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JARDIM DA INFÂNCIA EDUCAÇÃO POSITIVISTA ILUMINISMO CONSTRUTIVISMO COMPARAÇÕES

Por:   •  3/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.829 Palavras (8 Páginas)  •  612 Visualizações

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Froebel, com a criação do primeiro Jardim da Infância enfatiza que a criança era como uma plantinha num jardim e o professor seu jardineiro, sendo assim deu uma maior contribuição às crianças antes do ensino elementar, fazendo isto primeiramente enfatizando o brinquedo, a atividade lúdica e o aprender com a família como parte fundamental da Pré-escola. Ele usa o jogo e o brinquedo como forma de fazer a criança ter seu desenvolvimento sensório-motor, onde ela tem a chance de inventar métodos e se aperfeiçoar . Ele acredita que o brinquedo na fase inicial é fundamental e teve o cuidado de desenvolver material baseado em cada fase em que a criança estava.

Valorizava e dava significado à família nas relações humanas, acreditava que o ensinamento e o desenvolvimento vinham de atividades espontâneas e também dava valor às atividades de dobradura, recorte, canto e poesia que acompanhavam as brincadeiras. Era um ensino sem obrigações, onde a criança mostrava interesse e se fazia pela prática, queria criar brincadeiras criativas onde pudesse tirar proveito educativo das atividades lúdicas, estimulando o aprendizado. Froebel não considerava somente diversão, mas uma maneira de representar o mundo concreto e entendê-lo, era uma atividade considerada séria e de muito significado para ele, pois permitia o treino de habilidades já conhecidas e o surgimento de novas, assim colocaria para fora seu mundo interno e interiorizava o novo.

Assim, após ter lido o artigo pude ver muitas coisas em comum das ideias que vem desta teoria sócio-Construtivista vinda de Vygotsky onde o conhecimento vem da experiência do indivíduo e o desenvolvimento caminha com o aprendizado junto com um colaborador dentro de uma escola, resultando no desenvolvimento do indivíduo. O artigo cita um “mediador” como sendo aquele que observa, promove, desafia a partir do que a criança já conhece onde ela pode perguntar, testar, investigar, abstrair, construir e que tudo isso tem uma relação com o brincar, pois neste ambiente ela não só socializa como interage e tudo acaba se internalizando. Fica aí muito próximo de Froebel que também valoriza o que a criança já traz de conhecimento.

Na brincadeira o “outro” tem um papel dinâmico da formação do indivíduo que acessa o ambiente cultural assim despertando seu processo interno, construindo novos conceitos, valores, fazendo perguntas, trazendo à tona o que já aprendeu com a família experimentando, imitando, observando trazendo sua história que já existia, bastante parecido com o pensamento de Froebel também.

O artigo baseado em Vygotsky deixa claro que o brincar é fundamental para a interação infantil, é quando ela constrói a sua subjetividade, elas se apropriam da realidade, assimilam, recriam e Froebel acredita nessa necessidade de interagir e aprender com o que já possui, evoluir com isso, aperfeiçoar também suas habilidades. Mesmo assim há diferenças na funcionalidade do brinquedo na pré-escola, onde Froebel é mais direcionado, tinha muitas vezes uma intenção...onde ele levava o aluno ao objetivo daquela brincadeira, já no artigo ela aparece como algo mais livre de intervenções, deixa a criança caminhar e se descobrir. Porém quando citam Wijskop ele fala de um ambiente criado propriamente para brincar onde tem diversos tipos de materiais, onde o professor está presente como observador, integrante e organizador, e que após a atividade cria uma ação para que todos falem o que fizeram e possam dar continuidade através de vídeos, passeios, leituras. Então me parece muito próximo a função do brinquedo nos dois casos, claro que com algumas diferenças ideológicas. Vygotsky por ser de outra corrente tem uma função mais voltada para a criação de cidadãos transformadores que era típico do momento que ele vivia na época e Froebel que tratava a criança como filho de Deus, tinha um aspecto religioso inteirado no que acreditava.

Apesar disso, essencialmente fica a ideia que o “brincar” é fundamental no seu aspecto geral, a criança administra sua relação com o outro, o “brincar” tem que ser garantido no Jardim da Infância, na Pré-escola para que a coisa possa acontecer de forma positiva na evolução do indivíduo e na construção da identidade infantil autônoma, crítica e criativa.

Em se tratando da educação positivista e a socialista, analisando suas ideias, com certeza encontramos diferenças. Analisando-as consigo enxergar na primeira uma educação que surge num momento pós turbulência social assim se dedicando mais ao estudo do comportamento que havia nessa sociedade com uma visão bem científica só acreditando naquilo que pudesse ser comprovado cientificamente e não em fatos empíricos, a mente tem papel essencial nesse tipo de educação e é contra o tradicionalismo da religião. O Positivismo busca compreender tudo o que se referia ao homem, principalmente as relações entre eles.

Quanto à educação socialista, esta surge num momento de total turbulência política dentro da sociedade da época, então fica claro que sua preocupação maior está nas ações sociais, priorizando os menos favorecidos e não a elite. Estão em busca de uma educação livre, espontânea, popular, laica e gratuita. É uma educação universal e politécnica.

Portanto, creio que o Positivismo tem uma posição diferente da educação Socialista, na busca de entender tudo que tinha a ver com o homem, seu comportamento baseado neste pensamento, relações entre eles, com objetividade e sem nada pré-concebido, era mais idealista, enquanto o Socialismo já partia para um teor mais político, livre e materialista.

Dentro do Período do Iluminismo temos um pensamento político de Dewey que apresentava um pensamento na educação voltado para a AÇÃO, o Pragmatismo. Não aceitava o simples transmitir de conhecimento como algo já determinado, acabado e sim onde a vida, a experiência do estudante podiam ajudar na sua integração e aprendizagem. Ele não gostava do tradicional e sim do concreto, do adequado. Totalmente oposto à escola tradicional, ao intelectualismo e à memorização. Esse pensamento político de Dewey cabe e tem tudo a ver com a educação que ele acreditava, estavam intimamente ligados o pensamento político e educacional onde a criança pode decidir, escolher, usar seu conhecimento, ter espírito de iniciativa, é independente.

Ele tende a criar indivíduos que resolvem seus problemas por si só, indivíduos de opinião, onde a escola é a VIDA, onde o professor tenta descobrir os interesses da criança e não impor, onde avança somente quando ela está preparada. Nesta perspectiva vemos algo muito parecido com uma ideia democrática onde o cidadão tem liberdade de escolha e poder de decisão. E ele defendia a democracia também no interior das escolas, pois é a ordem política que mais permite o desenvolvimento do indivíduo, resoluções e soluções de problemas que interessem a todo o grupo....uma educação bem democrática.

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