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Educação de Jovens e Adultos Evasão Escolar

Por:   •  13/4/2021  •  Monografia  •  4.958 Palavras (20 Páginas)  •  210 Visualizações

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FACULDADE EVANGÉLICA – FE

Credenciamento: Portaria MEC nº. 2619, 25/07/2005

Publicação: DOU, 26/07/2005

EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Alessandra Rocha Martins

alesandra_df10@hotmail.com

Eunice Portela

Euniceportela@globo.com

RESUMO

Este artigo aborda o desinteresse, bem como, as causas da evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos, a partir de pesquisa qualitativa realizada na rede publica de ensino da cidade de Ceilândia. Os dados foram coletados por meio de questionário contendo questões fechadas. O objetivo desta pesquisa foi identificar as causas do desinteresse e da evasão escolar no ensino da EJA. Refletindo sobre a evolução e o contexto dessa modalidade de ensino ao longo dos tempos (PAIVA; 1973). O texto aborda a necessidade de uma política para combater a desigualdade social e o preconceito por essa modalidade (BELO; 2005). A partir da conclusão deste, verificamos que o cansaço, a fadiga, bem como, a falta de estimulo por parte dos professores, foram os fatos mais relevantes que evidenciam o desinteresse que originou a evasão escolar dos alunos dessa modalidade de ensino.

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, DESINTERESSE, EVASÃO, QUALIDADE DE ENSINO.

INTRODUÇÃO

Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino, que tem a finalidade de alfabetizar e dar continuidade aos estudos de pessoas que não tiveram oportunidades de estudarem em seu tempo escolar ou mesmo que não quiseram estudar na ocasião oportuna. Essa modalidade de ensino é destinada a todos os que queiram iniciar ou dar continuidade aos seus estudos com objetivo de concluir-los desde que tenham idade inicial de 15 anos. O aumento do interesse pela educação popular no Brasil nos últimos anos foi também marcado pelo índice de evasão escolar.

Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultam, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o ensino fundamental obrigatório. Embora tenha havido progresso com relação a essa questão, o número de analfabetos é ainda excessivo e envergonha o país: atinge 16 milhões de brasileiros maiores de 15 anos. O analfabetismo está intimamente associado às taxas de escolarização e ao número de crianças fora da escola. (LDB nº 9.394, 1996)

Este trabalho visa conhecer as causas do desinteresse e da evasão escolar no ensino da EJA, buscando demonstrar qual o contexto da educação de jovens e adultos no Brasil, quais as causas do desinteresse dos alunos da EJA e quais as causas que levaram a evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos. Com base nos objetivos de contextualizar a educação de jovens e adultos em um contexto escolar, fui capaz de compreender um pouco os caminhos percorridos por essa Educação, também com base na pesquisa busquei identificar as causas do desinteresse do aluno da EJA para compreender se o motivo que levou o desinteresse também foi o motivo gerador da evasão. Com isso levantei a hipótese de que a educação de jovens e adultos não tem proporcionado ao aluno a formação necessária para inserção no mercado de trabalho e para o convívio social. Essa suposta falta de significado tem gerado desinteresse e desestimulado o aluno a continuar seus estudos.

O método usado foi uma pesquisa qualitativa realizada em uma escola para educação de jovens e adultos localizada em Ceilândia sendo utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário fechado, aplicado aos alunos dessa modalidade de ensino. Os dados revelam as causas do desinteresse, as mais relevantes foram o cansaço, fadiga e a mais citada pelos entrevistados foi a falta de estimulo dos professores, desta forma subentende que as causas do desinteresse, tiveram como consequências a evasão escolar.

  1. A Educação de Jovens e Adultos no Brasil

O contexto dessa educação nos evidenciara os sucessos e fracassos de vários programas de alfabetização, com isso a característica dos diversos períodos da história da educação de um país acompanha seus movimentos históricos, suas transformações econômicas e sociais, suas lutas pelo poder político.

De acordo com Paiva (1973) a Educação de Jovens e Adultos no Brasil teve inicio com os Jesuítas num período entre 1549 a 1759, a educação nesse período tinha uma preocupação com os oficias, ensinando-lhes os trabalhos manuais e agrícolas. A leitura e a escrita não eram ensinadas, por não serem consideradas importantes para a economia do país.

Neste período observa que tudo era administrado pelos Jesuítas sem intervenção externa, e que também as atividades agrícolas eram muito praticadas e em alguns locais havia criação de gado, fabricação de artesanato etc. a maioria das pessoas alcançadas com essa educação eram índios e negros (escravos livres).

As mulheres encontravam-se excluídas do ensino, do mesmo modo que os negros, cujos filhos nunca despertaram o interesse dos padres, como aconteciam com os curumins. Apenas os mulatos, um pouco mais tarde, começaram a reivindicar espaços na educação. Diante da importância dada aos graus acadêmicos para a classificação social, aumentou a procura da escola por parte dos mestiços, o que provocou, em 1689, um acidente conhecido como ‘questão dos moços pardos. (ARANHA, 1973 p. 165)

O período em questão foi um período de pouco desenvolvimento para a educação, onde poucas pessoas tinham acesso ao ensino, as mulheres nesse período eram excluídas do ensino Fato esse que perdurou por muito tempo. Paiva (1973) relata que o período subseqüente que vai de 1822 a 1889 é conhecido como período imperial. Nesse período foram criados cursos noturnos para adultos ainda não alfabetizados. Tais cursos eram ministrados nas escolas públicas instituídos pelo decreto n° 70.31A de 6 de setembro de 1878. Essas instituições eram escolas de ensino elementar exclusivas para homens do município da corte.

Os homens do Município da Corte eram os únicos que possuíam acesso a essa educação, limitando ainda mais a difusão do ensino, fazendo da Educação algo distante aos menos providos ou que não eram moradores da Corte. Paiva (1973) relata que com a Revolução de 1930 no contexto educacional, houve a difusão do ensino técnico profissional que funciona como meio de preparação de mão-de-obra qualificada para a indústria e o comércio que necessitava de profissionais capacitados para o mercado de trabalho e em 1932 foi fundada a cruzada nacional, “educação para o combate ao analfabetismo” e destaca que no ano de 1933 a educação era técnica, neste ano já havia 133 escolas de ensino técnico industrial, e neste mesmo ano a bandeira paulista de alfabetização foi levantada. Essa quantidade de escolas de ensino técnico já representava um grande avanço para a Educação, mesmo que essa educação se resuma ao ensino técnico, podemos entender que foi de grande relevância para a história da Educação.

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