Libras, que Língua é Essa?
Por: francineavila • 17/6/2016 • Resenha • 504 Palavras (3 Páginas) • 570 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
DISCIPLINA DE LIBRAS I
PROFª CASSIA MARIN
Francine Avila – 70852
Vilma da Rosa - 67692
De acordo com o livro, “Libras, que língua é essa? ”. Da autora Audrei Gesser e do vídeo “Era surdo e não sabia”, percebemos que apesar da modernidade e de grandes estudos, a língua de sinais ainda é um desafio, por causa do grande preconceito que existe para com as pessoas surdas.
A língua de sinais deveria ser universal, mas percebemos que a diferença nos “sinais de libras”, podendo eles variar de acordo com a região, devido as variações linguísticas. Os gestos e os sinais são utilizados com a intenção de substituir os sons durante a comunicação, pois, onde houver a interação com pessoas surdas haverá a linguagem de sinais.
Percebemos que tanto o vídeo quanto o texto nos mostram que no passado não era permitido às pessoas surdas se comunicarem por meio da linguagem dos sinais, era proibido. Acreditava-se que os surdos deveriam se enquadrar, adaptar-se no contexto de ouvintes e compreender as falas através da leitura labial.
A sociedade ou o sistema de educação, apontam a surdez como um problema patológico, ainda tem a ideia de que as pessoas surdas não são capazes de opinar e tomar decisões sobre seus próprios assuntos.
O sistema em que vivemos não aceita as diferenças que os sujeitos possuem criando um padrão onde todos devem se encaixar, os que não se encaixam, na maioria das vezes são excluídos.
No vídeo fica evidente que a jovem Sandrine pensa que a tecnologia, de uma certa forma, prejudica os surdos, para ela quando a criança os adultos percebem que a criança é surda ela passa a ser “invisível” aos adultos.
Com Sandrine aconteceu exatamente assim, antes de ser diagnosticada ela lembra dos estímulos e dedicação da família. Até hoje lembra da fisionomia do pai brincando com ela, da felicidade e do amor que via em seus olhos. Quando ficou comprovado que ela era surda o sentimento que teve foi de rejeição, era obrigada a aprender a se comunicar como ouvinte, não brincavam mais com ela, não lhe davam atenção, como se por ser surda fosse incapaz de aprender ou de compreender o que acontecia.
O convívio e a interação social são muito importantes para as pessoas surdas, assim como são importantes para todas as pessoas, a pessoa surda não é deficiente ou incapaz. As pessoas surdas falam uma outra língua, e ao invés da sociedade ouvinte aprender a falar essa língua ela quer obrigar as pessoas surda a falar a língua da sociedade ouvinte.
A prova de que as pessoas surdas são tão capazes, quanto qualquer outra, é a de que elas podem aprender sim a linguagem da sociedade ouvinte, mas elas têm a própria forma de linguagem, de se comunicarem. A linguagem de sinais deveria ser ensinada em todas as escolas, deveria fazer parte do currículo escolar, para que todas as crianças e todas as pessoas que vivem em uma sociedade pudessem se comunicar sem limitação, evitando assim, as exclusões por causa da dificuldade na comunicação.
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