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O NOVO PERFIL PARA DOCENTES UNIVERSITÁRIOS

Por:   •  15/4/2021  •  Artigo  •  2.670 Palavras (11 Páginas)  •  163 Visualizações

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O NOVO PERFIL PARA DOCENTES UNIVERSITÁRIOS

Katia Cristina Guarim

Eva de Paulo Vieira Santos

Resumo

Este artigo é fruto de uma pesquisa levantada em várias produções acadêmicas, sobre o novo perfil para docentes universitários, onde buscamos aquelas que abordavam aspectos importantes dessa nova geração. Para a leitura, foram selecionados artigos publicados nos últimos anos que levantaram características necessárias do docente universitário atual que podem e devem facilitar a criação de um clima favorável à aprendizagem. Importante salientar que a evolução das habilidades de refletir e instruir dentro de um ambiente adequado é necessário para possibilitar um “upgrade” no Ensino Superior. Vários materiais apontaram que a metodologia do ensino superior deve levar o universitário, aluno adulto, a ter consciência do seu papel na sociedade. Esclareceram também que quem opta em seguir a carreira da docência no Ensino Superior compromete-se com a formação desses novos profissionais mais participativos e independentes para uma determinada área de trabalho. Sendo assim, a abordagem neste material, entre outras particularidades, foi buscar dicas, curiosidades e recomendações para o novo docente universitário, de forma ampla.

Palavras-chave: Perfil dos Professores. Docentes Universitários. Desafios da Profissão.

Abstract

This article is the result of a research carried out in several academic productions about the new profile for university teachers, where we look for those that deal with important aspects of this new generation. For the reading, articles published in recent years have been selected that have raised the necessary characteristics of the current university professor that can and should facilitate the creation of a favorable climate for learning. It is important to emphasize that the evolution of reflective and instructional skills within an adequate environment is necessary to enable an "upgrade" in Higher Education. Several materials pointed out that the methodology of higher education should lead the university student, adult, to be aware of its role in society. They also clarified that those who choose to follow the teaching career in Higher Education commit themselves to the training of these new, more participative and independent professionals for a certain area of work. Thus, the approach in this material, among other peculiarities, was to seek tips, curiosities and recommendations for the new university professor, in a wide way.

Key words: Profile of Teachers. Teachers. College students. Challenges of Profession.

1 INTRODUÇÃO

Durante longos anos a carreira de professor obteve o título de modelo a ser seguido e mesmo o profissional não possuindo um mestrado ou doutorado era chamado de Mestre, tal era sua importância, inteligência e sabedoria. Meu avô foi professor em uma comunidade rural. Ele era tão respeitado, tão querido e era chamado de Mestre. Foi ele quem me ensinou a divisão matemática. E essa admiração que tenho em meu coração, foi se transformando em curiosidade e vontade em aprender e a ensinar e a poder ser um agente de transformação não vida de alguém. Porque a educação transforma vidas. No livro “O Bom professor e sua prática”, a professora Maria Isabel da Cunha reflete que para a formação de professor exige que se recorra a pesquisa, a prática de formação e ao próprio significado do papel do professor na sociedade. Ele é considerado o principal agente de transmissão do conhecimento.

No entanto, o atual desempenho da educação no Brasil e o desafio constante desses profissionais do ensino tem se tornado uma tarefa complexa, abrangendo diversas perspectivas. Sendo assim, a docência como profissão requer especialização e investimento em formação continuada, ou seja, não basta apenas se graduar para estar habilitado a lecionar. E ainda se pressupõe que o docente conheça a fundo a profissão para a qual está ajudando a formar.

O fato é que ser professor do Ensino Superior é considerado por muitos um privilégio. Mas como avaliamos a capacidade e eficiência dos docentes universitários atuais? Estão preparados para lidar com a nova realidade? Estamos em uma época de exigências do mercado cada vez mais acirradas e os indivíduos formados deverão estar bem capacitados para exercerem suas profissões.

2 O PROFESSOR

Atualmente, a carreira de professor para os ensinos básicos e fundamental tem se tornado cada dia menos atraente. De acordo com uma pesquisa do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) mostra que o número de alunos que ingressaram em cursos de licenciatura caiu 10% entre 2010 e 2016. No mesmo período, o número de concluintes desses cursos caiu 7,6%. Podemos entender que a procura por cursos de licenciatura vem diminuindo drasticamente.

Por outro lado, os professores do futuro, ao contrário do que ocorria no passado, não são mais aqueles que sonham em seguir carreira lecionando. O perfil da maioria é daquele que esbarra na profissão ao fazer mestrado e doutorado, já com os olhos voltados para o mercado. Para se ter uma ideia, em 2015, havia 388 mil docentes em exercício na Educação Superior no Brasil, seja com mestrado, doutorado ou outro grau de formação. Em 2005 eram 292 mil. 1

É bem verdade que títulos são importantes para quem almeja à docência no ensino superior, entretanto, profissionais sem mestrado e doutorado podem ensinar. Observando algumas características importantes, uma delas é que o professor precisa ter um perfil de pesquisador, além de ter em si, a ousadia, o dom do improviso e muita prática cultural em si e de si.

Além disso deve estar preparado para os novos universitários. Estes, alunos adultos, já estão chegando nas universidades como um novo ritmo de aprendizagem e formato. Nesse quesito, bem sabemos que com o avanço dos meios de comunicação, novas capacidades são exigidas para atender as demandas atuais do mercado de trabalho. A partir dessas ideias os docentes precisam dominar o conteúdo, se inovar e se preparar para receber esses novos alunos, dinamizando suas práticas pedagógicas, transformando informação em conhecimento.

Em um artigo publicado recentemente pela revista Época, as novas escolas querem formar líderes cosmopolitas e sensíveis. Mistura metodologias de várias partes do mundo para criar a sua própria: “Na Suíça, fomos buscar a multiculturalidade; em Cingapura, vimos

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