Escritores da Liberdade

O filme Escritores da Liberdade (2007) e Como Estrelas na Terra (2007) são obras que abordam estratégias utilizadas por professores para contornar os problemas dos alunos aumentando seu processo de aprendizagem.

Ao observar ambos os contextos é possível observar que o professor do filme Como Estrelas na Terra foi responsável por Desenvolver a Zona de Desenvolvimento Proximal do seu aluno com dislexia.

É Vygotsky que emprega os conceitos de Zona de Desenvolvimento Proximal e Zona de Desenvolvimento Real. O desenvolvimento real ocorre quando o indivíduo consegue realizar a resolução de um problema sozinho, ao passo que o desenvolvimento real ocorre por intermédio de um terceiro que irá colaborar e orientar a resolução do problema.

O professor de Ishaan (9 anos), consegue diagnostica-lo com dislexia, e diante disso passa a utilizar recursos e estratégia pedagógicas adequadas no processo de aprendizagem do menino. Frente a isso o professor passou a levar em consideração que Ishaan tinha seu próprio tempo, e que era o professor que deveria se adequar ao aluno, utilizando recursos criativos e uma metodologia própria para ensinar o menino a ler e a escrever.

Por outro lado, no filme Escritores da Liberdade a professora tem a missão de dar aula a uma turma indisciplinada e revoltada com problemas sociais como: desigualdades, preconceitos, violência, injustiças, desmotivação e sem perspectivas. A atuação da professora foi voltada para o Desenvolvimento da Zona Real.

A professora Erim Gruwell realizou esse desenvolvimento utilizando os conhecimentos críticos da turma sobre os problemas sociais aos quais estavam submetidos na sociedade. Ela entregou autobiografias de pessoas reconhecidas como “heróis”, e que passaram por situações complicadas e de violência durante a vida, a exemplo do livro O Diário de Anne Frank. Em uma aula a professora propôs a discussão da obra e os alunos contribuíram com suas experiências, essa discussão leva os alunos a refletir sobre a importância de respeitar, ser tolerante e juntar forças para que boas ações mudam o mundo. A utilização de biografias e autobiografias foram inseridas de forma crítica, através de debates e discussões sobre o assunto, ampliando o entendimento sobre o tema.

Ao destacar o que foi lido e mostrado no filme, conclui-se que a leitura tem um papel imprescindível para a formação crítica e a responsabilização do aluno, a relação dinâmica entre linguagem e realidade possibilita ao aluno uma autonomia do seu saber. Também possibilita que o aluno seja crítico e não alheio a questões sociais do seu entorno.

Na vida real também é possível desenvolver recursos de aprendizagem como no filme, tendo em vista a necessidade de o professor entender que o seu papel é de guiar os alunos no seu processo de autoconhecimento. Abdicando, assim, de metodologias inadequadas e retrógradas, onde a educação era passada de forma verticalizada. Isso possibilita que o conhecimento circule, uma vez que não é o professor que dá o conhecimento, ele apenas induz o aluno a construir de forma crítica o próprio saber.

Quanto aos alunos que tem distúrbios de aprendizagem é que os professores aprendam a identificar quando seus alunos apresentam dislexia, discalculia entre outros. Para além disso é importante que o professor também entenda que para esses alunos a metodologia deva