Half the World Away (Meio Mundo de Distância) – oasis

Half the World Away (Meio Mundo de Distância) – oasis

Estar ali já não era bom. Como e porque? Isso ela já não sabia explicar. Talvez isso se desse ao fato de passar tanto tempo fazendo as mesmas coisas, rodeada das mesmas pessoas, no mesmo cotidiano maçador. Dentro desse buraco que ela continuava arranhando quando precisava sair dele, buraco chamado sua vida.

Ela não queria ir e deixa-lo, mas precisava, não era por pouco amor de seu querido, nele e somente nele encontrou parte do que procurava, mas ao fim, ele acabou junto com todo o resto indo para o buraco. E se ele não podia devolver seus sonhos tão pouco conseguiria ajudá-la a realizá-los.

Me perdoe, me perdoe! Ela gritava internamente, pois coragem lhe faltava para dar adeus. Talvez seu ar de insanidade se esvaísse ao vê-lo. Ele sabe, se pudesse ela ficaria, mas passou tempo demais sendo tanto para os outros que foi pouca para si mesma.

Quando finalmente acordou-se da falsa ilusão de satisfação, esse mundo já não lhe cabia e não dava mais para fechar os olhos e fingir ainda ser parte daquilo. O corpo jovem já não era capaz de sustentar essa mente cheia e velha. Não, não bastava, era pouco, sempre foi funda e intensa num lugar raso e fraco. Talvez ela não fosse dali, para todos era um lugar calmo e bom para ela, até o cheiro era ruim.

Ela esteve perdida por muito tempo, tão perdida que nem ao menos sabia. Ao abrir os olhos, não os mesmos olhos de antes, percebeu que não tinha nada, até seus próprios sonhos tinham sido fantasiados e ao fim de tudo, perdidos.

Ela partiu e desde que acordou de uma vida fantasiadamente feliz não se sentiu para baixo. O caminho era desconhecido e ficar talvez fosse mais cômodo, mas ela sentia os avisos correndo por sua mente e já não podia ignorá-los. Seus sonhos estavam a meio mundo de distância e ela estava chegando.

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