MONTEIRO LOBATO: O LÚDICO NA LITERATURA INFANTIL
Por: angelmaria • 11/4/2015 • Monografia • 8.123 Palavras (33 Páginas) • 925 Visualizações
MONTEIRO LOBATO: O LÚDICO NA LITERATURA INFANTIL
UBERABA
2013
Dedico este trabalho aos meus pais, por terem me apoiado e incentivado, para que eu pudesse realizar mais esse sonho. Agradeço também a Deus, por me conceder a graça de tantas realizações em minha vida. Pois sem a força de Deus, a paciência e a compreensão dos meus pais, com certeza eu não venceria mais essa etapa da minha vida.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o intuito de evidenciar a importância da literatura infantil para a formação completa do ser humano, e destacar a importância do criador de nossa literatura infantil, José Bento Monteiro Lobato, ressaltando a metodologia usada por ele para despertar nas crianças o interesse pela leitura.
Buscamos neste trabalho, ressaltar a importância da Literatura Infantil para a formação de futuros leitores/escritores. Ressaltamos como a literatura infantil auxilia no desenvolvimento da criança. Para isso, foram realizadas pesquisas bibliográficas e em sites, onde colhemos informações para a nossa pesquisa.
Uma das finalidades deste estudo é ressaltar a maneira como esse escritor utilizava seus livros para educar e conquistar seus leitores. Por meio do lúdico o escritor despertava o interesse das crianças pela literatura, adentrando assim no imaginário mundo da criança.
Procurando entender a didática lobatiana falaremos um pouco de suas obras e do modo como Monteiro Lobato via e entendia as crianças. Também evidenciamos neste trabalho a importância de se iniciar este hábito desde o berço e da educação infantil, e como pais e professores podem estimular o hábito da leitura em casa, na sala de aula, e na biblioteca da escola.
Neste trabalho será citado o sonho do escritor em nacionalizar o petróleo brasileiro e, assim, poder investir na educação construindo a escola de seus sonhos. Podemos perceber a preocupação de Monteiro Lobato com a educação brasileira, e com o desenvolvimento da nossa língua portuguesa, retratando os benefícios pessoais que a leitura pode proporcionar como melhoria nos conhecimentos e nos valores da criança.
Também é feita uma sucinta citação sobre os seus livros, procurando explicar ao leitor em poucas palavras, o conteúdo apresentado em cada um deles e, assim demonstrar a sua importância para a nossa literatura infantil e para a formação das nossas crianças, já que diversos assuntos, como por exemplo, história, matemática, gramática, geografia e até economia eram abordados por Lobato em suas obras.
Em seus livros, Monteiro Lobato buscou usar uma linguagem simples e objetiva, falando com as crianças de igual para igual, misturando fantasia à realidade. Para isso, lhes apresentou um mundo em que tudo poderia acontecer.
Procuramos neste trabalho, relatar o pensamento do escritor sobre a importância da educação infantil.
Ao falar do Sítio do Picapau-Amarelo e dos seus personagens, observamos que a intenção de Monteiro Lobato era fazer da educação algo prazeroso, ou seja, educar brincando.
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
A infância é o período em que o ser humano apresenta as maiores e mais significativas evoluções de seu desenvolvimento, pois ela interage em diferentes espaços, formando hábitos e construindo conhecimentos para a vida toda.
Sabemos que as crianças iniciam seu aprendizado antes mesmo de entrarem para a escola. Sendo assim, é importante ressaltarmos todos os conhecimentos prévios que ela apresenta. Valorizando também, os aspectos a respeito do papel da brincadeira e da contação de histórias para a aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
De acordo com Luria e Leontiev (1991), a criança não tem ainda o domínio do código linguístico verbal quando chega à escola, logo o que prende a sua atenção é o mundo imaginário, as figuras e todo encantamento que as histórias apresentam. Por isso, a Literatura Infantil é fundamental para a formação da criança, pois ela as estimula de várias maneiras. Visto que não se trata de uma obra pronta, acabada, o que permite ao leitor ser coautor na produção de sentidos do texto literário. Podemos assim, afirmar que o texto literário é suscetível de ser imaginado de diversos modos.
Sabemos que ele pode ser motivador de produção de imagens de personagens, de cenários etc.; podendo ser inventado e reinventado de várias maneiras; pois ele permite estimular a criatividade da criança, admitindo a brincadeira com as palavras; o que a leva socializar suas impressões, sentimentos, suas críticas sobre o texto, etc.
Segundo Antonio Candido (1995), a literatura também nos possibilita vivermos dialeticamente os problemas.
Ela nos permite viajar no tempo e no espaço, dialogando com vidas diferentes das nossas, além de nos apresentar outras formas de comunicação.
Por meio de uma obra literária a criança pode se comunicar com obras de outros países; obras de outras épocas, etc. Além de ser estimulada a experimentar os mais inusitados sentimentos, aproximando e estabelecendo vínculos afetivos entre a criança e o mundo em diversas situações, favorecendo a criança em seu desenvolvimento.
É muito importante que os livros façam parte do cotidiano das crianças, portanto desde o início da criança na instituição escolar, as histórias/livros devem ser algo presente em suas vidas.
Sabemos que a literatura infantil exerce um encanto sobre as crianças, pois elas muitas vezes se reconhecem nos diversos personagens que as histórias lhe apresentam. Assim, elas adentram no mundo da fantasia e dão asas a sua imaginação.
MONTEIRO LOBATO E A LITERATURA INFANTIL
Monteiro Lobato é considerado o criador da nossa literatura infantil e juvenil. Foi um escritor inventivo, pois soube como ninguém trabalhar com a imaginação das nossas crianças, fazendo excelentes e criativas adaptações. Também podemos observar em Lobato um homem extremamente crítico, com uma visão e um raciocínio que vão muito além da sua época. Talvez por esse motivo, Lobato não tenha sido bem visto pelos escritores do seu século. Além de crítico, era muito individualista, pois para ele, uma pessoa tinha de ser autêntica sem se preocupar em imitar ou seguir os pensamentos de outrem.
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