalho acadêmico • 5.196 Palavras (21 Páginas) • 575 Visualizações
[pic 2] | FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA O DOSSIÊ Curso de Pedagogia |
MÓDULO:
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – 80h
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UNIDADE 1
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
☞ Questões obrigatórias para o dossiê
Lembrete: a cópia de trechos da apostila não será aceita na resolução dos questionamentos. Estude e reelabore o conteúdo com as próprias palavras.
- Elabore um resumo, identificando os momentos mais importantes deste percurso histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil.
Resposta: A Educação de Jovens e Adultos no Brasil começou com os Jesuítas na época do Brasil colônia, através da catequização das nações indígenas. No começo do século XX com o desenvolvimento industrial é possível perceber uma lenta valorização da EJA. Com o processo de industrialização a população rural migrou para a cidade com o intuito de melhorar a vida, iniciou-se uma mudança de postura e interesses da elite em relação à formação do trabalhador houve a necessidade em ter a mão de obra especializada foi aí que surgiu algumas escolas criadas para capacitar jovens e adultos. A necessidade de aumentar a base eleitoral favoreceu o aumento das escolas de EJA, Freire que sempre lutou pelo fim da educação elitista, Freire tinha como objetivo uma educação democrática e libertadora, ele parte da realidade, da vivência dos educandos e foi o responsável em organizar e desenvolver um programa nacional de alfabetização de adultos, porém com o golpe militar o trabalho de Freire foi visto como ameaça ao regime. Assim a EJA volta a ser controlado pelo governo que cria o MOBRAL esse método tinha como foco o ato de ler e escrever, essa metodologia assemelha se a de Paulo Freire com codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros, fichas, porém, não utilizava o diálogo como a de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos. Na década de 1960 a alfabetização de jovens e adultos viveu vários movimentos que visaram a educação e a cultura popular, destacando se o movimento de educação de base (MEB 1961- até hoje), também o movimento de cultura popular (MCP 1960-1964), o centro popular de cultura (CPC 1961-1964), e por último a campanha de educação popular (CEPLAR 1961-1964). Com o fim do Mobral em 1985, surgiram outros programas de alfabetização em seu lugar como a Fundação Educar, que estava vinculada especificamente ao Ministério da Educação.
- A década de 1940 pode ser considerada um período áureo para a educação dos adultos? Fundamente sua resposta.
Resposta: Sim a década de 1940 pode ser considerada um período áureo para a educação de adultos, pois nela aconteceram várias iniciativas pedagógicas e políticas de peso, como a regulamentação do fundo nacional de ensino primários (FNEP). Logo veio a criação do INEP, que incentivaram e realizaram estudos na área. Também teve o surgimento das primeiras obras que são dedicadas ao ensino supletivo. Lançaram a campanha de educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) e dessa forma através do qual houve uma preocupação com a elaboração de material didático para adultos e a realização de dois eventos fundamentais para a área com o 1° Congresso Nacional de Educação de Adultos, realizado em 1947 e o Seminário Interamericano de Educação de Adultos de 1949.
- O pensamento pedagógico de Paulo Freire, assim como sua proposta para a alfabetização de adultos, inspirou as principais propostas de alfabetização e educação popular que se realizaram no país no início dos anos 1960. Pesquise e explique o método de alfabetização de Paulo Freire.
Resposta: Paulo Freire nasceu em Recife no dia 19 de setembro de 1921.Paulo Freire tinha propostas inovadoras, pregava a necessidade de uma alfabetização voltada para a libertação, para a conscientização dos homens e mulheres como sujeitos capazes de transformar a realidade social. Para Paulo Freire a educação tem que ser democrática, libertadora, comprometida com a realidade social, econômica e cultural dos mais pobres, onde o aluno não apenas sabe de sua realidade, mas também participa de sua transformação. O método de alfabetização de Paulo Freire é resultado de muitos anos de trabalho e reflexões de Freire no campo da educação, sobretudo na de adultos em regiões proletárias e subproletárias, urbanas e rurais, de Pernambuco.
- Qual é a importância de Paulo Freire para a Educação de Jovens e Adultos? Responda elencando as principais contribuições deste educador.
Resposta: Paulo Freire criou uma metodologia muito além de uma concepção de alfabetização, uma metodologia que favorecia a todos o acesso à educação como prática da liberdade. As práticas metodológicas trabalhadas na EJA, como recursos capazes de proporcionar uma educação transformadora além de preparar os educandos para o trabalho. Para Paulo Freire é impossível falar em educação neutra, pois, educar é um ato político, é um ato de criação e recriação e o diálogo é fundamental para a construção do sujeito, é como um mecanismo de compressão da estrutura social, de conscientização e de transformação. Os trabalhos da educação popular para a alfabetização foram em grande parte inspirados nas ideias de Paulo Freire na chamada pedagogia da libertação ou Pedagogia dos Oprimidos. Assim com essas ideias ele contribuiu para o engajamento de todos os estudantes e que tivesse acesso gratuitamente tendo escolaridade básica, independente da idade.
- Quais foram os principais programas e suas respectivas características que marcaram a educação popular no Brasil? Responda observando: o que há de comum entre eles; os pontos que diferem; por quem eram sustentados (financiados); porque foram extintos, entre outros aspectos.
Resposta: Tinham como objetivo último transformações qualitativas na estrutura social o Movimento de Educação de Base (MEB), o Movimento de Cultura Popular (MCP) e o Centro Popular de Cultura (CPC). Também a Campanha De Educação Popular (CEPLAR), que tinha como objetivo o processo de conscientização da realidade. MCP destaca-se, na proposta ações no campo do teatro, atividades culturais realizadas nas praças públicas, além de escolas para crianças e adultos. A educação era concebida como proporcionadora das condições intelectuais para um maior esclarecimento dos trabalhadores; assim, o acesso à leitura e à escrita oportunizariam a ampliação do entendimento político das classes populares em função de um engajamento voltado para a transformação social. MEB também responsável pela sua articulação, o qual tinha suas origens em duas experiências de educação radiofônica, empreendidas pelo episcopado no Nordeste brasileiro. O governo federal passou a patrociná-lo, oferecendo recursos para a criação de uma educação de base, a ser veiculada por meio de emissoras católicas, conveniadas ao MEC e a outras instituições federais, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. Destacam-se, principalmente nesse período, os setores progressistas da Igreja, aglutinados em torno da Juventude Operária Católica. CPC dedicava-se, principalmente, à produção de manifestações artísticas populares teatro, música, cinema etc. visando a uma formação política e cultural da população por meio do debate sobre os problemas nacionais.
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