O Funcionamento da Aprendizagem
Por: Vitoria Wassermann • 9/11/2018 • Resenha • 941 Palavras (4 Páginas) • 185 Visualizações
O texto de Valéria Da Hora Bessa se inicia com a autora descrevendo historicamente o estudo da aprendizagem e o início da criação de teorias que explicam o funcionamento do processo de aprender. Segundo Bessa, foi durante o século XX que a aprendizagem recebeu maior atenção, sendo definido, segunda a mesma, como “um processo de aquisição de novos conteúdos, a partir de um sistema de trocas” entre o homem e o ambiente que o mesmo se encontra.
A autora expõe a definição de aprendizagem retirado do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (1999): “ Aprendizado: Ato ou efeito de aprender; tomar conhecimento de; reter na memória mediante o estudo, a observação ou a experiência; torna-se apto ou capaz de alguma coisa em consequência de estudo.” e acrescenta que, tomando como base essa definição, é possível introduzir novos elementos que tem influência dentro do processo de aprendizagem, sendo eles: A atenção, o interesse, a memória e a inteligência.
A atenção, segundo Bessa, é ligada a concentração, já que prendemos todos os já que, quando atentos, existe uma maior possibilidade de aprendizado, por isso a atenção facilita o processo de aprendizagem, visto que ligado a ela, está o interesse.
O interesse, é o estímulo que temos para querer aprender ou para continuar aprendendo algo. É possível, segundo a autora, separar o interesse em dois tipos: O interesse interno e o interesse externo. O interesse interno pode ser descrito como sendo aquilo que a pessoa quer fazer, é a vontade. Como por exemplo, ter vontade de aprender algo novo. Enquanto o interesse externo, é definido como sendo produzido pelo meio em que o indivíduo se encontra, podendo ser exemplificado por uma situação onde alguém ou determinado fato que ocorre em seu exterior provoca um certo interesse sobre determinado assunto.
Já a memória, é ligada a capacidade de armazenamento de informações, por esse motivo, a autora expõe uma analogia entre a memória humana e a memória de um computador: O computador, quando utilizado, tem a função de armazenar informações, ou seja, salvar as informações, enquanto a nossa memória tem a mesma função, salvamos ou armazenamos as informações que temos interesse em reter, porém, nem todas as informações que queremos ou precisamos que fiquem armazenadas, ficam, já que a informação apenas é armazenada se existe o interesse por determinado assunto. Se não existe o interesse, não existe a atenção necessária para armazenar a informação corretamente.
Segundo a autora, no aspecto da Inteligência, geralmente dividem as pessoas em dois grupos, as mais inteligentes e as menos inteligentes, sendo que a mais inteligente conseguem compreender facilmente as informações que lhe são transmitidas. Porém, existem pessoas com uma predisposição para ter mais informação armazenada e pessoas que não tem tantas informações armazenadas. A inteligência pode ser compreendido como um processo nato, porém, também pode ser compreendido como um processo aprendido, já que quando o indivíduo não consegue armazenar uma informação, não significa que o mesmo não é inteligente, significa que aquilo que deve ser armazenado não foi apreendido da maneira correta pelo indivíduo.
A autora também expõe em seu texto teorias usadas para explicar como se dá a aprendizagem no decorrer do desenvolvimento do indivíduo. Sendo essas teorias: Teorias Inanistas, Interacionistas, Ambientalistas e a Sociointeracionistas.
A teoria Inatista defende que o conhecimento de um indivíduo é uma característica inata, ou seja, a qual nasce com ele. Portando, nessa teoria, a ideia de que o conhecimento é desenvolvido a partir de aprendizagens e experiências individuais de cada pessoa é desacreditado. Para os defensores da teoria do inatismo, todas as qualidades e capacidades básicas de conhecimento do ser humano já estariam presentes na pessoa desde o seu nascimento.
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