Educação de Jovens e Adultos
Por: cristiano92441 • 17/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.271 Palavras (10 Páginas) • 365 Visualizações
Pedagogia – Licenciatura
Professora: Marcel
Resenha do Livro: Pedagogia do Oprimido
Cristiano Cincilio RA: 8207962116 6ª série
Jundiaí, 29 de setembro de 2016
FACULDADE ANHANGUERA
Curso: Pedagogia – Licenciatura
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos
Resenha Crítica do Livro:
“Pedagogia do Oprimido”
De
Paulo Freire
Jundiaí, 29 de setembro de 2016
Introdução
O presente trabalho consiste em expandir nossos conhecimentos na Educação de Jovens e Adultos utilizando o livro A pedagogia do oprimido de Paulo Freire como base para nossos estudos. Piaget, Vygotsky e Paulo Freire explicam que nós como educadores devemos adequar o ensino ao aluno e não o contrario, pois nem todos aprendem da mesma forma, mas todos são capazes de aprender.
Resenha Crítica do Livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire
O livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire lançado no ano de 1988 propõe uma pedagogia com uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante, e sociedade.
Paulo Freire é um dos nossos maiores teóricos Brasileiros que sempre esteve preocupado com a educação de nosso país e escreveu este livro após ter várias experiências em educar jovens e adultos. Em seu primeiro capítulo que tem como título a Justificativa da Pedagogia do Oprimido, Freire debate o processo de desumanização causada pelo opressor a seus oprimidos. Ele relata, que a forma de imposição que o opressor envolve o oprimido, e faz com estes sejam menos, ou seja, veja-se em condições onde ele precise do seu usurpador. Neste capítulo Paulo Freire desenvolve dois conceitos importantes: A revolução de contradição. Para ele uma revolução no campo da opressão, por buscar mudanças daqueles que dominam, acaba gerando novos opressores e oprimidos. Já na contradição o opressor se reconhece como o tal e o oprimido consegue vê-se subjugado por outro. É a contradição que gera a consciência. Mas o autor adverte que o processo de desintoxicação da opressão deve acontecer de maneira cuidadosa para que os opressores não venham á ser novos oprimidos. O processo de liberdade deve ser vista e sentida por ambas as partes. A libertação do estado de opressão é uma ação social, não podendo, portanto acontecer isoladamente. O homem é um ser social e por isso, a consciência e transformação do meio deve acontecer em sociedade.
Em todo o contexto de seu livro, o autor busca mostrar como a educação no Brasil produz um fetiche social, reproduzindo a desigualdade, a marginalização e a miséria. Ele coloca que o ensinar a não pensar é algo puramente planejado pelos que estão no poder, para que possam ter em suas mãos a maior quantidade possível de oprimidos, que se sentindo como fragilizados, necessitam dos que dominam para sobreviverem. Mas como poderá o homem sair da opressão se os que nos “ensinam” são também aqueles que nos oprimem? No desenvolver de seu livro, Paulo Freire procurar conscientizar o docente dom seu papel problematizado da realidade do educando.
No capítulo II, a autor discute “a concepção ‘bancária’ da educação como instrumento de opressão. Seus pressupostos. Suas criticas”. Ele traz a discussão de que é o professor quem faz o seu aluno um mero depositário, ao considerar o aluno como incapaz de produzir conhecimento, e desconsiderar-se como um ser em formação contínua. Para Paulo Freire, ensinar a pensar e problematizar sobre a sua realidade é a forma correta de se reproduzir conhecimento, pois é a partir daí que o educando terá a capacidade de compreender-se como um ser social. Uma vez conhecendo sua situação na sociedade, o educando jamais se curvará para a condição de oprimido, pois seu lema será a igualdade e por ela buscará. A educação bancária, transformar a consciência do aluno em um pensar mecânico, ou seja, em sentir como se a realidade social fosse algo exterior a ele e de nada lhe aferisse. Já a educação problemática, gera consciência de ser inserida no mundo em que vive e diz respeito à ideia de que deve existir um intercâmbio contínuo de saber entre educadores e educandos, com a intensão de que os últimos não se limitem a repetir mecanicamente o conhecimento transmitido pelos primeiros. Por meio do diálogo entre professores e alunos, estabelecem-se possibilidades comunicativas em cuja raiz está a transformação do educando em sujeito de sua própria história. É a superação da dicotomia educada X educando. Nesse processo de educação problematizadora, o professor aprende enquanto ensina pelo diálogo de seus educando, estimulando o ato cognoscente de ambos, ou seja, ensina e aprende a refletir criticamente.
O processo de educação é consciência humana, pois só os homens tem consciência de sua incompletude e, por isso busca compreender o mundo que vive em sua finitude. Mas é no ser que transforma que ele percebe a sua importância, portanto é na educação problematizadora que gera história que se humaniza a sociedade.
O capítulo III tem como tema “a dialogicidade – essência da educação como prática de liberdade” demostra o quanto é importante o desenvolvimento no diálogo no processo educativo. A comunicação é expressa pela palavras e pela ação, por isso a verdade tem que está constante neste dois momentos de construção da educação, tanto do aluno quanto do professor. É isso que dá sentido ao mundo em que os homens vivem e se relacionam. O diálogo entre educador-educando começa em seu planejamento do conteúdo programático, quando questiona o que vai refletir com seus alunos. Mas esse conteúdo não pode estar dissociado do cotidiano dos alunos. Ele tem que ter uma relação com o que eles vivem no mundo atual. Tem que haver uma conexão real. Ensinar e aprender é uma constante investigação, porém Paulo Freire adverte para que não torne o homem, neste processo, um mero objeto de investigação. Que não se perca a essência do ser humano.
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