O CONTEXTO AFETIVO

         A família constitui como sendo primeira mediadora entre o homem sua cultura, responsável pelas relações de cunho afetivo, social e cognitivo que influenciam no contexto material, e histórico cultural de um dado grupo social. Ela é a matriz da aprendizagem humana, com significados e práticas culturais próprias que serão inseridas em sua relação interpessoal e de construção individual e coletiva.

As habilidades sociais e as principais maneiras de se expressar e se comportar no meio social, inicialmente desenvolvidas no âmbito familiar, são manifestas em outros ambientes com os quais a criança, o adolescente ou mesmo o adulto interagem. Os laços afetivos formados dentro da família, particularmente entre pais e filhos, podem ser aspectos de um desenvolvimento saudável e de padrões positivos que possibilitam o ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes de que participa. O apoio familiar, em nível cognitivo, emocional e social, permite à criança desenvolver comportamento e hábitos saudáveis para enfrentar as situações cotidianas.Entretanto, a falta de apoio e a atenção por parte da família e  seus aspectos afetivos podem dificultar o  seu desenvolvimento, provocando problemas de ajustamento social.

Para walon (1941|1994), o desenvolvimento da afetividade é o resultado da interação entre o orgânico e meio o social. Walon também chama atenção sobre o aspecto  afetivo na vida da criança.

As influências afetivas que rodeiam as crianças desde o berço não podem deixar de exercer uma ação determinante na sua evolução mental. Não porque originem completamente suas  atitudes e suas maneiras de sentir mas,pelo contrário,pelo contrário,precisamente porque se dirigem á maneira que vão se despertando,aos automatismos que desenvolvimento espontâneos das estruturas nervosas mantém em potência e,por seu intermédio ás reações íntimas e fundamentais.Assim se mistura o social com o orgânico. (1941/1994, p.124).