Educação no Contexto Histórico
Por: fepps07 • 2/6/2016 • Trabalho acadêmico • 909 Palavras (4 Páginas) • 195 Visualizações
A Educação no contexto histórico
A história da educação relata a história das culturas, formando assim a história de todos. De acordo com a temporalidade do contexto histórico é preciso uma educação que busque atender as reais necessidades de cada período. Cada geração apropria-se de formas, ideias ou culturas dos antepassados, mas, que cria projetos de mudanças, o homem se vê em conflito com o conhecimento do período anterior.
Durante o momento em que o homem se encontrava num estado inalterável de socialização, a educação era difusa, universal e integral. As crianças imitavam os adultos para a vida e por meio dela. O processo de transformação era rudimentar, ou seja, era a básica para a sobrevivência.
Não havia escolas, a educação e as formas de educar se dava em vários momentos na tribo e todos os adultos participavam da educação da criança, transmitida oralmente através dos costumes e crenças. Não havia uma hierarquia para domínio da tribo, diferente do que se observa nas sociedades seguintes até chegar à contemporânea.
Dessa maneira conseguimos aprender que o conhecimento é transmitido de maneira natural e até mesmo involuntária, ou seja, a maneira que agimos e nos comportamos na sociedade diz muito mais a uma criança em desenvolvimento do que as palavras. Não há explicação científica para justificar os modos de agir, é assim porque sempre foi feito daquela maneira. Apesar de não vivermos mais em sociedade tribal devemos carregar esse conhecimento conosco, e pensar que sempre devemos ser o exemplo do que queremos que a criança faça, que esse é o melhor caminho para ensinar, desta maneira a criança será um espelho do seu comportamento e aprenderá, sema necessidade de normas rígidas ou punições.
A educação na Antiguidade Oriental destaca a desistência da vida nômade como fator que contribuiu para a revolução no modo de vida da Antiguidade. Más, essa atitude provocou mudanças na sociedade, tornando-a mais complexa, e assim, junto com o desenvolvimento também vieram as preocupações. Uma sociedade que era igualitária, tornou-se sujeita ao Estado (forma de governo estruturado), uma minoria administrava e a grande massa produzia. E segue-se até os dias atuais. A divisão de classes também surgiu no mesmo período e algumas responsabilidades do Estado da Antiguidade também esta no Estado da sociedade contemporânea, tais como: controle da produção, arrecadação de impostos e recrutamento de mão-de-obra. O poder exercido pelo Estado forma desigualdade econômica, social e educacional.
O dualismo escolar, onde o estudo dedicado ao sagrado e a administração era para os nobres e altos funcionários e o ensino de ofícios para o povo, mostra o verdadeiro objetivo para qual a educação deveria ser usada: para exercer maior influência sobre a classe menos favorecida. O dualismo escola ainda tem forte influência no sistema de ensino contemporâneo. Apesar de atualmente existir uma padronização de currículo e conteúdo a ser ensinado, a educação ainda é uma forma de dominação dos mais favorecidos sob os menos afortunados. Crianças de classes sociais mais elevadas já iniciam na frente, pois tem acesso a melhores escolas e também a condições de vida mais favoráveis ao estudo (não passam fome, contam com um lar com infraestrutura apropriada, melhor transporte, entre outros), chegam à escola em melhores condições de receber os ensinamentos. Na teoria todos tem acesso e direito iguais a educação, mas na prática, para alguns, esse acesso é mais facilitado e por isso, já começam com melhores condições.
Já na sociedade egípcia, um dos propósitos da educação era o de adquirir conhecimento prático, com escolas rígidas e autoritárias. O conhecimento também era privilégio de poucos e transmitido pelos sacerdotes, o Estado continua controlando em uma visão teocrática.
Na Mesopotâmia, de início, a educação era doméstica, transmitida de pai para filho, más com a conquista da região por outros povos, escolas foram criadas como forma de impor valores dos conquistadores e novamente a educação aparece como forma de dominação e elitizada, valorizando alguns ensinamentos em detrimento de outros, rebaixando conhecimentos populares e globalizando, unificando e valorizando apenas um tipo de saber. Continuava sendo responsabilidade dos sacerdotes que formavam escribas responsáveis pela leitura, cópia de textos religiosos e registros de transações comerciais.
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