Educação de Jovens e Adultos
Por: 'Sabrina Sifuente • 18/4/2023 • Resenha • 411 Palavras (2 Páginas) • 99 Visualizações
Ao estudarmos um pouco mais sobre a educação brasileira no período da colonização, é possível notar que a principio ela tinha um direcionamento maior voltado às crianças, porém os adultos indígenas também foram incluídos no processo educacional.
De acordo com Galvão e Soares (2010) no Brasil o inicio da história da educação de jovens e adultos iniciou no período da colonização com a chegada dos jesuítas a colônia, por volta de 1549 e se manteve por mais de 200 anos até 1759 quando foram expulsos, eles se dedicaram a ensinar e alfabetizar o povo indígena que aqui morava. Inclusive os autores apontaram que no inicio, os jesuítas usaram de seu tempo para aprender a língua indígena, para que dessa forma fosse possível governar os colonizados, através de uma comunicação mais efetiva.
Ainda segundo Galvão e Soares (2010) os professores que trabalhavam no período diurno, ofereciam aulas noturnas, sem nenhum tipo de remuneração. As aulas eram diferenciadas para os estudantes do meio rural e urbano, meninos e meninas. Até mesmo o ensino para homens e mulheres adultos era diferente, pois eles eram separados e as mulheres aprenderiam disciplinas diferentes das dos homens.
Para termos uma estimativa, em 1890, analisando o censo nacional, 80% da população brasileira eram de pessoas analfabetas.
E então, se viu urgência da educação formal para essas pessoas nos diversos níveis educacionais, para os trabalhadores que após seu dia cansativo de trabalho busca conhecimento e aperfeiçoamento para se capacitar no período noturno.
[...] o sistema público de ensino brasileiro nunca observou um movimento de expansão que visasse à melhoria das condições de acesso da população à educação. Porém, os movimentos de expansão desse sistema sempre foram ao encontro de interesses econômicos e políticos dos grupos dominantes da sociedade brasileira (BASEGIO; MEDEIROS, 2012, p. 17).
Dando continuidade ao assunto o autor ressalta que “os cursos noturnos no Brasil, desde que surgiram, apresentaram uma característica bem definida: atender às massas trabalhadoras, dando continuidade à formação destas e capacitando-as para o emprego industrial” (BASEGIO; MEDEIROS, 2012, p. 19).
E ao analisarmos o que foi citado por Basegio e Medeiros, não havia melhorias educacionais, pois a classe dominante temia que o povo ao se tornarem instruídos e alfabetizados não fossem mais fáceis de serem controlados.
Referências
BASEGIO, L.J.; MEDEIROS, R.L. Educação de jovens e adultos: problemas e soluções. Curitiba: Intersaberes, 2012.
GALVÃO, A.M.O.; SOARES, L. História da alfabetização de adultos no Brasil. In: ALBUQUERQUE, E.B.C.; LEAL, T.F. (Orgs.) Alfabetização de jovens e adultos em uma perspectiva de letramento. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
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