Educação jovens e Adultos
Por: milasuelen • 8/11/2016 • Trabalho acadêmico • 2.872 Palavras (12 Páginas) • 400 Visualizações
FACULDADE MULTIVIX CARIACICA
CURSO DE PEDAGOGIA
CAMILA SUELEN DE SOUSA ARAÚJO
VERONICA MARTINS CONDE
ESTUDO DIRIGIDO
CARIACICA - ES
2016
CAMILA SUELEN DE SOUSA ARAÚJO
VERONICA MARTINS CONDE
ESTUDO DIRIGIDO
Trabalho apresentado à disciplina de Educação de Jovens e Adultos como requisito parcial de avaliação, da Faculdade Multivix Cariacica. Professora: Geruza Ney |
CARIACICA – ES
2016
ATIVIDADE DO 2º BIMESTRE
Durante muitos séculos, para alfabetizar alguém se utilizava o método silábico de aprendizagem... Com A partir dos ensinamentos de Freire ocorreu uma mudança no paradigma teórico-pedagógico sobre a EJA. Elabore um texto de pelo menos 20 linhas abordando os seguintes itens.
A. Justifique as contradições na alfabetização silábica e o novo método de Paulo Freire.
B. Aborde a relação professor-aluno nessa nova concepção.
C. Descreva a forma em que O “MÉTODO PAULO FREIRE” está estruturado nas três etapas. (pesquisar sobre)
O texto deve ser escrito de acordo com o entendimento sobre o conteúdo da apostila no segundo bimestre, evite copiar parágrafos e fragmentos e sim reescreve – os.
O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador, o método nasceu em 1962 na cidade de Angicos (RN), Freire criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensinar da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha. O método propõe a identificação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua. Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita.
A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Paulo Freire, ele propôs o que chamou de Temas Geradores, onde o educador e educando em sala de aula aprendem juntos, a diversidade pode contribuir para o dinamismo da aula, para o despertar do interesse, da atenção e do envolvimento, garantindo a todos a possibilidade de se expressar sobre aspectos da realidade, mantendo uma ligação com o universo conhecido deles, impulsionando-os para novas descobertas, pois aprendemos melhor aquilo que temos interesse em conhecer. Os temas geradores ajudam a organizar o trabalho de sala de aula porque possibilita uma aprendizagem significativa.
A proposta de Freire parte do estudo da realidade que é a fala do educando, e a organização do dado que é a fala do educador, surgindo os temas geradores da problematização da prática de vida dos educandos e os conteúdos de ensino que são resultados de uma metodologia dialógica. O Método Paulo Freire está estruturado em três etapas:
- Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
- Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
- Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes:
1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.
4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
02- Ética e Cidadania na Educação de Jovens e Adultos. Escreva de que forma acontece o desenvolvimento Da Ética e a Cidadania no contexto da EJA com base nos: a) princípio pedagógico da interdisciplinaridade b) inclusão a partir do estudo de língua portuguesa.
O pressuposto de que a visão de mundo de uma pessoa que retorna aos estudos depois de adulta, após algum tempo afastada da escola ou mesmo daquele que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida é bastante peculiar uma vez que são protagonistas de histórias reais e ricas em experiência vividas, com isso o educador pode analisar um conjunto de fatores onde se observa os vários tipos humanos em que se configuram esses alunos. Desta maneira fundamentando-se no princípio pedagógico da interdisciplinaridade, tem presente que a mesma pressupõe que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, como na linguagem escrita e também na produção de textos orais, escritos e observando as inúmeras experiências que um texto pode oferecer, passando então a distinguir e diferenciar os textos literários dos não literários, desta forma o aluno deverá ter desenvolvido sua capacidade de perceber essa relação entre os vários conhecimentos e que venha a buscar uma compreensão mais ampla da realidade e que esses alunos possam desenvolver um novo mundo onde possam vivenciar um processo de cidadania e convívio em sociedade interpretando e desenvolvendo pontos de vista, podendo assimilar e criticar as adversidades do mundo, de modo mais atuante, participativo e critico, e que desta maneira o educador tente analisar a vivência da exclusão precoce e também da experiência de escolarização tardia, capacitando-os a produzirem respostas aos textos que lêem trabalhando com os mesmos de forma oral e escrita, bem como os impactos advindos dessas experiências, vivenciadas por adultos das camadas populares. Com isso é nosso propósito questionar a possibilidade de a EJA, juntamente com o estudo de língua portuguesa venha servir como instrumento pelo qual possa fazer frente a inclusão dos jovens e adultos, independente da variedade linguística que falam, minimizando alguns de seus efeitos, questionando-se ainda acerca da possibilidade de identificar nessa modalidade de ensino uma arma para lutar em favor da efetivação da cidadania contribuindo não somente com a mera função de sala de aula, mas que esse individuo venha a se alargar firmando-se como espaço aberto a formação e informação. E é este o tipo de conhecimento, assim legitimado, que se espera ser ministrado nas salas de aula da educação de jovens e adultos, e que venham tornar-se membros atuante na sociedade, não somente por constituírem como trabalhadores, mas também pelo conjuntos das ações que desempenham sobre um circulo de existência e que dotados de ideias sobre o mundo que o cerca, onde se mostraram amplamente dotados de capacidade intelectuais reveladas em suas conversas ou na sua comunicação oral.
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