Educação de Jovens e Adultos
Por: liza1986 • 17/9/2017 • Resenha • 381 Palavras (2 Páginas) • 552 Visualizações
No texto “Educação de jovens e adultos do campo, da estigmatização ao protagonismo”, a autora discorre sobre os sujeitos que Compõem a EJA e o lugar da EJA no campo. Começa definindo esses sujeitos, que segundo a autora são os negros, brancos, indígenas, amarelos, mestiços; mulheres, homens, jovens, adultos, idosos; quilombolas, pantaneiros, ribeirinhos, pescadores, agricultores, trabalhadores, desempregados; de origem rural ou urbana; pessoas com necessidades educacionais especiais ou não. Sendo assim, a EJA é formada por uma grande diversidade de indivíduos, e é necessário que um diálogo seja estabelecido, em busca de soluções para melhorar a qualidade de vida desses sujeitos e construir uma educação para todos. O Estado brasileiro, até pouco tempo atrás se mostrou submisso às classes dominantes, e por esse motivo o investimento nas escolas do campo era muito pequeno, restrito apenas à alfabetização ou à qualificação profissional para atender à necessidade de mão de obra. Os jovens, adultos e idosos do campo vivem em um processo contínuo de exclusão. Os sujeitos da EJA no campo na sua maioria ou nunca frequentaram a escola ou tiveram acesso à educação pública pelas mais diversas razões, como por exemplo, o trabalho ou pelos mecanismos de desigualdade e exclusão que a escola possui. Historicamente, os sujeitos da EJA tanto no campo quanto na cidade, herdaram do Estado uma escola pública marcada pela ausência de estrutura pedagógica e física capaz de satisfazer seus anseios, demandas e necessidades educacionais, desse modo, as políticas de intervenção do Estado em relação às políticas educacionais ainda não alcançam os povos do campo. A história da EJA está diretamente ligada à história do lugar social reservado aos homens e mulheres dos setores populares. Reconhecer sua condição social, cultural e política possibilita a superação de preconceito e discriminação. A EJA e a Educação do Campo compartilham a negação dos direitos sociais, em específicos o direito a educação. A ausência de políticas efetivas de combate ás desigualdades sociais comprometem os avanços nesse sentido. As demandas dos sujeitos do campo ainda não são o ponto de partida para a implementação de políticas, o que não valoriza as espeficidades desses sujeitos. A EJA alinha-se com os movimentos pela educação das camadas populares e com os que lutam pela superação da diferentes formas de preconceito, exclusão e discriminação existentes em nossa sociedade.
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