Menino do borel

FAMPER – FACULDADE DE AMPÉRE        

 Acadêmicas: Fernanda Xavier              RA:19237

                 Francielli J Dolinski    RA: 19220

                 Edimarcia  Virissimo RA 19086

                 Iolanda Tavares da Silva

 

O MENINO DO BOREL

        O texto “o menino do Borel” mostra a realidade de muitas crianças moradoras nas periferias, especialmente das grandes cidades, as quais se situam até geograficamente à margem da sociedade. No caso do texto em questão, o menino Vinícius, nascido no morro do Borel, é apenas mais um que compõe a grande massa que habita as encostas dos morros cariocas, em um meio social em que são poucas as chances de um desenvolvimento psicossocial aceitável e, embora veja do alto o glamour da cidade baixa, a qualidade em termos de educação e saúde não sobe o morro, pelo triste fato de que Vinícius é preto, pobre e morador da favela. A própria família, no texto representada pela “vó”, não lhe credita qualquer esperança, pois, ostenta, parece que até como orgulho, um resultado de “elétrico”, (possivelmente um Eletroencéfalograma), anexado a um laudo médico em que consta uma condenação por “fracasso escolar”, e uma descrição complicada dizendo ser “transtorno do déficit...”, ou, simplesmente, no popular: BURRO.

      A história do menino Vinicius relata que ele estudava de manhã, frequentava sala de reforço à tarde e, ainda, à noite, tinha que trabalhar para ajudar a cobrir as despesas da casa. Devido a essa rotina seu cansaço era muito grande, razão por que encontrava muitas dificuldades para um aprendizado considerado normal para uma criança da sua idade.

      Fica demonstrando no texto, que a educação e a saúde necessitam andar juntas, buscando o mesmo objetivo, subindo e descendo morros, atravessando rios, vencendo distâncias, pois são fundamentais para o desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, que necessitam de um olhar diferenciado por parte de autoridades que detêm o poder e, não se deixando de dizer, a obrigação de fazer chegar até essas camadas sociais, os recursos e as condições básicas, para um desenvolvimento sustentado e não apenas em situações emergenciais. Segundo Vigotski, a criança aprende a partir da influência do seu meio social, interagindo com outras pessoas. Por isso torna-se de grande importância que médicos e professores conheçam o contexto social do aluno e as necessidades do mesmo, antes que o mundo do crime o conheça e, ao invés de educação e saúde, quem sobe o morro é a polícia.

      Apenas a professora Maria, conhecedora da triste realidade da vida de quem mora lá no morro, embora detentora dos mínimos recursos incentiva-o dizendo que todas as crianças são capazes de aprender e meninos “burros” não existem, mas existem, sim, diferenças em que algumas crianças, e não são poucas, infelizmente, não podem contar com os recursos de um ambiente saudável, onde cada um possa desenvolver-se em sua individualidade, mas em oportunidades que sejam iguais para todos.

        

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