Educação de Jovens e Adultos : Um novo começo.
Por: Melissa Porto • 18/4/2017 • Artigo • 1.712 Palavras (7 Páginas) • 305 Visualizações
“EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM NOVO COMEÇO”
PORTO, Melissa Aparecida.
RU UNINTER: 1380906
SOBRENOME, Nome do professor orientador.
RESUMO
O presente artigo visa demonstrar como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) promove uma inclusão dentro do sistema educacional, e como o conhecimento adquirido durante o curso de pedagogia auxiliou no desempenho do professor. A EJA promove uma inclusão, pois proporciona que pessoas atualmente fora do sistema escolar por motivos diversos como idade entre novamente em contato com esse mundo, é uma educação que em alguns momentos sofreu e sofre determinado preconceito, mas busca formar cidadãos conscientes como qualquer nível educacional.
Palavras-chave: educação de jovens e adultos, inclusão, cidadania.
INTRODUÇÃO
A educação deve ser à base de uma sociedade, desta forma é preciso prover os meios para que todos recebam educação de qualidade, no país o Ministério da Educação dá as diretrizes e normas para o funcionamento do sistema educacional, entretanto, é dado a cada unidade escolar que busque meios para prover essa educação da melhor forma possível para sua clientela de acordo com as necessidades do local onde está inserida.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) buscar direcionar a base educacional, incluindo a idade de acordo com cada fase em que a criança entrará no sistema, apesar de ter os parâmetros e base legal nem todos conseguem frequentar a escola na idade correta, há diversos problemas que podem tirar um indivíduo da escola, mas para aquelas que não estão de acordo com a idade escolar indicada, a modalidade de educação para jovens e adultos pode suprir essa necessidade
Ao iniciar os estudos do curso de pedagogia o estágio era parte essencial para o comprimento do curso, durante o período de estagio no EJA pude observar as singularidades desta modalidade educacional, como docente pude vivenciar os desafios que são infligidos diariamente aos alunos e a todos que fazem parte deste segmento. A educação no país vem passando por constantes mudanças, e oferecer ensino de qualidade é uma das principais metas, assim como auxiliar e incluir aqueles que não puderam concluir sua educação, desta forma o ensino para jovens e adultos busca trazer para sua clientela um modelo educacional que proporcione educação de qualidade em um tempo reduzido.
E, se o sujeito têm especificidades, seja como trabalhador ativo, seja como pessoa em busca de emprego, é importante que a prática educativa e os conteúdos escolares ultrapassem limites tradicionais e que estejam articulados com as experiências e as inquietações vividas cotidianamente. (SOUZA, p. 18, 2012)
A sociedade busca integrar esses jovens dentro do contexto em que lhe é permitido, desta forma uma educação coesa que atenta suas necessidades é primordial para que o mesmo consiga adentrar novamente no sistema educacional. Quando pensamos nesse segmento é preciso entender que a faixa etária dentro do mesmo é variada, a idade mínima para frequentar o EJA é de 15 anos para as séries iniciais e 17 para o fundamental II, ou seja, podemos uma clientela de jovens e idosos dentro de uma mesma série.
Os problemas enfrentados dentro de uma sala que conta com uma clientela tão variada são inúmeros, há ainda fatores como cansaço devido há um dia inteiro de trabalho, falta de interesse, defasagem de aprendizagem, o tempo que o mesmo ficou longe de uma sala de aula; o que pode dificultar ainda mais seu entendimento diante das novidades que são vivenciadas no seu cotidiano escolar. Durante as aulas do EJA que sempre são noturnas podemos verificar relações diferenciadas com o sistema educacional, aqueles que veem na sua formação um meio para melhorar as condições de vida e outros que buscam apenas um “divertimento” e não percebem a necessidade de seguir adiante com os estudos ou mesmo de buscar uma vida melhor.
“Falar da realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem comportado, quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio à experiência existencial dos educandos vem sendo, realmente, a suprema inquietação desta educação. A sua irrefreada ânsia. Nela, o educador aparece como seu indiscutível agente, como o seu real sujeito, cuja tarefa indeclinável é "encher” os educandos dos conteúdos de sua narração. Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação. A palavra, nestas dissertações, se esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se transforma em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante.” (FREIRE, Pedagogia do oprimido, p. 33, 1987)
Assim como afirma Freire é preciso compreender que cada indivíduo trará consigo seu legado, o dinamismo é iminente dentro de qualquer ambiente com pessoas, como pensar em algo estático dentro de uma sala onde convivem diversas gerações que buscam o mesmo objetivo, com experiências de vidas tão distintas. Por esse e outros motivos cabe ao docente orquestrar essa diversidade em sala de aula, procurando auxiliar na formação não apenas de mão de obra, mas sim de cidadãos.
DESENVOLVIMENTO
A busca por melhorias levou a humanidade á avanços diversos em todas as áreas, indústria, tecnologia, medicina e educação, é uma busca constante por inovação e melhoria, a educação como base para uma sociedade visa sempre propor o melhor para cada segmento.
A EJA faz parte de uma parte essencial da educação, uma etapa educacional que possibilita á indivíduos de faixa etária diferente, vivencias distintas, que possam construir um futuro melhor através da educação. Dentro das normas regulamentadoras dessa fase educacional além dos limites de idade são definidos a disposição pedagógica, os ciclos, deixando margem para que cada unidade escolar adeque de forma a atrair e fornecer aos alunos uma educação de qualidade.
A autonomia refere-se à capacidade de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas, governar-se, participar da gestão de ações coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, etc. Isto é, a autonomia fala de uma relação emancipada, íntegra com as diferentes dimensões da vida, o que envolve aspectos intelectuais, morais, afetivos e sociopolíticos 2 . Ainda que na escola se destaque a autonomia na relação com o conhecimento — saber o que se quer saber, como fazer para buscar informações e possibilidades de desenvolvimento de tal conhecimento, manter uma postura crítica comparando diferentes visões e reservando para si o direito de conclusão, por exemplo —, ela não ocorre sem o desenvolvimento da autonomia moral (capacidade ética) e emocional que envolvem auto-respeito, respeito mútuo, segurança, sensibilidade, etc. (PCN, p. 59, 1997)
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