O Diagnóstico Psicopedagógico

Hipótese diagnóstica: a hipótese diagnóstica é um processo importante, pois, embora seja uma posição antecipada, entende-se até a comprovação da realidade, com ela, é feita a pressuposição dos fatos, é um conhecimento prévio que se tem dos fatos, para que se possa pensar o motivo, causa ou sintomas, auxilia no sentido de direção e orientação ao psicopedagogo.

Entrevista Operacional Centrada na Aprendizagem: através desta entrevista, o psicopedagogo poderá sondar a problemática de aprendizagem da criança/adolescente, e a partir dela, delinear caminhos a serem seguidos e traçar o objeto focal. A EOCA é importante, pois tem como objetivos a identificação dos sintomas, a partir de formulação de hipóteses das causas da dificuldade, mas sem julgamento prévio; permite levantar obstáculos do conhecimento e obtém dados do paciente de modo integral, tornando possível a formulação de hipóteses e investigação; é um processo simples, em que o indivíduo mostra o que sabe, o que lhe ensinaram e o que aprendeu. Cabe destacar que, nessa entrevista o indivíduo é informado sobre o material utilizado no diagnóstico, bem como, escolhe sua preferência de materiais e sugere atividades, ou seja, o sujeito é agente ativo no processo. Avalia-se a temática (fala do sujeito), dinâmica (ação do sujeito) e produto (o que ele fez).

Entrevista Familiar Exploratória Situacional: a EFES proporciona a reunião entre o indivíduo e seus familiares, afim de buscar compreender as queixas nos âmbitos escolares e familiares, observar a relação e expectativas da família, centradas na aprendizagem, dentre outros objetivos, como a terapia, o processo diagnóstico, o contrato, e esclarecimentos. Esta entrevista é importante, pois permite que seja criado um clima de confiança, possibilitando a expressão de sentimentos e observando a relação e vínculo da família. Cabe destacar que deve ser registrado cada momento. Esse momento deve permitir que tanto os pais, quanto o indivíduo sejam tranquilizados e menos ansiosos.

Entrevista de motivo da consulta: este momento é importante, pois compreende o objetivo claro da demanda, cumprindo com a missão do psicopedagogo de estabelecer o diagnóstico, bem como os fatores positivos e negativos de cada caso, o que pode facilitar ou não o processo. A queixa (formulações dos pais, escola e indivíduo) permite a análise em diferentes contextos e significados, a compreensão da relação com a aprendizagem e aceitação (ou não) do diagnóstico, possibilitando a reflexão.

Entrevista de anamnese: é o momento da entrevista com o indivíduo, a intenção inicial para chegar ao diagnóstico, buscando relembrar os fatos relacionados a situação da dificuldade de aprendizagem. Pode ser feita de diferentes maneiras e técnicas, deve produzir um diagnóstico seguro e consequentemente um tratamento correto. Este momento é importante e fundamental para um bom diagnóstico, pois proporciona a integração do passado, presente e futuro do indivíduo e permite a construção (ou não) da continuidade e gerações, colhe dados significativos sobre a história de vida, podendo levantar hipóteses sobre possíveis causadas do problema, deve ser bem conduzida e registrada. Ela pode levar a história das primeiras aprendizagens e a evolução geral do paciente.

Diagnóstico Interdisciplinar Familiar de Aprendizagem em uma só jornada: a DIFAJ permite identificar