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História de Grajaú

Por:   •  22/4/2015  •  Ensaio  •  1.121 Palavras (5 Páginas)  •  231 Visualizações

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A FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

        A Festa do Divino Espírito Santo tem origem na Europa, mais precisamente em Portugal, tendo diferentes interpretações entre elas pode ser apresentada a devoção ao Espírito Santo pela esposa de D. Diniz, a rainha Isabel no século XIII, a qual era chamada pelos portugueses de “rainha santa” a qual mandou construir um templo em homenagem ao Espírito Santo, porém, segundo Carvalho 2008, a rainha teria sido somente continuadora e reformuladora do culto, tendo como fundador oficial do culto o monge Joaquim de Fiori que segundo os registros históricos teve uma revelação no deserto sobre o futuro, isto é, da chegada de uma nova era que mudaria a relação do homem sobre a terra, e seria a chegada da época do Espírito Santo, isto fez com que o monge percebesse que os tempos eram divididos em “eras” a partir da santíssima trindade, sendo assim, a humanidade já teria passado pela “época do Pai”, a do “Filho” já estaria no seu fim, e a última era estava próxima de se iniciar, isto é, estaria para chegar a era do “Espírito Santo” que seria marcada pela bondade, amor e paz entre os homens.

        Com essa visão, Fiori teria espalhado tal revelação que recebera conquistando a partir de então muitos seguidores, porém na época em que o mesmo vivia muitas coisas não eram permitidas, assim como na época de Jesus, por isso Fiori passou a ser perseguido assim como seus adeptos que também sofreram punições e perseguições.

        Tal culto teria vindo para o Brasil com os portugueses que vieram para povoar as terras brasileiras no período da colonização no século XVI, segundo Carlos de Lima 1981 apud Carvalho 2008: “[A Festa do Divino Espírito Santo] chegou ao Brasil no século XVI e ganhou popularidade e prestígio no País, notadamente no Rio de Janeiro, São Paulo (Irmãos de Canoa), Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Maranhão e Goiás”. Porém, de acordo como Marine Barbosa 2002 apud Carvalho 2008, a tradição só é encontrada atualmente nos estados do Pará, Piauí, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

        Percebe-se dessa forma, que foi uma tradição adaptada pela população e que se expandiu para os mais diferentes estados do país sendo cultuada até os dias atuais. A festa se dá cinquenta dias após a páscoa, no dia te Pentecostes que é uma festa feita pela religião cristã, durante o culto, é homenageado o terceiro elemento da santíssima trindade (pai, filho e espírito santo), por isso, é representada pela pomba e pela cor vermelha que representa o fogo, por isso essas duas cores estão presentes por toda parte durante a festa.

 

        A Festa do Divino tem por base um acontecimento da bíblia que foi quando o Espírito Santo desceu dos céus sobre os apóstolos em forma de língua de fogo, onde a partir de então os mesmos passaram a transmitir através de diferentes línguas o evangelho para todos os povos.

        Com a expansão do culto para diversos lugares do país, fez com que o mesmo passasse por adaptação com influencia das diferentes culturas externas que vieram para a colônia como o português que a trouxe, e também o negro o que causou uma mistura e com isso modificações daqueles ocorrida no país de origem uma vez que o ser humano põe sua subjetividade naquilo que faz, porém não perdendo sua essência, ou seja, seu significado ocorrendo nos diferentes lugares do Brasil.

         Na cidade de Grajaú, a festa do divino e comemorado desde muitos anos atrás, segundo informações de Maria Cléa um das entrevistadas, a primeira pessoa que se manifestou a respeito da festa Dona Espírito Santos, sendo ela caixeira, a mesma saia de casa em casa pedido ofertas e cantando os cânticos tradicionais do Divino, a partir daí foi havendo uma diversificação e adaptando-a á realidade da época. Depois que Dona Espírito Santos Morreu, Dona Antôninha deu continuidade à festividade, principalmente no Bairro Trisidela, onde existia muitas famílias tradicionais e católicos.

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