Educação de jovens e adultos
Por: Raquel Merelis • 28/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.603 Palavras (7 Páginas) • 112 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
4 CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS 9
- INTRODUÇÃO
Neste trabalho acadêmico iremos analisar os diversos aspectos que envolvem a educação de Jovens e Adultos. Questões essas que vão muito além do contexto educacional de apenas passar o conhecimento para os alunos, pois os professores que se propuserem a trabalhar com esse público devem estar cientes de sua diferença ao ensino de crianças e adolescentes, das dificuldades e necessidades que estes hão de apresentar, e da história que esses trazem consigo. Portanto, nós, enquanto professores, devemos estar capacitados profissionalmente falando, e orientados das particularidades dessa modalidade de ensino.
Iremos analisar também o contexto histórico desde o período colonial brasileiro, que desde o início foi marcada pela seleção a partir da classe social dos indivíduos. Com isso as classes menos favorecidas, de negros e índios, começava a ser marcada pela exclusão, já que o ensino era dominado pelos filhos brancos e homens dos colonizadores portugueses.
Consideraremos o sendo demográfico realizado pelo IBGE em 2000, a fim de termos algum parâmetro da situação de descaso dos governantes, para que o Brasil ainda tivesse cerca de 17,6 milhões (na faixa etária de 10 anos ou mais) de analfabetos até então.
Veremos também a cerca da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, que garante a educação para jovens e adultos que não tiveram acesso ou não deram continuidade nos estudos.
- DESENVOLVIMENTO
- Quais são os fatores históricos, políticos e sociais que perpassam a Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira?
Para conseguirmos realizar uma boa análise dos fatos, precisamos voltar no tempo e entender como era realizada a educação, e quem tinha direito a ela para conseguirmos encontrar a origem desse déficit educacional tão grande que assola nosso país, mesmo em tempos de tanta evolução tecnológica e consequentemente de conhecimento.
Quando ainda éramos colônia de Portugal, os missionários da Companhia de Jesus iniciaram um trabalho para levar educação e cultura aos índios, prioritariamente a fim de inicia-los na fé católica e também lhes ensinando a língua Portuguesa. Porém, com a saída dos Jesuítas do Brasil, a educação ficou por conta do Império, que a partir de então marca o início de uma educação de difícil acesso aos mais pobres, e os mais ricos são favorecidos. Os filhos brancos e homens dos colonizadores eram os que tinham direito a educação. Colocando assim os negros e índios numa situação de maior vulnerabilidade, sem acesso ao conhecimento formal.
Apresentados tais fatos podemos ter uma base da inicialização da educação no Brasil e então já começamos a entender o atual cenário educacional brasileiro.
Porém, prosseguindo a análise do contexto histórico... Em 1824 foi colocada em vigor a Constituição Imperial que já garantia de educação para todos, coisa que só ficou no papel devido a uma intensa discussão de como Negros, índios e mulheres poderiam ter acesso ao conhecimento. Somente a partir de 1834 foi definido que ensino primário e secundário seria responsabilidade das províncias, principalmente aos jovens e adultos, ato que era visto pela sociedade como ato de caridade, para que essas pessoas pudessem sair das trevas para ter suas mentes iluminadas pelo conhecimento, então o ensino deixou de ser um direito e passou a ser um ato de bondade.
Desde então, o período pré-republicano só concretizou a ideia do analfabeto como uma pessoa incompetente e dependente de terceiros, restringindo-lhes o direito ao voto, e considerando-os como crianças incapazes, que instalou uma onda de preconceito em meio a sociedade.
No Início do século XX houve uma grande mobilização social para extinguir o analfabetismo do Brasil, por ser no entendimento destes, a grande culpada pelo Brasil ainda ser um país subdesenvolvido. Então, iniciou-se uma grande de influencia de que as pessoas analfabetas que deveriam procurar se alfabetizar a fim de produzir para o crescimento do país.
Devido ao forte potencial Brasileiro e sua economia baseada na exportação de produtos agrários, aliado ao interesse de governantes somente no crescimento econômico do Brasil, na década de 40, aproximadamente 72% da população era analfabeta, contrastando com a democracia que vinha se fortalecendo em nosso país, porém, controlada de acordo com os interesses da burguesia e detentores de terras.
Em 1934 foi dado um importante passo, a criação do PNE- Plano Nacional de Educação, e em 1938 o INEP- Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, que previa o ensino primário obrigatório e gratuito a pessoas adultas. Foi então que a educação de jovens e adultos voltou a ser prioridade da educação em nosso país.
A partir de então o movimento pela educação de jovens e adultos ganhou mais força com o reforço de programas federais e crescimento em investimento, alcançando o nível de aprendizado que temos hoje, que está longe de ser o ideal, mas vem evoluindo gradualmente.
Qual a função social da escola, sobretudo diante do processo de escolarização da população analfabeta e com baixa escolarização?
A função da escola vai além de levar conhecimento ao aluno, que precisa ter suas necessidades atendidas de acordo com a fase que ele tem vivenciado, e ter a compreensão de que este aluno não deve ser tratado como uma criança, ou como se não tivesse tido uma infância. É preciso que a escola exerça um papel social de inclusão desses alunos, a fim de torna-los seres críticos e capazes de exercer a plena cidadania.
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