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Grandes pensadores e suas contribuições para a prática pedagógica

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Por:   •  25/2/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.618 Palavras (11 Páginas)  •  368 Visualizações

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Grandes pensadores e suas contribuições para a prática pedagógica

COMÊNIO - (1592-1670)

A obra mais importante de Comênio (1592-1670), Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. No livro, o pensador, que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação, realiza uma racionalização de todas as ações educativas, da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. Nas relações entre professor e aluno seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. Embora religioso, Comênio propôs uma ruptura radical com o modelo de escola da Igreja Católica, voltado para a elite e dedicado aos estudos abstratos. Ele ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar “tudo a todos”, incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas. Comênio acreditava que o homem deve se dedicar a aprender e a ensinar. Assim, ele concluiu que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação. Comênio queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU - (1712-1778)

O princípio fundamental da obra de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Publicou, em 1762, suas obras principais, Do contrato social – sua concepção de ordem política – e Emílio – tratado sobre educação, no qual prescreve a formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos. O objetivo é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, mas também propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança. Rousseau intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor de Maria Montessori e John Dewey. Para Rousseau, a criança deveria ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos. Ele condenava os métodos de ensino utilizados até ali, por se escorarem na repetição e memorização de conteúdo, e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir, pelo próprio interesse, o aprendizado. Mais do que instruir, para Rousseau, a educação deveria se preocupar com a formação moral e política.

J. H. PESTALOZZI

Antecipando concepções do movimento da Escola Nova, Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora. Para o pensador suíço, um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa. Dar atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades, era parte de uma missão maior do educador, a de saber ler e imitar a natureza. O aprendizado seria, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. É a idéia do “aprender fazendo”, amplamente incorporada pela maioria das escolas pedagógicas posteriores. O que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

JOHN DEWEY

John Dewey (1859-1952) colocou a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação. Foi o nome mais célebre de sua corrente filosófica: pragmatismo ou instrumentalismo. O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório para testar métodos pedagógicos. Foi um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey reconhecia a necessidade da escola, onde as pessoas se encontram para educar e serem educadas. O objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver o mundo. Educar, portanto, é incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. A filosofia deweyana remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, conhecimentos e regras morais. Isso não significa reduzir a importância do currículo ou do educador. Para Dewey, o professor deve apresentar questões ou problemas e jamais dar respostas ou soluções prontas.

ÉMILE DURKHEIM

Para Émile Durkheim (1858-1917), em cada aluno há dois seres inseparáveis e distintos. Um deles seria o que chamou de individual e a caracterização do segundo ser foi o que lhe deu projeção. Durkheim ampliou o foco conhecido até então, considerando e estimulando também o “outro lado dos alunos”, algo formado por idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de que fazem parte. Para Durkheim, quanto mais eficiente for o processo educativo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola está. Além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local. Durkheim não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas idéias ajudaram a compreender o significado social do trabalho do professor, tirando a educação escolar da perspectiva individualista. Segundo Durkheim, o papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não somente o desenvolvimento individual. Durkheim é também considerado um dos mentores dos ideais republicanos de uma educação pública, monopolizada pelo Estado e laica, liberta da influência do clero romano.

MARIA MONTESSORI

Maria Montessori (1870-1952) foi pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como sujeito e objeto do ensino. O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma “educação para a vida”. O método Montessori se inspira na natureza e acredita que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter capacidade de amar. A meta coletiva é vista

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