MEMORIAL SOBRE EDUCAÇÃO DO CAMPO
Por: Danusia Maria de Sousa • 16/5/2017 • Trabalho acadêmico • 4.571 Palavras (19 Páginas) • 2.672 Visualizações
“PROFESSOR DO CAMPO: MEMÓRIAS E TRAJETÓRIAS EM CAMINHOS DE ESPERANÇA”
2.1 Introdução :
O tema escolhido para discutir o meu portfólio já diz tudo, pois entrei no curso de Educaçao do campo buscando uma educação de qualidade para meus alunos e para minha vida profissional, cheia de dúvidas, os meses foram passando e eu fui me descobrindo e hoje através dele descobri o quanto quero crescer na minha formação e desejo fazer um bom trabalho no futuro. Meu portfólio será apresentado de maneira simples e muito objetiva. Desde a apresentação, cada tema aprendido, textos ou matérias novas, tudo foi registrado com um breve resumo, fazendo questão de apresentar um parecer pessoal, o que tornou mais fácil esse trabalho final. Assim é o portfólio que embasa esse trabalho de conclusão do curso, um alicerce para o conhecimento e para a aprendizagem.
Meu nome ´´e Ingrid , sou muito responsável, tenho amor pelo que faço e sei o quero, estou sempre em busca de novos conhecimentos e concertando os erros encontrados na minha trajetória, comecei o curso de pedagogia para aprimorar meu currículo e ter novas oportunidades de trabalho. Sou uma pessoa feliz e cheia de realizações, mas incansável na busca pelo saber, sou dedicada e encaro minhas dificuldades como oportunidade de crescimento. Sou estudante do curso de Educação do campo e pretendo descrever aqui um pouco de minha história nessa jornada.
2.2 Parte I- Minha história:
Bom tenho muito para contar nesse poucos anos de trabalho. Foi muito difícil fazer minha faculdade, pois fiz o concurso para merendeira, passei e fiquei alguns anos trabalhando para pagar minha faculdade, nesse período tive filhos, passei por vários problemas familiares, mas não desisti. Valeu a pena todo o meu esforço, ao lembrar o que já fiz como educadora, digo que me orgulho quando vejo alguns alunos que passaram parte de suas vidas estudando comigo e que já terminaram o 2º Grau ou que ainda continuam nesta luta pelo saber.
Atualmente consegui me efetivar, um pouco longe de casa e ainda enfrento algumas dificuldades, mas tudo serve como aprendizagem, continuo nesta luta com o mesmo prazer e dedicação. Não foi a toa que eu ingressei nesta área, foi por amor a profissão, amo o que faço. As poucas experiências adquiridas foram num estágio do curso, no entanto, não tive acesso às aulas desta disciplina, não tendo nenhuma noção nem sobre o que estava trabalhando. Tudo era novo para mim, as aulas, os alunos, as escolas, tudo. Pois minha faculdade foi toda a distancia.
A escola em que trabalho são do interior , escolas pequenas e multisseriadas. No início da minha prática em sala de aula, confesso que, sentir várias vezes vontade de desistir, de tanto que eram as minhas dificuldades, me achava incapaz de alfabetizar aquelas crianças, que algumas sequer, sabiam pegar no lápis. Os cursos de formação continuada contribuíram bastante para melhorar minha prática de ensino.
A escola é essencialmente um importante ambiente de socialização, repassando conhecimentos, formando ideias e opiniões, contribuindo assim para o bom desempenho na aprendizagem do aluno. Tanto para que estuda ou para quem ensina. Lembrando que a troca de experiência, a diversidade e a heterogeneidade trazem riqueza para todos. Pois um trabalho dessa ordem engrandece-nos, servindo para refletir sobre o meu papel de educadora, tenho certeza da minha grande importância na construção da educação dentro da minha comunidade e também desse curso em minha vida, pois além de uma oportunidade de crescimento profissional ainda vai me oferecer conhecimentos infinitos. As experiências vivenciadas no decorrer deste curso servirão como suporte para reflexões e melhorias na minha prática pedagógica.
Falar que algumas expectativas negaram algumas verdades é afirmar que os cursos à distância na atualidade são essenciais, porém trazem monotonia, a exemplo, sempre senti muita falta da presença de um professor mesmo em sala, quando estava ali um tutor que atendia apenas a instruções já pré-estabelecidas e muitas vezes secamente sem buscar inovações que entrassem em conformidade com o que estava estabelecido pela coordenação geral do curso.
São tantas coisas que gostaria de explanar neste memorial sobre as vivencias na graduação em pedagogia que ficaria muito extenso por isso resolvi delimitar por partes bem resumidas que dão noção de toda bagagem que carrego até a presente data com essa nova formação.
Hoje sou satisfeita com a minha profissão, não financeiramente, mas profissionalmente, sinto-me feliz e realizada quando vejo um resultado positivo do meu trabalho refletindo na aprendizagem do meu aluno, e agora tenho mais conhecimento e consciência que sou formadora de opiniões. Desenvolvo o meu trabalho, utilizando e proporcionando aos meus alunos recursos que possibilite uma visão de mundo, através de contato com boas leituras e fazendo uso deles também. Procuro dar exemplos do que eu quero ensinar para minhas crianças, pois sei que eles se espelham em mim.
Eu nasci e fui criada na zona rural, por isso não vejo dificuldades em trabalhar no campo, porem tudo e lento e acontece por etapas longas. Durante a realização dos meus estudos encontrei grandes dificuldades, filhos pequenos, difícil acesso para ir ate a faculdade, mas graças a Deus hoje eu consegui, venci. Contudo, destaco que a construção deste memorial foi muito prazeroso, pois relembrar minha trajetória de vida, os momentos felizes e tristes que passei ao longo desses anos, me fez refletir o quanto eu cresci enquanto profissional e enquanto pessoa e o quanto eu ainda preciso melhorar.
A minha trajetória escolar não foi nada fácil. Para ingressar na escola, não foi pela vontade do meu pai, ele era um pouco rígido e achava que a educação escolar não era necessária, mas graças ao interesse da minha mãe que deu o grande incentivo de ir a escola, fez com que ele repensasse e liberasse os filhos para estudar e poder se preparar para a vida futura.
Cursei o primário na escola da zona rural. Já o ginásio e o segundo grau fiz numa escola estadual na cidade onde moro. Era uma escola maior, A diretora e todo o núcleo gestor da escola, controlava muito bem os alunos, conseguia manter todos em sala de aula de aula, exigindo sempre uma boa qualidade na aprendizagem. A família não tinha tanta influência ou participação na escola, como nos dias de hoje. Somente uma vez, a cada bimestre, o pai ou responsável iria assinar o boletim escolar.
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