Gênero textual exposição oral na educação de jovens e adultos

Artigo: “Gênero textual exposição oral na educação de jovens e adultos”.

Marcos Antônio Rocha Baltar; Denise Ribas da Costa.

A maioria dos professores de Língua Portuguesa, não explora os alunos pelos meios das atividades orais, como seminários e apresentações de trabalhos.

Os estudantes demonstram dificuldades com esse tipo de atividade, pela falta de planejamento dos professores em relação a esse assunto. A EO é uma importante ferramenta para ensinar os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais da Língua Portuguesa. O termo exposição Oral, pode ser utilizado para representar uma noção de ação da linguagem na pauta da oralidade, que pode ser materializada por diferentes tipos de gêneros textuais. Com o contexto, o ambiente sociodiscursivo da interação e a EO possui características funcionais e estruturais de um determinado gênero textual. A EO, ajuda no processo da linguagem formal para expor o tema apresentado pelo estudante que apresenta o trabalho, assim, facilita a compreensão sobre o tema daqueles que estão assistindo o trabalho.

A EO também tem uma noção de linguagem que o estudante pode exercitar o “eu” crítico, poder defender seu ponto de vista e possibilita argumentar, já que o estudante precisa saber o que vai expor ou tornar-se crítico de um determinado tema. É importante saber que o estudante precisa ter algumas habilidades na escrita para ter uma boa desenvoltura, como também precisa ter planejamento e organização no que vai ser dito, como por exemplo, na apresentação de slides, onde irá ilustrar sua fala na produção de resumos e esquemas.

A prática da EO é uma importante ferramenta para desenvolver a competência de discussão, na oralidade e na escrita dos estudantes, desde as séries iniciais e finais do ensino fundamental, no ensino médio e também na modalidade EJA.

Existem algumas características que diferenciam a EO em sala de aula e a EO radiofônica. Em sala de aula, torna o aluno orador, conta com a presença do público, pode ser utilizado recursos visuais, comunicação acompanhada de gestos, olhares etc. Já na Radiofônica, o aluno não tem contato visual, gestos, ele é apenas o locutor, seus textos precisam ser claros e objetivos para conseguir um bom entendimento.

Neste artigo, propõe-se o estudo sintetizado da EO em duas partes: A EO em sala de aula e a EO radiofônica. Para poder fazer uma EO em sala de aula, os alunos precisam pesquisar sobre o assunto, produzir um texto e desenvolver o mesmo oralmente. A EO e EO radiofônica podem ser trabalhadas separadamente, já que as situações de comunicação são distintas.

É importante ensinar aos alunos que vão apresentar a EO em sala de aula,a exploração de contato visual e de expressão corporal, para realizar a fala conforme a aceitação do público, Na EO radiofônica não pode contar com esses recursos, portanto os estudantes precisam ser objetivos. Para o sucesso de da locução, é preciso treinar o uso do microfone, da técnica de respiração e do controle das pausas, além disso, deve-se ler e reler várias vezes o texto para que o mesmo fique da forma mais natural possível.

Apresentam-se algumas propostas para desenvolver-se em treze encontros, sendo três deles reservados para a adaptação da EO em sala de aula para o ambiente radiofônico.

1º Encontro: apresentação de produção, temas públicos os gêneros que são apresentados como seminários, comunicação em congressos, palestra etc. Analisar as características, partindo da audiência do exemplo gravado.

2º Encontro: apresentar uma estrutura prototípica de gênero partindo de uma segunda escuta da EO. Construir com os estudantes, o gênero