O Projeto Educativo

 CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – ANHANGUERA

Sistema de Ensino A DISTÂNCIA

pedagogia

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Cidade

2020

Cidade

2020

Cidade

Rio Grande

2021

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INTRODUÇÃO

Estamos vivenciando na educação, de forma geral,  uma crise motivacional. o educacional. As instituições de ensino encontram dificuldades para engajar seus alunos utilizando os recursos educacionais tradicionais, especialmente no que tange o processo de alfabetização, é notável nos alunos a falta de incentivo e
disposição para o ato de ler. Essa dificuldade está relacionada à disposição dos alunos em querer aprender e, principalmente em ler, por isso a necessidade de repensar a prática de sala de aula.

Muito se pesquisa sobre alfabetização e letramento no contexto escolar, uma vez que nesse período a alfabetização é importante para o desenvolvimento integral e contínuo do sujeito.  Deste modo, considerando-se que a alfabetização precisa se desenvolver em um contexto de letramento, o presente trabalho presenta como tema o uso de metodologias ativas, especificamente da gamificação no processo de alfabetização e letramento.

OBJETIVOS

Objetivo geral

Construir práticas de aplicação de jogos educacionais para o ensino aprendizagem do sistema de escrita alfabética.

Objetivos específicos

• Proporcionar a reflexão sobre o sistema de escrita de maneira lúdica;
• Contribuir para a consolidação de habilidades linguísticas;
• Discutir sobre o uso da metodologia ativa: gamificação.

PROBLEMATIZAÇÃO

Os anos de 2020 e 2021 foram muito marcantes na educação, a pandemia exigiu uma reformulação de conceitos e de maneiras de ensinar. Os alunos da primeira etapa dos anos iniciais sofreram com esse período, uma vez que a escola não conseguiu fazer uma transição presencial entre a Educação Infantil e os Anos Iniciais. Os alunos nesse processo de retorno/híbrido estão desmotivados e os métodos mais tradicionais se tornam sem sentido para um aluno que passou no mínimo um ano estudando de forma virtual. Assim, o uso das metodologias ativas se torna um elemento norteador para repensar as práticas de alfabetização e letramento.

REFERENCIAL TEÓRICO

Ao falarmos de alfabetização e de letramento precisamos entender que esses conceitos forma se modificando e/ou ampliando no longo do tempo, uma vez que esses precisam dar conta do processo que envolve o ensino-aprendizado da leitura e da escrita. Soares (2016, p.36) traz a concepção de  “alfabetização como a ação de ensinar – aprender a ler e a escrever” e aborda que a palavra letramento surgiu para nomear o processo de ensino aprendizagem da leitura e da escrita, porém aprender a ler e escrever é mais do decodificar ou transcrever, é entender o contexto  social, o gênero textual e a intenção, isso é letramento.

 A escola é o local onde ocorre a alfabetização de maneira formal e é nela que a prática de letramento deve ser assumida e trabalhada, formando o aluno na sua integralidade.  Costa e Vieira (2021) declaram que

(...)assumir a alfabetização em uma perspectiva do letramento significa conceber a leitura e a escrita como práticas inseparáveis do contexto sócio cultural em que se fazem presentes. Isso contraria a concepção de leitura e escrita tradicionalmente arraigada na escola, em que ler e escrever são vistas como um conjunto de competências e habilidades desenvolvidas individualmente pelo sujeito, e praticamente desligadas, na maioria dos casos, da formação cultural local do sujeito.  (p.27747)

A leitura e a escrita tornam o aluno capaz de interagir no seu mundo, de ter acesso à cultura, elaborar informações e produzir novos conhecimentos. Assim, para que o processo de alfabetização seja efetivo é necessário (re)pensar na
questão dos métodos e ou metodologias associadas. A prática de alfabetização contempla os modos de fazer do professor e as teorias que vão surgindo. Soares (2016, p.16) compreende os métodos de alfabetização como “um conjunto de procedimentos que, fundamentados em teorias e princípios, oriente, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita.”

É importante salientar que esse trabalha não busca definir/discutir um método ideal e sim associar a metodologia ativa – gamificação ao processo de letramento a fim de motivar os alunos para esse processo tão significativo na sua vida escolar.

No processo de alfabetização, muitas vezes há o desinteresse dos alunos pelas atividades de leitura e de escrita principalmente quando eles não dominam as habilidades necessárias para tornar-se protagonista no processo de aprendizagem. O processo de aquisição da língua escrita, na fase inicial de alfabetização, é uma tarefa desafiadora, pois o aluno é um falante nativo e domina a linguagem oral, já compreende a dinâmica e seu uso, mas a escrita da língua nem sempre é uma realidade para o aluno. O código escrito apresenta uma sequência que deve ser trabalhada de forma significativa.

O uso de jogos pode ser uma solução, por meio deles o aluno consegue estabelecer significados. De acordo com Leão (2015)

 A escola tem papel fundamental nesse processo, uma vez que, nesse ambiente, as brincadeiras e jogos têm uma dimensão diferenciada das brincadeiras em outros contextos. Na escola, as brincadeiras e jogos são planejados (ou ao menos deveriam ser) e buscam alcançar objetivos. (p.650)

 

Os jogos podem despertar nos alunos além da motivação, a expressividade, a imaginação, a linguagem comunicativa, a atenção, a concentração, o raciocínio lógico, entre outras habilidades. Eles são um ótimo recurso no processo de alfabetização/letramento pois a partir do lúdico e da brincadeira é possível perceber os interesses e gostos dos alunos, além de trabalhar as emoções, a resolução de problemas e incentivando o protagonismo no seu processo de aprendizagem.