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O FAZ DE CONTA

Por:   •  9/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  512 Visualizações

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INTRODUÇÃO


        O lúdico
 é de suma importância para o desenvolvimento, pois a brincadeira não é um simples entretenimento ou passa tempo para descontrair as crianças, mas sim uma atividade que possibilita a aprendizagem, pois ao brincar a criança adquire capacidade de simbolização, interação, coordenação motora, desenvolvimento cognitivo e muito mais. Na brincadeira a criança se envolve colocando em ação seu sentimento, emoção, imaginação, podendo assim explorar a capacidade de planejar e de imaginar situações, aprendendo a interagir com outras crianças e com adultos também, o lúdico deve ser visto pelo professor como ferramenta pedagógica e o mesmo por sua vez sendo um mediador do processo ensino-aprendizagem. Sendo assim “é necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o que supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e a aprendizagem infantis” (FORTUNA, 2003, P. 45).

As crianças conquistaram espaço e garantiram seus direitos perante a família e também na sociedade. A escola por sua vez tem a missão de formar crianças felizes, pensantes e críticas e nesse contexto entram os jogos, brinquedos e brincadeiras que fazem parte da infância da criança pois o lúdico é parte integrante do mundo infantil e de todo ser humano, o brincar contribui para uma vida saudável.

De acordo com (KISHIMOTO, 2003, p.37):

O brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo.

De acordo com a LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente no Art. 3º diz que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”.

De acordo com as psicólogas Fernanda Martins Marques e Helenise Lopes Ebersol (2000) dizem que:

 

Dessa forma, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil. Uma criança que não consegue brincar deve ser objeto de preocupação. Disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras, portanto, significa contribuir para um desenvolvimento saudável. É importante também que os adultos resgatem sua capacidade de brincar, tornando-se, assim, mais disponíveis para as crianças enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.


DESENVOLVIMENTO

Julia brinca com uma lousa, giz, folha de sulfite, canetinha, ursos e bonecas, os quais ela diz ser seus alunos. Segundo Oliveira e Bossa (1999, p. 78):

Ao fazer de conta que uma vareta é um carrinho, e movimentá-la pelo chão, imitando o barulho do motor, pode-se dizer que desta, e de outras maneiras, é que ela vai desenvolver a sua imaginação, inspirando-se para viver o seu mundo real, ao criar situações que ela mesma possa resolver.

 Julia senta no chão com a lousinha no colo e faz alguns rabisco, olha para as bonecas e diz: - É assim. Em um determinado momento pega a folha de sulfite e faz de livro, ela diz estar contando uma história, sendo esta criada por ela mesma, e depois ela diz para as bonecas e ursos: - Vamos fazer desenho? Ela pega a mesma folha e os giz de cera e começa a desenhar, ela desenhou uma linda flor, que deu de presente para a professora.

Como diz o teórico (Jean Piaget, 2002, p. 27):

Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a ele ensinar e não a de transferir conhecimento dessa forma devemos dar oportunidade para as crianças aprender brincando.

CONCLUSÃO

Constatamos que houve uma grande mudança em nossa sociedade, no que se refere a ludicidade na brincadeira durante a infância. Os educadores e pesquisadores sobre a aprendizagem têm considerado a importância do desenvolvimento cognitivo e sensório motor da criança enquanto ela brinca.

Para Piaget (1978. p.56):

Os jogos e as atividades lúdicas tornara-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato.

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