JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: camilarh • 27/7/2015 • Artigo • 5.493 Palavras (22 Páginas) • 1.227 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO
Esta produção textual trata-se de um artigo que irá abordar como os jogos e brincadeiras podem auxiliar no processo de ensino aprendizagem na educação infantil. Para a realização deste trabalho utilizamos referencial teórico de estudiosos no assunto. A brincadeira remete a ideia de ação e movimento, e o jogo é uma atividade competitiva com regras e procedimentos. Tanto na brincadeira quanto no jogo as crianças são capazes de se desenvolver em diversos aspectos, mas se faz necessário o professor mediar ou direcionar. O fato de o educador deixar seu aluno fazer o que quiser ou entregar qualquer tipo de brincadeira para a criança, não significa que ela estará tendo o processo do aprender. O professor precisa planejar as brincadeiras e os jogos utilizando metodologias diferenciadas para ampliar o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças. Por meio das brincadeiras e dos jogos, é possível que os educadores sejam capazes até de detectar problemas físicos e psicológicos, porque enquanto brinca a criança expressa seus sentimentos, tanto de alegria, e envolvimento como de timidez, agressividade, medo, etc. Esse momento serve para o professor perceber como a criança está se relacionando com o mundo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05
1 COMO A CRIANÇA APRENDE 07
2 JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRAS 09
3 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 11
3.1 Jogos em Grupo 12
3.2 O Jogo na Educação Infantil 13
3.3 Jogos e Brincadeiras para a Identificação do Nome Próprio 14
3.4 Jogos e Brincadeiras para Construção da Autoestima e Autonomia 15
3.5 Construção Linguística Através dos Jogos 16
3.5.1 Jogos Sonoros 18
3.5.2 Jogos Tradicionais 18
3.5.3 Jogos de Construção 19
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
INTRODUÇÃO
Houve tempo em que não existiam crianças no mundo. Apenas adultos em miniatura. Foi em meados de século 18, durante a Revolução Industrial, que as pessoas perceberam a necessidade de criar um lugar para se colocar os filhos dos operários. Criou-se então, a creche, vista apenas como um depósito de crianças, elas eram assistencialistas. As crianças iam e eram cuidadas por pessoas que não tinham formação nenhuma na área, bastava apenas gostar de criança. Além de ficarem o tempo todo sem ter o que fazer.
Foi então no final do século XIX que foram surgir os primeiros estabelecimentos de Educação Infantil, com a inserção da mulher no mercado de trabalho. Com o passar do tempo a creche deixou de ser vista então como “depósito de criança” passando a ser um espaço educativo e o início de uma formação com qualidade. Até mesmo os pais estão percebendo esta diferença, por acreditarem que a educação infantil é um período de desenvolvimento cognitivo, motor, social, afetivo e emocional.
Com o passar do tempo percebeu-se também a necessidade de educar nesta faixa etária, percebeu que a criança é um ser que possui grande capacidade de absorção de conhecimento, basta estar em um ambiente estimulador e inovador. Com isso os objetivos primordiais da Educação Infantil é cuidar e educar, ambos caminham juntos, porque por meio de um banho o educador poderá ensinar diversos conteúdos, basta usar a criatividade.
Viu-se a necessidade também de levar para as instituições de ensino novas práticas pedagógicas e uma destas foram às brincadeiras e os jogos. Os educadores perceberam que se divertindo as crianças aprenderiam a se relacionar com os colegas e a descoberta do mundo que está a sua volta, por isso se faz um ambiente inovador que garante espaços para atividades lúdicas, chamando assim toda a atenção das crianças para a instituição.
De acordo com Jean Piaget a criança constrói seu conhecimento pelas próprias experiências. Dessa forma, este artigo trata-se da importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil, principalmente com crianças de 4 anos enfatizando a importância destes no processo de socialização, no aspecto motor das crianças; observando como a criança aprende; distinguindo brinquedo, jogo e brincadeira e demonstrando como o jogo e a brincadeira ajudará na construção da auto-estima e da autonomia, enfim o trabalho de pesquisa tem o intuito de mudar a concepção de alguns educadores, mostrando a importância de envolver o cuidar com o educar. Faz-se necessário também que o educador mude de atitude, propondo para as crianças um ambiente prazeroso e diversificado fazendo com que as mesmas se sintam a vontade para participar de forma critica, participativa, ativa e com autonomia.
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados bibliografia de diversos autores como Kishimoto (2 e 2006), Didonet (1998), Pinto e Villaça, Coel (1999), Brasil, Ministério da Educação (1998), Corina (1994), Dolme (2003), Piaget, Vygotsk.
Para realizar o trabalho com jogos e brincadeiras, é preciso considerar para a ação educativa, os conhecimentos que as crianças possuem do assunto, originados das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostas. Detectar os conhecimentos prévios das crianças não é uma tarefa fácil. É necessário estabelecer estratégias didáticas. A observação acurada das crianças é um instrumento essencial nesse processo. Os gestos, movimentos corporais, sons produzidos, expressões faciais, as brincadeiras e toda forma de expressão, representação e comunicação devem ser consideradas como fonte de conhecimento sobre o que a criança já sabe.
E assim, propiciar vivências de atividades que podem ser utilizadas como instrumento para avaliação e intervenção nos problemas específicos de aprendizagem.
1 COMO A CRIANÇA APRENDE
A criança é um ser social que possui capacidades emocionais, afetivas e cognitivas. Ela é capaz de interagir com outras pessoas e aprender com elas. Ao ampliar suas relações sociais, a criança sente segurança para se expressar e assim apresentar, as diversas percepções que tem da realidade.
Segundo Negrine (1994:13), o tema aprendizagem é centro de discussões entre educadores. A criança aprende qualquer conteúdo ou situação, quando é capaz de atribuir-lhe um significado e isso varia de criança para criança. Não se deve esquecer o conhecimento prévio que a criança tem, das experiências prévias de aprendizagem realizadas tanto nas atividades formais (escolas), ou não-formais (extra-escolares). É necessário levar em consideração as interpretações subjetivas que a criança constrói. No entanto algumas instituições acabam potenciando as aprendizagens memorísticas.
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