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O Paper Jovens e Adultos

Por:   •  2/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.248 Palavras (9 Páginas)  •  526 Visualizações

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Cristiane Laurett Kurtz¹

Silvia Claudia Dias¹

Leticia Maria Strey²

        

RESUMO

 Desde muito tempo atrás, a educação passa por muitos desafios, recriando vários métodos educacionais para atender as necessidades dos alunos. Hoje em dia não está diferente, o mercado de trabalho está a cada dia mais exigente, e não é somente com a escolarização dos funcionários, mas também com as habilidades e competências. Nesse sentido, é preciso pensar enquanto educação de jovens e adultos, contribuindo com o avanço e a escolarização. E assim concluído o ensino fundamental e médio, lhes dando melhores oportunidades pessoais e profissionais. Para isso, o professor deve pensar em estratégias para contribuir com a permanência do aluno na escola, fazendo com que o mesmo não desista, pois o que vem acontecendo, é que os ensinos oferecidos nas escolas que oferecem o EJA é que as metodologias de ensino não são planejadas de uma forma que os alunos tenham uma aprendizagem significativa, fora os horários que na maioria das vezes não sai flexíveis, já que a maioria dos jovens e adultos trabalham durante o dia ou a noite. No decorrer deste trabalho, iremos abordar os principais desafios dos alunos da EJA, bem como a história da educação de jovens e adultos e consequentemente, algumas ideias de como contribuir com a permanência dos alunos até a conclusão do ensino médio.

Palavras-chave: EJA. Educação. Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

A educação de Jovens e adultos é uma oportunidade de concluir os estudos e é amparada por leis que possuem o foco de atender pessoas que não tiveram oportunidade de ingressar no ensino regular em idade adequada. O tema em destaque no qual será abordado, irá mostrar um pouco da história da Educação de Jovens e Adultos e também nos faz refletir sobre os principais desafios dos alunos da EJA. Sabemos que são muitos os desafios que vem sido enfrentados ao longo desses anos de EJA, e que são muitos os fatores que podem desestimular o aluno a terminar seus estudos.

2. PRINCIPAIS DESAFIOS DE ALUNOS DA EJA

São muitos os desafios encontrados pelos alunos do EJA em busca de um ensino com qualidade, por exemplo, a diferença de idade entre os colegas e a diversidade cultural, o que ocasiona na dificuldade de ter uma boa relação com os colegas, e também, o cansaço e pouco tempo para se dedicar aos estudos.

Outro desafio são as disciplinas do EJA e que na maioria das vezes se faz somente por leitura e escrita, e operações matemáticas. Quando o professor altera essa realidade, acaba favorecendo o desenvolvimento na alfabetização. Porém, o aluno traz consigo um contexto composto de muita dificuldade pela falta de estudos, e por isso recorre a escola em busca de melhorias para preencher suas necessidades.

Para Moretto:

É preciso que o professor conheça as características psicossociais e cognitivas de seus alunos. Ele precisa ter sensibilidade e fundamentação necessárias para detectar o contexto de vivência de seus alunos e com isso saber ancorar os novos conhecimentos propostos pela escola. Assim, precisa identificar, analisar e compreender as características de desenvolvimento psicológico e social deles para que seu ensino seja eficiente e eficaz. Assim, conhecendo suas realidades, poderá usar uma linguagem adequada e contextualizada. (MORETTO,2011, p. 104).

Nesse sentido, ao dar continuidade a um projeto de aprendizagem, a escola precisa ter um objetivo baseado na realidade de seus alunos e trabalhar com conteúdos que são conectados a realidade social, como o desemprego, saúde, trabalho, política, entre outros. O contexto escolar da EJA é formado por diversas realidades, pessoas que sofreram no mercado de trabalho, outros que por terem uma família estruturada assumem sua responsabilidade com a família e isso os impede a se dedicar aos estudos. A escola, entretanto, precisa mostrar condições melhores de desenvolvimento além de adquirirem habilidades,

Além de vários outros fatores que podem desestimular os alunos a continuar os estudos, existe também o despreparo dos docentes e das instituições de ensino para atuar nesse segmento. Nesse sentido, a educação de jovens e adultos deve ser feita na prática, a qual o professor se planeja de acordo com a realidade dos seus alunos. Moretto afirma que:

Fazendo a análise da escola de hoje, parece que ela não percebeu ainda a mudança de rumos que se exige da educação, isto é, a necessidade de se deslocar o foco da simples aquisição de conteúdos para então focalizar o desenvolvimento de competências e correspondentes habilidades. MORETTO (2011, p. 12).

Sendo assim, a realidade da educação brasileira é marcada por jovens e adultos que precisam trabalhar para dar sustento as suas famílias, e que não conseguem adaptar o horário de trabalho com seus estudos.

Porém, essa realidade precisa mudar, ou a maior parte da população continuará achando que já passou da idade de estudar, achando que a educação já não é mais necessária na sua vida, principalmente se referindo-se a adultos ou idosos, como se aprender não fosse um direito de todos.

2.1 HITÓRIA DA EJA

As primeiras informações da educação de adultos no Brasil são da colonização, com a chegada dos padres jesuítas, em 1549 com a chegada desses padres da Companhia de Jesus ao Brasil, quando foi o início da colonização portuguesa.  Estes se voltaram essencialmente à catequização dos índios nas ditas “escolas de ler e escrever”, em que os indígenas e seus filhos adultos e adolescentes eram catequizados, diferenciando apenas os objetivos para cada grupo social. Nos períodos de Colônia e Império, os jesuítas dominaram a educação, com a intenção de difundir o catolicismo e dar educação à elite colonizadora.

Pode-se afirmar que desde a chegada dos portugueses ao Brasil, o ensino do ler e escrever aos adultos indígenas com a catequese, constituiu-se de uma ação prioritária no processo de colonização. A partir de 1945, com a aprovação do Decreto nº19.513, de 25 de agosto de 1945, enfim a Educação de Adultos tornou-se realmente oficial. Após isso surgiu novos projetos e campanhas com o intuito de alfabetizar jovens e adultos que não tiveram acesso à educação no período regular.

 Pode se citar: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA (1947); o Movimento de Educação de Base – MEB, sistema rádio educativo criado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com o apoio do Governo Federal (1961); além dos Centros Populares de Cultura – CPC (1963), Movimento de Cultura Popular – MCP e a Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler – CPCTAL, sendo que o primeiro era mais voltado para atender às necessidades de qualificação da mão de-obra para o setor industrial. Porém, durante o regime militar (1964-1985), estes movimentos e seus integrantes foram perseguidos e reprimidos pelos órgãos do Governo Federal que, em 1967, autorizou a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização (a partir de 1985 passou a se chamar Fundação Educar), tendo como principal objetivo erradicar totalmente o analfabetismo.

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