FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA
Por: Wendy Xavier • 24/4/2019 • Artigo • 1.169 Palavras (5 Páginas) • 278 Visualizações
FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
ANA PAULA
JULLIA CALDAS
WENDY SIQUEIRA XAVIER
PSICOTERAPIA FAMILIAR
RECIFE
2018
ANA PAULA
JULLIA CALDAS
WENDY SIQUEIRA XAVIER
PSICOTERAPIA FAMILIAR
Trabalho acadêmico entregue à tutora Maria Valéria de Oliveira Correia Magalhães como critério para avaliação do módulo I do oitavo período do curso de Psicologia da Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS.
RECIFE
2018
Introdução
Como a maioria das terapias e abordagens da Psicologia, a terapia familiar teve sua evolução a partir de múltiplas influências e contribuições de diversas áreas do conhecimento. Desde o início da psicanálise, na sua formulação, Freud sempre considerou e ressaltou em seus estudos a importância das relações familiares. Entretanto, Freud, não desenvolveu uma teoria da família nem uma técnica de atendimento familiar. Após a publicação, em 1948, do livro Cybernetics, muitas ciências iniciaram a enfatizar certos tipos de sistemas homeostáticos com processos de feedback. Desenvolvimentos teóricos da Biologia, Sociologia, Antropologia, Geral dos Sistemas influenciaram as primeiras formulações da teoria e da técnica da terapia com famílias.
Na área da Psicologia, algumas postulações teóricas de autores colaboraram para o surgimento da terapia familiar. Um deles foi Adler, sua teoria do desenvolvimento da personalidade enfatiza a importância dos papéis sociais e das relações desses papéis entre si relacionando-se com as patologias. Outro teórico, Sullivan, diz em sua teoria que a doença mental tem origem nas relações interpessoais perturbadas. Já Frieda Frimm-Reichman estuda a relação mãe-filho como uma possível fonte de patologia, na sua teoria ela formula o conceito de mãe esquizofrenogênica, que explica a relação do paciente esquizofrênico com sua mãe.
Pichon-Rivière, foi o teórico responsável por incluir a família na compreensão da doença mental, ele desenvolve a ideia do “bode expiatório” que é um depósito da patologia que faz parte de toda a família. Essas teorias e tantas outras mais possibilitaram o surgimento dos primeiros estudos na área da terapia familiar.
Desenvolvimento
A família é compreendida e definida de diversas maneiras a depender da teoria ou escola pela qual o autor se baseia. Para os teóricos sistêmicos, a família é um sistema que possui equilíbrio e para que se mantenha esse equilíbrio são necessárias regras de funcionamento familiar. Para a escola estrutural, a família é um sistema que se compreende em função dos seus limites, sendo ela, uma organização hierárquica. Executa suas funções familiares a partir dos seus subsistemas. A escola estratégica diz que o sistema familiar é a luta pelo poder. Nos dias atuais, existem diversos tipos de famílias e cada uma com suas peculiaridades e fases. Abaixo, está um exemplo, de um tipo de família:
Família com filhos em idade escolar ou adolescentes
Uma mudança acentuada ocorre quando as crianças vão para a escola iniciando o terceiro estágio de desenvolvimento. Agora a família tem que se relacionar com um sistema novo, bem organizado, altamente significativo. A família inteira deverá desenvolver novos padrões: como ajudar com tarefas escolares e quem deverá fazê-lo: as regras que se estabelecerão do acordar a hora de dormir, o tempo para o estudo e lazer; e como avaliar a escola de seu filho. À medida que as crianças crescem, trazem novos elementos ao sistema familiar. A criança aprende que a família de seus amigos opera com regimes diferentes que consideram mais corretos. A família deverá negociar certos ajustes mudando algumas regras.
Terapia Familiar
O surgimento da terapia familiar, se deu na década de 50, revolucionando a psicologia, uma vez que seu objetivo, ao contrário da terapia individual é tratar o conjunto, ou seja, a família. Citando Gregory Bateson e Nathan Ackerman como percussores. O desenvolvimento desse método terapêutico se deu nas décadas de 60, 70 e 80. Nesse período surgiram várias escolas, sendo que as mais famosas são Sistêmica, Estrutural, Estratégica, Boweniana e Experiencial.
A terapia familiar boweniana, criada pelo psiquiatra Murray Bowenx estabelece que duas forças estimulam o relacionamento humano, a individualidade e a proximidade. O problema ocorre quando a família não encontra equilíbrio entre esses pólos. Os principais objetivos dessa terapia é levar as pessoas a descobrirem suas verdadeiras personalidades e aprenderem suas condutas nos relacionamentos, a fim de assumir as responsabilidades pelos seus atos.
A terapia estrutural tem como foco o desenvolvimento dos comportamentos familiares, mediante a criação de um esquema para análise dos relacionamentos. Dentro desse conceito, a estrutura compreende as formas de comportamento, os subsistemas são divididos em sistema conjugal, sistema fraterno, sistema filial e sistema parental.
A terapia estratégica teve como principais representantes Jay Haley, John Weakland, Mara Silvini, Bateson, Miltom Erickson, Boscolo e Cecchin. Sua abordagem é voltada para a resolução de problemas. Foi duramente criticada, sendo considerada por muitos uma terapia de caráter manipulador, pois, o cliente era levado a uma mudança sem que este fizesse um real resgate das causas dos seus problemas. Segundo a terapia familiar estratégica, os conflitos têm as seguintes causas: soluções ineficientes e a negação dos sintomas.
...